Capítulo 30.

1.1K 170 102
                                    


Perdão pela demora, docinhos, as vezes eu me perco na minha procrastinação..

Não se esqueçam, votos e comentários ajudam sempre! Boa leitura :)

_________________________________________


Louis subia as escadas comigo no colo, uma perna de cada lado de seu corpo,  agarrado ao seu pescoço. Meu pé estava doendo e eu não pude caminhar.

Apesar do silêncio, eu podia sentir seu coração bater ao ritmo do meu. Eu nunca havia sentido a parede de gelo tão fina entre a gente.

Ele abriu a porta do meu quarto e ligou a luz. Zayn não estava lá. Julgando pelo horário, provavelmente estava com o namorado. Ainda eram nove e meia da noite.

Louis me botou sentado na cama e se agachou à minha frente. Levantou minha perna e, lentamente, tomando cuidado para não me machucar, tirou meu tênis.

Deixei um gruído de dor escapar enquanto ele o tocava. Estava muito inchado.

- Isso está horrível – eu disse, fazendo uma careta.

- Acho que vai ter que usar gesso – ele disse, ainda analisando meu pé.

- Que sorte a minha...

Ele levantou o olhar para mim.

- Ou a gente pode dar um jeitinho nisso em um segundo.

Encarei ele enquanto um sorriso se formava em meu rosto.

A gente...

Não me lembrava dele já ter usado essa palavra alguma vez desde que tudo tinha acontecido. Soava maravilhosamente bem aos meus ouvidos.

- Só um segundo? – perguntei.

Ele deu um sorriso e se levantou, olhando ao redor até que seus olhos pousaram em um copo de vidro em cima da mesinha de Zayn.

Louis deu a volta na cama e pegou o copo, fechando a mão ao redor dele. Em um segundo o copo quebrou entre seus dedos e se espatifou em pequenos cacos. Ele pegou um particularmente grande e deu a volta na cama novamente, voltando a ficar na minha frente.

Fiquei encarando os cacos de vidro no chão e depois levantei o rosto para ele.

- Era necessário? – perguntei.

- Sim – disse e se agachou.

Observei enquanto ele passava o caco de vidro sobre sua pele, cortando seu pulso. Fiz uma careta quando vi o sangue sair do corte.

- Não dói? – perguntei.

Ele me encarou.

- Há dores piores.

Então ele voltou a atenção para o que estava fazendo e melou o polegar com seu sangue.

- Você vai desmaiar depois disso – comentou enquanto aproximava a mão do meu rosto.

- Eu sei – disse, lembrando do dia em que ele tinha feito exatamente a mesma coisa para que a ferida na minha barriga cicatrizasse.

Um canto da sua boca levantou timidamente. Então ele começou a desenhar o que quer que fosse na minha testa.

Fiquei olhando enquanto ainda estava consciente. Louis não era uma pessoa de muitos sorrisos. Na verdade, eu nunca o tinha visto dar um sorriso de verdade.

Minha visão começou a escurecer e senti meu corpo enfraquecer. Quando comecei a cair para o lado, ele me segurou e, com cuidado, me deitou na cama. Quando seu rosto já estava desaparecendo, lembrei de dizer algo.

Chamas da Ilusão -L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora