Capítulo 32.

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Boa leitura, votos e comentários ajudam sempre! :)

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- Achou alguma coisa hoje? – perguntei ao me aproximar de Louis.

Ele levantou o olhar do livro e me fitou.

- Você não tinha que estar em aula agora? – perguntou.

- Você também não tinha? – retruquei.

- Tenho coisas mais importantes a fazer – fechou o livro e se inclinou sobre a mesa, me olhando. Fitei a correntinha em seu pescoço, ficando contente por ela estar ali.

- Eu também – puxei uma cadeira e me sentei de frente para ele.

- Tipo o que?

- Tipo descobrir onde você se escondeu esse tempo todo – olhei para a parte debaixo da biblioteca, quase impossível de ver por conta das estantes impedindo a visão – Ótimo esconderijo. Acho que ninguém nunca vem aqui.

- Vinham – sua boca se curvou em um pequeno sorriso malicioso.

Estreitei os olhos para ele e balancei a cabeça.

- Pobres coitados.

- Eles vão sobreviver.

Fitei a capa do livro que ele estava lendo. O título era em uma língua que eu não conseguia identificar. Puxei ele para perto.

- Isso é o que? – perguntei.

- Russo – ele respondeu.

Passei as mãos sobre as letras.

- O que significa?

- Você não precisa saber.

Ergui uma sobrancelha e olhei sério para ele.

- Você sabe que eu sei o que está procurando, não é?

Ele balançou a cabeça na positiva.

- Já mandei Niall fechar a boca.

- Por quê? Qual o problema de eu saber o que você está fazendo?

- Porque eu estou procurando por algo que provavelmente não existe, e você não precisa se iludir – puxou o livro para si novamente – Já basta eu.

- Quando começou a procurar por um jeito de impedir que eu morresse, você também achava que era impossível – eu disse.

- Na verdade, eu sabia que descendentes eram imunes – ele botou o livro dentro da mochila – Eu só não sabia que você era um.

Revirei os olhos.

- Mas achava que era impossível.

- Pois é, e olha no que deu – ele me encarou – Eu não achei nada. Você só está aqui agora por uma grande coincidência do destino. A quem devemos agradecer? Ao Niall?

Encarei ele sem entender a mudança de humor repentina. Em um segundo Louis estava conversando normal, e no outro ele estava sendo sarcástico. O que ele queria agindo assim, afinal?

Respirei fundo. Se isso era frustrante para ele, para mim também era. Por que ele estava agindo como se fosse o único que se preocupasse aqui? Por que parecia que era um fardo que só ele estava tendo que carregar?

Bom, se Louis queria me deixar de mau humor, então ele tinha acabado de conseguir fazer isso.

- Boa sorte com a sua busca.

Chamas da Ilusão -L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora