chapter 20

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Depois de ouvir tudo aquilo ela sentia que precisava de conforto, ela procurou refúgio nas criptas dos seus, parece mórbido mas para Molly era o lugar ideal.

- Mãe, eu não sei o que fazer. Você sempre disse que amar era algo maravilhoso mas está doendo tanto, por que dói? - Molly falou passando as mãos nas suas coxas em uma tentiva de se manter aquecida.

- Isso é tão estranho, eu estou falando com os meus pais, que a propósito, estão mortos. - Ela falou rindo da sua própria loucura.

- Eu... Eu tive uma longa conversa com a Nana, a mãe do Jace é uma pessoa com o coração tão grandioso. Ela disse uma coisa, eu acho que ela tem razão. Eu os amo, amo tanto. Eu estou errada em seguir em frente? Estou errada em ser feliz? Não quero que imaginem que estou melhor sem vocês, eu só... - Molly falou com sua voz arrastada receosa em tocar no assunto, ela não conversava assim com a energia dos seus pais já fazia um bom tempo, mas sua fala estancou assim que uma borboleta azul pousou em sua mão.

Lágrimas brotaram em seus olhos e um sorriso de felicidade apareceu, aquilo era uma resposta.

Desde de pequena a mãe de Molly sempre a ensinou que pessoas que se amam verdadeiramente se conectam através de uma forte de energia, ela usou isso a seu favor quando os seus pais morreram, todas as noites ela fechava os olhos e se conecta com a energia de ambos, talvez não fosse real mas aquilo mantinha uma parte deles viva no coração de Molly.

O pai de Molly sempre dizia que depois de sua morte ele queria que sua alma se transformasse em uma borboleta, ele sempre quis voar. Para muitos a vida da família Angelle era insana, eles se conectavam com o mundo em uma frequência diferente, mas de alguma forma isso a ajudou a não perder a cabeça completamente.

Sua mãe sempre dizia palavras reconfortantes antes de viajar, "segure os cristais, enquanto estiver com eles eu sempre estarei com você", dito e feito, Molly nunca deixou os cristais da sua mãe para trás e talvez seja por isso que ela sempre sentia uma pontada de esperança dentro de si.

- Merci papa. - Molly falou vendo a borboleta ir embora.

- Eu te amo mãe. - Ela falou indo em direção a cripta de sua mãe, deixando a pulseira em que ela havia colocado todas os cristais que sua mãe havia deixado.

Molly andou em direção a saída do memorial feito para os seus pais e deu uma última olhada para trás. Ela estava livre, ela se sentia livre.
Não havia mais dor, seu peito não pesava mais, ela se sentia leve.

"Ela seguiu em frente"


Do outro lado do mundo

Em Los Angeles, Jace arrumava suas coisas sem saber ao certo o que estava fazendo, ele apenas sentia que não deveria deixá-la sair de sua vida assim.

Ele havia se apaixonado outra vez, Jace sentiu uma conexão tão intensa quando a beijou. Quando Xander pediu para que eles se beijassem ele sabia que o irmão estava sacaneando, ele sabia muito bem que Jace e Molly não namoravam de verdade mas adorava colocar Jace em situações cabulosas. Quando seus lábios se chocaram nos de Molly seu coração acelerou de forma tão brusca que poderia ser considerado um acontecimento clinicamente insano, ele não queria que aquele beijo terminasse, depois de daquele dia Jace se via pensamentos em como faria para beijar Molly outra vez e acabava se pegando com um sorriso bobo no rosto ao lembrar das bochechas avermelhadas e do olhar assustado da garota.

No dia em que Molly teve um ataque de pânico ele se sentiu inútil por não poder ajudar, por não conseguir tirar dela tudo que a deixava quebrada, o beijo foi por extinto, ele apenas sentiu que deveria beija-lá, a cada movimento que os lábios de Molly fazia explosões ocorriam dentro de Jace e foi naquele momento em que se sentiu vivo.

No natal quando a viu em pedaços seu coração se apertou em vê-la daquela forma, ali ele percebeu que a amava e que talvez isso seria um problema.

"Ele não queria ser magoado outra vez"

Mas agora nada mais inporta, se ela estiver tão magoada a ponto de o rejeitar para Jace isso não é um problema, ele poderia passar mil anos tentando conquista-lá outra vez apenas para ver o seu sorriso outra vez, para sentir o gosto doce e viciante que a sua boca tem, para se perder no seu abraço acolhedor ou para vê-la tomando mil copos de café amargo.


"Ele quer provar da felicidade mais vez"

- Cara, a gente está no carro já faz meia hora. - A voz de Jack ecoou do outro lado da porta fazendo Jace franzir o cenho.

- O que está fazendo aqui? - Ele perguntou confuso abrindo a porta.

- A gente veio levar você para Itália! - Jack falou animado e Benji tocou a buzina freneticamente como se comemorasse junto com o amigo.

- Além do mais, o dia do sim nem começou ainda e a Sam já estourou o limite do cartão do Benji. Ele quer tirar "satisfação". - Jack falou entrando para ajudar Jace com a arrumar as malas.

- Vocês estão indo por causa dos vinhos, não é? - Jace perguntou cruzando os braços.

- Não. - Jack falou pegando a mala de Jace e saindo em disparada em direção ao carro deixando o loiro rindo da atitude do amigo.






Em algum lugar não muito distante






- Você cuidou das flores? - Xander perguntou enquanto analisava seu bloco de anotações.

- Flores, salão e música. Tudo perfeito. - Sam falou animada.

- Você tem certeza que ela não sabe. - Xander perguntou nervoso.

- Do jeito que ela é lerda, não. E o Jace? - Sam falou se jogando na cama ouvindo o suspiro do rapaz do outro lado da linha.

- Ele não sabe de nada, pedi ajuda para Benji e para o Jack. Se ele seguir o roteiro vai dar tudo certo. - Xander falou massageando as têmporas.

- Ser cupido é cansativo. Quando isso tudo acabar vou mandar a conta para o Jace, exigo pagamento. - Sam falou revirando os olhos.

- Você não é rica? - Ele perguntou confuso.

- Foi assim que eu fiquei rica, sendo esperta. - Sam falou dando uma piscadela.

Os caminhos de Jace e Molly estão prestes a se cruzar novamente, resta saber se eles terão um fim juntos ou se terão que seguir caminhos separados.

"Está quase no fim"




Pulseira da Molly

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Pulseira da Molly

ERROR | Jace Norman (Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora