CAPÍTULO 16

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Terça
10:03PM

Lorena

tinha começado uns barulhos de tiro a muito tempo, não parava por nada.

déco não tava aqui, deduzindo eu tava aqui sozinha, tava morrendo de medo alguem entrar e me matar aqui.

a porta foi aberta com força e eu tomei um susto, olhei pra ela e vi o rk, com um pouco de sangue nas mãos.

Rk: tá tranquila -falou e eu assenti- cadê a Cecília?

desviei o olhar do dele, pelo jeito nem ele sabia do que tinha acontecido com ela, o cara lá só chegou falando que ela morreu e eu nem sei se é verdade.

Rk: cadê a Cecília, Lorena -gritou e eu olhei pra ele-

Lorena: eu não sei - falei no mesmo tom- atiraram nela na minha frente e me tiraram daquela casa

Rk: se atiraram nela, por que o corpo dela não tá lá? -falou e eu passei a mão no rosto- não mente pra mim lorena -falou apontando pra mim e eu bati no dedo dele-

Lorena: acredita se quiser caralho -falei meio alto- essa é a verdade, resta você saber se acredita ou não.

ele ficou me olhando por um tempo, logo alguém apareceu na porta e eu olhei pra ela, vendo um cara.

- deco tava por aqui -falou e eu olhei pro lado- tubarão tá no carro, desmaiado ainda

Rk: jae -falou e o menino saiu-

olhei pro rk de volta e ele só saiu, olhei pro lado e fui saindo atrás.

confesso que tava com medo, realmente não sabia da cecilia, o cara chegou dizendo que ela morreu, to toda confusa.

rk parou e olhou pra mim, continuei andando, passando por ele e fui seguindo o garoto que tava lá na sala.

abracei meus braços e continuei andando, tava frio e eu tava sentindo isso faz tempo.

o cara parou em frente a uma van e abriu ela, olhei pra um homem amarrado e desacordado na frente.

era o mesmo cara que me machucou, ele tava ali, na minha frente.

desviei o olhar dele e olhei pro menino, ele abriu uma porta na frente e pediu pra mim entrar.

entrei ali e me sentei, ainda abraçada com meus braços.

tava com medo, medo desde hoje de manhã, esse cara tinha entrado no quarto e começou uns abusos.

tinha vez que ele fazia até com o deco ali, deco olhava e olhar dele era de pena.

a porta do meu lado abriu e vi o rk entrando, ele me olhou de lado e nem falou nada.

o outro garoto entrou no banco do motorista e andou com a van.

pedi pra ele me deixar em casa e assim ele fez, tava sem minha chave mas sempre tinha uma chave reserva.

o porteiro abriu o portão e eu subi pro meu apê, peguei a chave, do lado da planta e abri a casa.

tranquei ali e fui pro meu quarto, me sentei e me permiti chorar ali.

em horas, foram as piores coisas pra mim, eu não tava nem conseguindo me mantes em pé direito.

mas a única coisa que tinha que fazer, era tentar, mesmo não dando nada certo ali.

limpei a lágrima que descia e fui no banheiro, tirei minha roupa me olhando ali, e vi umas marcas nele.

umas roxas e outras vermelhas, respirei fundo e entrei no box, abri o registro e deixei a água cair no meu corpo.

fiquei ali por um tempo e depois saí, vestindo uma calça e um moletom.

deitei na cama, liguei o ar e fiquei um tempo acordada, depois acabei pegando no sono ali mesmo.

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feliz ano novo

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