E quando menos se espera...

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Cheiro a perfume, roupa espalhada pelo chão, os braços dele à minha volta...Era assim que estava o cenário mal acordei. Eu e o Dylan fomos dormir naquela noite ao mesmo hotel que ele me levou na noite em que...Bem, vocês sabem. Eu e o Dylan achámos melhor aproveitar a noite passada, pois, quem sabe, não seria a ultima noite que passaríamos juntos. Tinha dito à minha mãe a verdade, ela percebeu o nosso lado e deixou-me passar a noite com ele. Mal acordámos o Dylan olhou para o seu telemóvel que estava cheio de chamadas perdidas da mãe. A mãe dele não queria que nada disto tivesse acontecido, mas, pelos vistos quem decidia as coisas lá em casa era o pai dele. Ignorando as chamadas da mãe atirou o telemóvel para cima da cama e começou a agarrar-me com força, parecia que não queria sair dali e ficar ali o dia todo. Mas mesmo assim, tínhamos de ir para a escola e enfrentar as multidões, aquele mar cheio de hormonas. O dia na escola foi normal mas via nos olhos do Dylan alguma distância, era como se não estivesse ali. Provavelmente estava a pensar no que fazer mal chegasse a casa, a verdade é que eu também estava com medo do que o pai dele pudesse fazer, aquela conversa do colégio militar não me agradava mesmo nada.

Eu: Dylan?

Dylan: Sim?

Eu: Estás distante.

Dylan: Estava aqui a pensar.

Eu: No colégio militar?

Dylan: Exactamente.

Eu: Vais ver que vai correr tudo bem.

Dylan: Vai? Será que vai mesmo?

Eu: Não te posso garantir mas....

Dylan: Mas o facto é que muito provavelmente vou ficar sem ti, vou ficar sem nada.

Eu: Como assim, sem nada?

Dylan: Sem nada. Tu és tudo para mim, eu amo-te Louis. - Disse deixando escorrer lágrimas dos seus olhos.

Eu: Oh Dylan, eu também te amo. Eu não te quero perder por nada deste mundo.

Dylan: E nada nos vai separar. Nem nada nem ninguém. Farei o que for preciso para estar sempre aqui. Acredita.

Eu: Tenho tanto medo.

Bem, depois de termos falado tudo, voltámos para casa, mal entrei a minha mãe veio até a mim com uma cara meio triste e preocupada. Primeiro meteu a mão nos meus ombros depois abraçou-me com força, não vinha aí coisa boa. Pediu-me que me sentasse no sofá enquanto ela ia buscar uma coisa e sinceramente, aquela espera no sofá estava a fazer-me mal pois sabia que o que vinha a seguir não me ia deixar minimamente feliz. Avistei a minha mãe a meter as mãos na cara em sinal de desespero, passado um pouco ela pega numa carta que estava na mesa da sala e começa a olhar seriamente para mim. O que a preocupava estava naquela carta, e também me começava a preocupar a mim.

Mãe: Querido, isto não é fácil.

Eu: O que é que se passa?

Mãe: Senta-te, vai ser complicado dizer isto.

Eu: O que tem essa carta?

Mãe: É do trabalho da mãe!

Eu: Mãe, é o que eu estou a pensar?

Mãe: Amor, eu não posso mudar nada disto, se dependesse de mim não seria assim.

Eu: Então é mesmo o que eu estou a pensar?

Mãe: Sim.

Eu: Mãe, mudámos para cá à meses.

Mãe: Eu sei querido, mas não posso fazer nada, infelizmente.

Eu: Eu sei, mãe. temos que nos mudar quando? 

 Mãe: Daqui a dois meses. - Disse baixando a cabeça.

Eu: Mãe eu quero ficar cá!

Mãe: E quem é que vai tomar conta de ti?

Eu: Ninguém. Eu safo-me bem.

Mãe: És doido? é que jamais!

Eu: Mas mãe...

Mãe: Eu sei que tu não queres deixar o Dylan mas é o meu trabalho.

Eu: O que vou fazer agora?

Mãe: Amor, odeio dizer isto, mas o que podes fazer unicamente são as malas.

Eu: Com licença.

Dito isto levantei-me e fui para o quarto a correr, tranquei-me, deitei-me na cama e comecei a chorar. Como iria eu dizer ao Dylan? Estava a ser complicado para mim lidar com aquela situação, naquele momento só me apetecia gritar e deitar tudo abaixo mas parecia que as forças todas se tinham evaporado todas com o que a minha mãe me tinha dito. Como é que se lida com tudo isto? O Dylan num colégio eu noutra terra. Tudo se vai complicar agora, noutra terra ou noutro país, Agora isso é o que a minha mãe aguarda para saber. Tinha que contar ao Dylan o que se estava a passar, por isso, peguei no telemóvel, e mandei-lhe uma mensagem a  dizer para ele vir ter comigo ao parque habitual durante a noite para lhe contar uma coisa e ele disse que lá estaria. A noite aproximava-se e a altura de lhe contar as más notícias também. Passaram algumas horas e quando reparei já estava eu a caminhar de cabeça para baixo em direcção ao parque, não estava de todo pronto.

Dylan: Pensei que já não viesses.

Eu: Desculpa, olha, é melhor sentares-te.

Dylan: Ui! Mais desgraças?

Eu: Esta é daquelas parecidas a um tornado.

Dylan: Medo, conta.

Eu: Bem...eu.... - Disse baixando a cabeça.

Dylan: Tu...

Eu: Lembras-te naquela noite, na praia, a conversa da distância....

Dylan: Como poderia esquecer? 

Eu: Bem, o que mais temíamos acaba de acontecer...

Dylan: Que queres dizer? - Disse arregalando os olhos e ficando com um ar preocupado.

Eu: Eu vou embora, Dylan. - Disse caminhando para ele e abraçando-o com muita força a chorar.

Dylan: Não! Não pode ser.

Eu: Eu..eu não quero...mas não há nada que possa fazer.

Dylan: Se tu te afastares de mim eu morro!

Eu: Dylan, eu não quero afastar-me de ti !

Dylan: Achas que te deixo sair daqui?

Eu: Que podem dois adolescentes fazer?

Dylan: Dois adolescentes não podem fazer nada, mas dois adolescentes verdadeiramente apaixonados podem parar o mundo se preciso for. - Disse deitando lágrimas dos seus olhos.

Eu: Tenho medo!!!

Dylan: De que? 

Eu: De te perder.

Dylan: Nunca me vais perder......Escreve isso. Nunca.

Eu: Amo-te.

Dylan: Sempre? - Disse diminuindo o choro.

Eu: Sempre.

EU SEI, EU SEI. Vocês devem estar com uma vontade de me bater por demorar muito tempo a publicar este capitulo, vejam o lado positivo, está mais dramático, acho eu. Peço imensa desculpa meus amores. Vou tentar publicar o novo capitulo o quanto antes, se quiserem que eu o publique o mais rápido possível podem colaborar comigo enviando-me sugestões por mensagem ou por comentários, agora disfrutem e comentem, passem a migos e essas coisinhas fofas todas <3 Kisses do Litos <3

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