CAPÍTULO 17

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quinta
11:00hrs
dias depois...

Lorena

os dias tinham passado até rápido, rápido até demais.

hoje já era véspera de natal, o pior natal vai ser certeza.

tava toda plena assistindo minha série e comendo, até a campanhia tocar.

me estressava pelo porteiro não avisar quem era, era ódio puro por isso.

abri a porta e vi o rk, com umas sacolas nas mãos, ele me olhou e sorriu fraco.

Lorena: tá fazendo o que aqui? -falei e ele fez careta-

Rk: posso vim te ver não? -falou entrando e eu revirei os olhos-

Lorena: acho que mudou tudo depois da desconfiança -falei e ele me olhou-

Rk: po, to tentando manter a amizade que nós tem -falou gesticulando- mas tá difícil

Lorena: veio fazer o que aqui -falei e ele respirou fundo-

Rk: vai ter uma comemoração na casa de um mano meu -falou e eu assenti- tava marcado de ir com a Cecília, mas deu errado

quando ele falou dela, daquele jeito triste, me deu uma tristeza também.

por tudo isso, eu sentia muita saudade dela, ela era minha alegria diária e a alegria foi embora.

ele me olhou e eu sustentei o olhar, não sabia nem o que falar pra ele sabe?

tava sentindo a dor dele, mas de um jeito diferente, a minha era pela amizade e a dele de irmandade, mas mesmo assim, sentia.

Lorena: vou contigo -falei e ele sorriu fraco- mas não pensa que eu esqueci do que tu me falou.

Rk: calada você é uma poeta -falou e eu ri-

Lorena: vou arrumar as coisa -falei me levantando-

ele só assentiu e olhou pra televisão, entrei no quarto e peguei uma bolsa qualquer.

coloquei uns pares de roupa dentro e umas coisa pra pele, tava me cuidando mais do que o normal.

ele entrou no quarto e sentou na cama, ficou olhando meus gestos e eu olhei pra ele.

Rk: que roxo é esse aí? -falou e eu olhei pro meu braço-

Lorena: bati na porta -falei passando a mão por cima-

Rk: bateu por todo teu corpo é? -falou cruzando os braços- qual foi, manda o papo namoral aí

Lorena: nada demais rk -falei voltando a fazer as coisas-

ele não falou mais nada, só saiu do quarto batendo a porta e eu sentei na cama.

olhei pelo quarto todo e ele tava todo arrumado, coloquei uma calça moletom e uma blusa.

peguei a bolsa e fui saindo do quarto, rk tava mexendo no celular e logo me olhou.

Rk: bora lá -falou levantando- trouxe uns bagulho de comer pra tu

Lorena: obrigado -falei sorrindo-

peguei a sacola e vi várias besteiras ali dentro, sorri comigo mesma.

saí atrás dele e quando chegamos na portaria, ele subiu na moto e eu fiz careta.

Rk: nem vem lorena -falou e eu ri fraco-

Lorena: falei nada, gato - falei subindo na garupa- tem capacete não?

Rk: tua cara de sonsa diz tudo -falou e eu ri- e não tem não -falou e acelerou, me fazendo segurar na cintura dele-

ele pegou a estrada numa velocidade média, encostei a cabeça nas costas dele e só senti o vento bater, contra meu rosto.

era uma sensação maravilhosa, mesmo desarrumando meu cabelo todo, era maravilhoso.

vidas cruzadasOnde histórias criam vida. Descubra agora