O QUE NOS ESPERAVA

A vida é uma caixinha de surpresas.

Arizona:

- Arizona Robbins-Torres? - diz um homem quando abro a porta.
- Eu mesma.
- Entrega pra você. - diz ele, entregando uma caixa na minha mão.
- Ah... é... obrigada! - digo agradecendo e fechando a porta.
O que será isso?
Eu queria abrir logo mas, Callie se aproxima em seguida:
- Oi meu bem, quem era... ué, quem te deu isso? - diz ela apontando pra caixa.
- Não sei, queria abrir. - digo.
- Ah não, deixa pra depois... vem cá, vamos dançar e aproveitar nossos amigos enquanto estão aqui, vem. - diz ela pegando na minha mão e deixando a caixa no canto.

~ algumas horas depois... ~

- Filha? Precisamos ir... - diz minha mãe se aproximando.
- E acho que todos nós também precisamos. O avião sai em 2hrs e... a maioria precisa de um café de aeroporto bem forte antes de seguir viagem pra Seattle. - diz Meredith em seguida.
- Poxa gente, casa cheia me faz tão bem. - digo, com os olhos cheios d'água.
- Assim que o bebê nascer a gente espera um tempinho e arruma uma folga pra ir até Seattle ver eles. - diz Callie.

Todos se ajeitam e Addison se aproxima:
- Bom, eu não vou embora de NY até esse bebezinho nascer então, posso levar os pais de vocês até o aeroporto. Tudo bem? - diz ela.
- Eu vou precisar ficar, preciso dar banho na Sofia, se bem que minha filha já se vira sozinha, mas enfim, tenho que ajeitar as coisas por aqui, amanhã a rotina já volta ao normal. - diz Callie.
- Addison você tá bem pra isso? Você bebeu... - pergunto preocupada.
- Relaxa loirinha, tá tudo sob controle. Até porque tenho conferência amanhã cedo, preciso estar plena. - diz ela pegando as chaves do carro.

~ todos prontos ~

- Vamos lá? - diz Meredith.
- Foi demais esse fim de semana com vocês aqui! E a melhor parte foi casar novamente com os nossos melhores amigos de testemunha. Valeu gente, de verdade. - diz Callie se despedindo da galera.
- Manda fotos e notícias do bebê hein! - diz Amélia dando um abraço.
- Meninas se cuidem! E nos ligue se precisarem de algo. Quando chegar no aeroporto de Seattle eu aviso. - diz Meredith.

- Agora é nossa vez filha, Addison já está nos esperando. - diz minha mãe se aproximando.
Nos abraçamos e me despeço dos meus pais, Callie também se despede.
- Minha nora, mais uma vez peço que cuide com carinho da minha filhinha. E se cuida! Quando meu netinho nascer virei voando pra cá! - diz meu sogro, me dando um abraço.
- Pode deixar que vamos encher vocês de fotos do neném e da Sofia também senão ela fica com ciúmes. - diz Callie.

Pronto.
Nos despedimos de todos e de um fim de semana maravilhoso.
Callie começa a recolher algumas coisas e, quando vou ajudar, ela me segura:
- Ei ei ei, deixa que eu arrumo. Aproveita que está só nós e a Sofia tá no banho, abre a caixa que você recebeu. - diz ela, pegando a vassoura.

Pego a caixa e sento no sofá enquanto Callie ajeita as coisas.
Abro.

- O que é isso? - pergunta Callie.
- Não sei mas tem uma cartinha, eu acho. - digo abrindo o papel e me surpreendo.
- Quer que eu leia? - pergunta Callie quando me vê um pouco emocionada mas ainda sem saber quem deu.
Ela pega o papel da minha mão e nem abro totalmente o pacote, espero ela terminar porque nunca sei se é maldade ou bondade das pessoas.
Ela começa a ler pra mim:

"Não garanto que saia bem escrito pois meus olhos não permitem uma ótima caligrafia mas prometo que tentarei e não vou estender muito até porque você sabe que sou uma pessoa de poucas palavras. Estou sabendo de muita coisa, estou feliz pelo casamento com a cirurgiã ortopédica, pela sua gravidez mas eu estou mais feliz ainda por saber que passei o meu mérito a alguém que faz jus a área. Se tornou a cirurgiã fetal mais respeitada de Nova York e Seattle. As pessoas te procuram pra cuidar de seus bebês igual me procuravam. Você é meu espelho, Robbins! Estou enviando um presente pra você, Sofia e o novo integrante. Callie querida não fique com ciúmes! Só o fato de estar com a Robbins já é abençoada. Quero acompanhar a sua evolução como médica, como mulher e como mãe.
Já me estendi, né? Um grande abraço da sua eterna mentora.