49 • Hot and Cold [part. II]

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N/A ••• Ouçam a música quando eu indicar.

Nov, 2018 • Mystic Lakes, Medford – MA Scarlett Johansson

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Nov, 2018 • Mystic Lakes, Medford – MA
Scarlett Johansson

Eu e as meninas aderimos a um banho de banheira – que na verdade era uma jacuzzi com capacidade para cinco pessoas -, suéter e calça moletom, além do chocolate quente maravilhoso que o Sebastian fazia. Depois do "tchibum" no lago – que provavelmente estava com uns dez graus celsius e não valeu nem metade do dinheiro apostado –, só desejávamos coisas quentes e confortáveis e a fogueira elaborada por meu irmão serviu como uma luva.

Jeremy tocava algumas canções no violão enquanto alguns arriscavam na voz. Tirando Anthony, que cantava drasticamente, fazendo o Hunter gargalhar. Marshmallows eram esquentados no fogo, e a maioria até aderiu ao café e chocolate quente para aproveitar o momento do lado de fora. Até porque o dia começava a ir embora, e beber cerveja no frio não é uma combinação legal.

— Então o meu suéter estava com você esse tempo todo? — Chris comentou, se sentando ao meu lado. Olhei para o meu corpo, onde estava a peça de roupa duas vezes maior do que eu, bege com texturas verticais, e extremamente confortável.
— Ele é seu? Não sabia! — óbvio que eu sabia. Vesti propositalmente para ele ver.
— Parece que ele é seu agora — ele sorriu.
— Ele é meu há quinze anos, Chris — nós rimos — Se você o quiser de volta... — Chris me interrompeu.
— Fica melhor em você — ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

O clima ficou mais pesado, indicando uma noite fria, com a temperatura ainda caindo a cada hora.

Os passarinhos se recolhiam em seus ninhos, após um dia sob o azul do céu. O sol se punha no horizonte do lago e a lua cheia surgia, amarela, enorme e brilhante, entre as nuvens, trazendo consigo a noite e suas filhas estrelas.

Eu estava rodeada de pessoas que amava, mas naquele momento, preferi fingir que nada mais importava, apenas uma presença ao seu lado. Chris tinha a capacidade de me esquentar, mesmo com os braços distantes de mim. Não era a fogueira que me dava a sensação de acalento. Era o Christopher.

— Algum pedido? — brincou, Jeremy, recebendo um marshmallow no ar de Hunter, que acertou em sua boca, comemorando.
Closer — pedi — Nick Wilson.

• Aconselho a ouvirem a música agora. Se puderem, chequem a tradução •

Eu ouvi aquela música uma vez em um bar de Nova York, e foi uma das vezes que lembrei do Chris, depois de tantos anos. Era 2015, eu estava casada e com o financeiro bem estruturado, mas emocionalmente abalada. Sozinha na cidade, meus amigos em Boston, Romain viajando muito – por causa da traição ou do trabalho, não sei mais dizer –, eu vaguei pela Chelsea* e encontrei um barzinho em que uma banda amadora tocava. Essa canção tocou assim que eu me sentei no balcão, trazendo a tona, todos os meus momentos com ele.

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