Uma carta pode mudar tudo...

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Sim, perfeito, obrigado Deus por ter feito soar o toque para sair. São 16:30 da tarde, ou seja, hora de sair desta merda de lugar, a escola. Ainda pensando no que se tinha passado na parte da manhã saí da sala de aula e deparei-me com o rapaz que mais lindo do mundo, o Dylan, que se encontrava à minha espera, com um sorriso lindo. 

Dylan: Como foi a ultima aula?

Eu: Um tédio.

Dylan: Não parece...

Eu: Não?

Dylan: Nadinha...

Eu: Porque?

Dylan: Normalmente, as pessoas que estão no tédio têm uma cara aborrecida, no teu caso vejo os teus olhos lindos a brilhar, o teu sorriso perfeito...

Eu: Isso é porque estás aqui. - Disse corando.

E de repente no preciso momento em que ele me ia beijar, aparece a rapariga mais tola de sempre, sim, a Sabrina.

Sabrina: Nããããããããão, aqui não, pelo menos enquanto aqui estiver, muito mel, não gosto de mel, arranjem um quarto.

Dylan: Isso é tudo falta de pi...

Sabrina: Comida, é tudo falta de comida.

Eu: Sendo assim vamos comer.

Sabrina: Ainda perguntam porque é que gosto de ti.

Eu: Porque?

Sabrina: Porque és tu que vais pagar, seu sortudo.

Eu: Okay.

Fomos para um bar que encontrámos pelo nosso passeio sem destino, mal entrámos reparámos logo no chão, este tinha um padrão xadrez preto e branco, as paredes eram azul turquesa, todo o bar tinha um estilo muito anos 50/60. Aproximámos.nos do balcão e deparámos-nos com uma empregada de cabelos pretos bem longos, com um penteado muito anos 50, tinha olhos verdes maquilhados por um risco muito bem feito com o eyeliner preto e os seus lábios maquilhados com um baton vermelho forte. Trazia vestido uma saia justa e um tanto curta preta, um top de alsinhas vermelho, com bolinhas brancas, umas meias de vidro escuras e trazia calçado uns sapatos compensados vermelhos e igualmente com bolinhas brancas. Dava para ver as suas tatuagens nos braços, nas pernas, no peito e até na nuca. Parecia ser bem simpática.

Empregada: Olá, boa tarde.

Nós: Boa tarde.

Empregada: O que vai ser?

Sabrina: Eu quero um sumo natural de laranja e uma fatia deste bolo de chocolate, por favor.

Dylan: Eu um sumo de maçã natural e um muffin, por favor.

Eu: Eu quero um milkshake de morango, por favor.

Empregada: Ah ainda bem que falas nisso, se quiserem passem cá na sexta, é o dia do milkshake cá no bar pois milkshakes são a nossa especialidade e vamos estar a dar milkshakes a noite toda. Tomem alguns panfletos. - Disse sorrindo.

Eu: Aww, obrigado.

Dylan: Bem vamos para a esplanada ou ficamos aqui? 

Sabrina: Ficamos no sitio mais perto, tenho fome e não quero andar, apenas ficar gorda.

Eu: Por mim tanto faz.

Sabrina: Quanto mais depressa nos sentarmos, mais depressa eu afogo as mágoas em comida e vocês armam-se em abelhas e produzem o mel todo.

Dylan: Ah sendo assim parece-me justo.

Eu: Tu saíste-me cá uma filósofa.

Empregada: Desculpem meter-me na conversa mas, querem que leve à mesa?

Eu: Não é preciso, obrigado.

Sabrina: Desde que eu possa comer é igual.

Dylan: Vais ficar gorda e ninguém te vai pegar.

Sabrina: Já ninguém me pega, por isso só me resta ficar gorda.

Dito isto a empregada desatou a rir no meio do bar, pelos vistos tinha gostado de nós e tinha engraçado com o nosso grupo e com a nossa maneira de estar. Passado um bocado já estávamos sentados a beber e a comer os nossos pedidos, enfim, estávamos a adorar, principalmente a Sabrina, credo, ela come aquele bolo como um leão como uma zebra, ela está a devorar aquilo. Depois de a tarde ter passado fomos para as nossas casas para jantarmos mas ainda íamos sair de noite. Ao chegar a casa dirigi-me à caixa de correio e estavam lá algumas cartas, umas do médico, outras do banco, outras de amigas da minha mãe, mas houve uma carta que me chamou à atenção pois esta dizia o meu nome. Peguei em todas as cartas, pousei-as sobre a mesa da sala e abri a que me pertencia.

"Querido filho, deves estar a perguntar-te o porque de te estar a escrever, pois bem, estou a escrever-te porque sinto grandes remorsos e uma enorme culpa de te ter abandonado a ti e à tua mãe. Não queria que fosse assim mas não tive escolha. Sei que os motivos para te ter abandonado não são compreensíveis para um rapaz da tua idade mas mesmo assim, tenta perceber o pai. Tenho imensa pena que ao longo destes anos todos nunca te tenha visto a jogar à bola com os teus amigos, a ensinar-te a andar de bicicleta, a ver como te vestes e esses pequenos pormenores, e as namoradas, como vão? Espero que esteja tudo bem na tua vida meu caro filho, aguarda uma surpresa do teu pai que apesar de não o ter mostrado ao longo destes anos, te ama muito, abraço." 

Mas que raio foi isto? Que devo eu fazer? Devo responder? Devo deitar a carta fora e fingir que nada disto aconteceu? Naquele momento a minha cabeça encheu-se de perguntas, perguntas às quis eu não obtinha resposta. Perguntas às quais provavelmente não tinham qualquer resposta possível. Estava tão confuso que nem uma criança no meio de uma estrada que não sabe da mãe. No momento, apetecia-me chorar mas continuei forte e sempre de cabeça erguida, Sabia agora o que fazer, ia responder. Mas no momento em que ia começar a escrever a minha mãe apareceu, bem, tenho que esconder a carta dela se não ela passa-se, já lhe bastam as preocupações do trabalho, não quero que tenha mais uma.

Depois de ter tido uma conversa banal com a minha mãe fui para o meu quarto, abri a janela, a portada e deparei-me com o rapaz mais bonito do mundo a fazer o mesmo, sim, o Dylan. Fiquei a observar cada movimento dele e do seu ar distraído, tão distraído que ainda não tinha reparado que ali estava a olhar para ele como quem olha para um diamante. De repente ele pousa os olhos na minha janela e vê-me com um sorriso de orelha a orelha.

Dylan: Olha só que vista para o paraíso.

Eu: Quem, tu? Podes crer.

Dylan: É melhor começar a comprar tábuas e cordões.

Eu: Para que?

Dylan: Vou fazer uma ponte do teu quarto para o meu, assim todas as noites podemos dormir agarradinhos.

Eu: Boa ideia, acho que quem não vai achar muita piada são as nossas mães. - Disse gargalhando.

Dylan: Eu enfrento qualquer drama para estar contigo, sabias?

Eu: Juras?

Dylan: Juro.

Fiz o novo capitulo o mais depressa que pude, espero que gostem, já sabem, passem a amigos, comentem e amem a fic se faz favor <3

Love ya <3

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