chapter 5

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Molly

Está frio, eu estou com medo e sinceramente não sei se voltar andando sozinha para casa foi uma boa idéia, eu fiz duas aulas de karatê quando tinha nove anos, talvez isso ajude.

Enquanto eu andava em passos largos e apressados uma brisa leve soprou em minha direção e um perfume marcante se fez presente. Eu estava sendo seguida e isso era óbvio, a pessoa não era nada discreta.

- Se você estava tentando me assustar sinto em informar que você falhou na missão. - Falei parando de maneira brusca já incomodada com a situação.


O rapaz parou do meu lado dando um suspiro frustrado, não precisa ser nenhum gênio para saber que ele havia revirado os olhos. Eu não sei o motivo dele estar aqui parado ao meu lado, depois da discussão causada pela minha conversa com a Isabella não pensei que o veria outra vez tão cedo.

- Eu queria... - Jace parecia incomodado, depois de alguns minutos em silêncio ele sempre tentava dizer algo mas desistia no meio sa frase.

- está tudo bem. - falei o poupando do seu sacrifício.

- É... - Ele falou um pouco sem jeito.

- Por que você veio atrás de mim? - perguntei confusa e ele deu uma risada, a mesma risada que ele deu no restaurante, não era sarcástica.

- Eu não sou um completo idiota como você acha. Eu não deixaria você ir embora sozinha, já está bem tarde. - Ele colocando as mãos no bolso.

- Se isso servir de consolo, eu não falei nada que pudesse prejudicar suas investidas na Isabella. - Falei mexendo o nariz por conto do frio.

- Não faz diferença, vamos ser namorados daqui à algumas semanas. - Ele falou abaixando o olhar.

- Eu não sou tão ruim assim. - Falei fazendo uma careta engraçada.

- Você coleciona pedras. - Ele falou como se fosse óbvio e eu revirei os olhos dando um leve sorriso.

Alguns dias depois

As gravações andam sendo bastante intensas, por conta do recesso do fim de ano, vamos precisar adiantar bastante material e tudo foi bem cansativo. A cafeteria no final da rua fechou, eu não conheço outras cafeterias aqui perto e meu humor anda bem abalado, sem a cafeína meu animo caí e eu fico um pouco mais triste que o normal.

"Abstinência?"

- Você está péssima. - Jace falou se sentando ao meu lado e eu desviei a atenção do script para olha-lo.

- Sua sinceridade me toca. - Falei revirando os olhos e ele deu um leve sorriso.

- Eu trouxe uma coisa para você. - Ele falou erguendo um copo transparente e um sorriso automático surgiu no meu rosto.

- Café puro, sem açúcar e bem quente.  - Falei sentindo o aroma do líquido no copo em minhas mãos.

- Caramba. - Ele falou impressionado e funguei mais um pouco franzindo o cenho.

- Café italiano. - Falei com sorriso singelo.

- Isso me assustou. - Ele falou um pouco assustado.

- Para de ser idiota. - Falei dando um leve empurrão no ombro do rapaz.

Depois daquele encontro planejado, que foi um fiasco, eu e e Jace nos aproximamos um pouco e me sinto forçada em confessar que ele não é tão ruim quanto eu pensei. Não somos melhores amigos, apenas nos damos bem e eu não o odeio mais, mas fora a isso, ele continua sendo mesmo estraga prazer de sempre.

De acordo com Mike seria mais sensato que o público soubesse do nosso suposto namoro durante o recesso. Para ser sincera, quanto mais esse evento é adiado mais tranquila eu fico, talvez com o tempo eles acabem esquecendo essa história de namoro. Eu e Jace concordamos que só falariamos sobre esse assunto caso fosse necessário, nesse quesito somos iguais.

A idéia de passar um mês inteiro com o Jace está assombrando a minha mente, eu pensei em vários paradoxos bizarros em que nós dois nos apaixonamos e o namoro por contrato vira algo real, mas isso seria clichê demais, até mesmo para mim. Consequentemente eu teria que passar o natal com ele e sua família e esse fator também me assusta, eu nem lembro ao certo quando foi a última vez eu comemorei o natal. Jace me assegurou que eu seria bem acolhida pela sua mãe e sua irmã, de acordo com ele tudo vai ocorrer da melhor maneira possível, mas apesar da sua tentativa de tentar ser positivo, eu sei que ele está tão nervoso quanto eu.

A viajem é amanhã, eu ainda nem fiz as minhas malas e nem sei se estou disposta a entrar em um avião, meus pais embarcaram em um e nada ocorreu da maneira planejada, mas muita coisa está em jogo, talvez algumas doses de calmante me façam dormir igual um bebê.
Sam sabe o quanto eu ando estressada por conta desse contrato idiota e de acordo com ela tudo vai ficar bem e daqui à um mês eu estarei de volta e esse namoro vai simplesmente acabar.

"Eu realmente espero que tudo fique bem como todos falam."

ERROR | Jace Norman (Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora