chapter 8

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Molly

- Onde você nasceu? - Ele perguntou enquanto caminhamos pela avenida calma.

- Em uma uma vilarejo na Itália, Varenna. - Falei chutando uma pedrinha que estava no caminho.

- Nome dos seus pais? - Ele perguntou se sentando em uma banco.

- Pierre e Alicia. - Falei torcendo o nariz.

- Você não gosta muito de falar sobre a sua família? - Ele perguntou franzindo o cenho.

- Na verdade, não. É tudo muito complicado, então quanto menos eu falar melhor será para ambas as partes. - Falei aquecendo as minhas mãos.

- O que eu falo para minha mãe? - Ele perguntou coçando a nuca.

- Eu sou Italiana, meu pai era francês e dono de uma vinícola, minha mãe era uma turista e jornalista brasileira que tinha um gosto insaciável por aventuras. - Falei com um sorriso murcho lembrando de todos os detalhes.

- Eles morreram, não é? - Ele perguntou sendo direto.

- Sim. A minha guarda foi dada à mãe da Sam, eu fui para Califórnia e vivo lá desde que tinha onze anos. - Falei dando um suspiro cansado.

- Eu sinto mui... - Ele tentou falar mas eu o interrompi.

- Eu não gosto de ouvir coisas assim, torna tudo mais real do que já é. - Falei dando um sorriso fraco.

- Italiana com descendência francesa e brasileira? - Ele perguntou mudando de assunto e eu agradeci mentalmente por isso.

- Eu sou uma raridade. - Falei entrando na brincadeira.

- Droga. - Ele murmurou tentando esconder o rosto.

- Molly! - Uma voz conhecida falou e eu levantei rosto para ver quem era.

- Isabela! - Falei levantando para abraçar a garota que era tão baixa quanto eu.

- O que está achando da cidade? Jace, você já levou a Molly para andar nas trilhas? - Ele perguntou animada e eu percebi que Jace estava um pouco nervoso com a situação.

- Eu acabei de cheguei, ainda não tive tempo de conhecer muita coisa. Estavamos falando sobre a trilha, não é amor? - Falei entrelaçando nossas mãos e ele deu sorriso confirmando com a cabeça.

- Poderíamos sair algum dia, o que acham? - Isabela perguntou animada.

- Claro. - Jace se pronunciou e eu senti o quanto ele estava nervoso.

Isabela se despediu e Jace deu suspiro longo, eu não consegui conter a gargalhada.

- Você estava hilário! - Falei tentando conter a gargalhada e ele revirou os olhos.

- "Não é amor?" - Ele falou afinando a voz e fazendo uma péssima imitação minha.

- Cala boca. - Falei reviriando os olhos e andando de volta para a casa.

Voltamos para a casa de Jace e eu fiquei na cozinha conversando Nana sobre assuntos diversos. Descobri que, assim como eu, ela também compartilhava um amor incondicional por café e a mais velha ficou admirada com o meu gosto por cristais de energia.

- Você faz meditação? - Ela perguntou surpresa.

- Todos os dias, isso ajuda a ter disposição. - Falei tomando um pouco do líquido que estava na xícara.

- Sem aplausos, sem gritos, sem histeria, porque eu cheguei! - Xander falou entrando na cozinha, arrancando risadas da sua mãe.

- Você está fazendo macarrão com queijo e não esperou por mim. - Jace falou surgindo do nada me assustando.

- Tudo bem querida? - Nana perguntou ao ver que eu quase caí da cadeira.

- Ela se assusta fácil. - Ele disse com um sorriso sarcástico e eu revirei os olhos.

- Você que é inconveniente. - Falei sarcástica e percebi que Xander e Nana olhavam nossa pequena confusão intrigados.

- A gente tá vendo uma DR? - perguntou Xander levantando uma cotovelada de Nana.

- A gente sempre faz isso. - Falei tentando deixar a situação mais leve.

- Foi por isso que eu me apaixonei por ela. - Jace falou me abraçando por trás.

"É tão estranho ouvir isso."

- O Henry estava um pouco estranho, vocês poderiam vê-lo para mim? - Nana perguntou encarando Xander e logo os dois saíram pela grande porta de vidro.

- Vocês não estão namorando de verdade, estou certa? - Nana perguntou arqueando a sombrancelha.

- Está tão óbvio assim? - Perguntei deixando minha voz vacilar.

- Não, mas eu conheço o meu filho e sei quando ele está apaixonado de verdade. - Ela falou segurando a minha mão.

- É um contrato que tivemos que assinar, Temos que namorar por um mês e como o recesso estava chegando eu teria que vir. Mas se você não estiver confortável eu posso achar outro lugar para ficar. - Falei levantando da cadeira e Nana saiu da cozinha para vir até mim.

- Não precisa disso tudo, eu amei você, Xander adorou você e tenho certeza que todos os outros irão ficar encantados e isso pode ser o nosso segredo, ninguém precisa saber que esse namoro não é verdadeiro e o Jace não precisa saber que eu sei a verdade. Você se sentiria melhor assim? - Ela perguntou acariciando meu cabelo.

- Sim. - Falei dando um sorriso meigo e ela me abraçou.

"Eu pensei que estava arrasando na atuação..."

ERROR | Jace Norman (Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora