Corria, corria, corria à velocidade da luz, pisava os passeios molhados com os meus passos apressados enquanto ligava à minha mãe para lhe contar o que se sucedera com o Dylan, levava apenas numa mala as coisas necessárias como os meus documentos, roupas para alguns dias, escova de dentes, algumas toalhas e afins. Mal cheguei ao aeroporto tratei de tudo e apenas tinha que esperar que o meu avião chegasse, parecia que não acabava aquela espera infindável, passaram algumas horas pois o avião estava atrasado até que por fim chegou. Sentei-me no meu lugar, olhei para a janela e vi o avião descolar, a dor de cabeça que começara de manhã tinha aumentado, no avião comecei a sentir tonturas e do nada de desmaiei, sorte a minha que já estava sentado. "Onde é que estou?" foi a única coisa que pensei mal abri os lhos lentamente, pouco depois percebi que estava ainda no avião e que tinha sido acordado pela senhora que se tinha sentado ao meu lado, esta sabia onde era a minha paragem por isso acordou-me para avisar que já estava quase a chegar ao meu destino. Saí do avião e passado alguns minutos já estava no metro a caminho de casa para pousar as coisas. Mal cheguei a casa atirei as malas para cima dos sofás e em seguida fechei a porta, não tinha tempo para mais nada, apenas sei que fui a correr de novo para o metro, demorei 15 minutos a chegar ao hospital, comecei a correr até chegar à recessão, perguntei onde ficava o quarto do Dylan e mal me disse comecei a correr, não queria saber se não podia entrar ou não, corria aquelas escadas acima sentindo o meu coração a bater com cada vez mais força, parecia que a vida dele dependia da minha demora ao quarto dele. Com uma respiração acelerada olho para a frente vendo o número do quarto do Dylan, fui-me aproximando lentamente da entrada, estava com cada vez mais medo do que me ia aguardar do outro lado da porta. E lá estava ele, deitado numa maca, ligado às máquinas e num estado péssimo, estava completamente disforme. O seu rosto, o seu corpo, tudo. Fui-me aproximando da maca para o poder ver de perto, acabei por não aguentar e por levar as mãos à cara começando assim a chorar. De repente oiço uma voz suar atrás de mim.
Sabrina: Louis?
Eu: Sabrina?- disse limpando as lágrimas.
Sabrina: Custa-me tanto vê-lo assim.
Eu: Ele tem que ficar bem.
Sabrina: Ele vai ficar bem!
Eu: Eu não o posso perder, eu não sou nada sem ele!
Dylan: Nem eu sem ti - soa numa voz rouca.
Eu e Sabrina: Dylan!
Dylan: Mas promete-me que se não chegar a sair vivo deste hospital vais encontrar maneira de ser feliz.
Eu: És a única pessoa que me faz feliz, com quem eu quero ser feliz.
Dylan: Sabrina, se algo me acontecer cuida dele e de ti.
Sabrina (a chorar): Vai ficar tudo bem.
Dylan: Eu espero que sim.
O dia passou e eu estava cansado, cheguei a casa ainda super fragilizado com o estado do Dylan e segui para o meu quarto, deitado na cama começo a chorar até adormecer. 09:00 da manhã, sou acordado pelo meu telemóvel a tocar, era a Sabrina:
Sabrina: Lou?
Eu:Sim? Passou-se alguma coisa com o Dylan?
Sabrina: Não! Quer dizer, sim. Foi-lhe dada baixa, como ele acordou vai ter que repousar em casa, acho que é uma boa notícia.
Eu: Sim, isso é ótimo, significa que o pior já passou!
Sabrina: Verdade, podeia ser melhor...
Eu: Como?
Sabrina: Lou, desde que tu foste para Nova York que ele não é o mesmo...
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Romance-"Promete que nem a distância nos vai separar" -"O nosso amor é maior do que qualquer distancia"