CAPÍTULO 35

2K 110 2
                                        

sábado
19:32hrs

Rk

tinha chegado umas sete e vinte cinco, por aí, tinha terminado meu banho agora.

enrolei a toalha na cintura e com a outra, passei no cabelo enxugando ele.

quando entrei, tinha visto um negócio no lixeiro, pensei até em ver, mas nem sabia de quem era.

acabou que eu peguei e fiquei olhando por um maior tempo, sabia esses bagulho de mulher não.

saí do banheiro com a caixa e um negócio na mão, ouvi a porta abrir e escondi.

Lorena: Gabriel chegou -falou e eu assenti- tá tudo bem?

Rk: to tranquilo - falei e ela fechou a porta-

coloquei uma cueca junto de uma bermuda moletom e guardei a caixa, dentro do bolso.

peguei a toalha e fui descendo, coloquei ela na área de lavar roupa e fui pra cozinha.

Rk: eai po - falei com o gb-

Gb: eai -falou batendo na minha mão-

Rk: se liga - falei pegando a caixa junto do outro negócio- sabe o que é isso?

entreguei a ele e ele pegou, eu tinha lido, mas não entendi porra nenhuma.

Gb: entendo nada disso não -falou e eu ri- mas diz que é gravidez, algo assim

Rk: valeu - falei quando ele me entregou-

Gb: quem tá grávida? -falou e eu dei de ombros- tava onde?

Rk: quarto que eu durmo, com a Lorena -falei e ele riu- nem vem

Gb: quer cria com a mina não? -falou e eu dei de ombros- ai é foda

a gente ficou calado e as menina entrou na cozinha, coloquei os negócio no bolso e sentei na mesa.

Cecília: se forem comer levanta -falou e eu ri fraco-

olhei pra Lorena que tava olhando pro nada, ela tava assim desde que eu saí de manhã.

mano, se ela tiver mesmo, eu sei nem o que fazer, nem planejava ter cria agora.

Rk: posso conversa contigo? -sussurrei pra ela, que assentiu-

ela levantou e foi saindo da cozinha, levantei, colocando as mãos no bolso e fui atrás.

vi ela ir pra área de trás e se sentar, em uma das cadeiras dali, me sentei do lado dela, que suspirou.

Lorena: antes de você falar alguma coisa -falou olhando pro céu- uma tal de Eduarda veio aqui, fez o maior fuzuê, te procurando

Rk: to nem ai pra ela -falei virando o rosto-

Eduarda era uma filha da puta, procura quando quer dinheiro, meu maior erro no passado foi assumir ela.

Lorena: enfim -falou e eu olhei pra ela- tu queria o que?

Rk: conversa po -falei e ela me olhou- cara, tu tá estranha desde ontem, quase tu não dormiu, que eu percebi, e acordou pensativa pra caralho

Lorena: umas lembranças vinheram -falou encostando a cabeça no meu ombro- aconteceu tanta coisa, minha mãe me colocou pra fora de casa, Cecília grávida, nosso lance

Rk: queria falar sobre isso também -falei e ela me olhou- tipo, queria ficar contigo tá ligado? - falei gesticulando- tipo, mais do que beijar, transar e os caralho tudo, queria mais

Lorena: eu sei o que você tá falando -falou e eu olhei pra ela- mas vou esperar você conseguir dizer.

Rk: quero casar contigo, maluca -falei e ela sorriu- a gente ter um bagulho nosso, viver junto tá ligada?

ela ia falar alguma coisa, mas antes colocou a mão na boca e saiu correndo pra um canto do quintal.

vi ela vomitar ali e virei a cara, gostava de ver esses bagulho não.

ela ficou um maior tempo lá e depois voltou, passando a camisa na boca.
Lorena: preciso de um banho -falou e eu assenti- e eu aceito seu pedido

Rk: só não te beijo por conta desse bagulho aí -apontei pra boca dela- vai que tu vomita denovo

fiz cara de nojo e ela ficou rindo, acabei rindo e a gente entrou.

Cecília tava na sala com o gb, subi com a Lorena e ela foi tomar banho.

tava querendo que ela me contasse, não queria falar que descobri, queria saber dela.

vidas cruzadasOnde histórias criam vida. Descubra agora