𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 34

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Um mês depois...

O Peter conduz nosso carro em baixa velocidade pelo túnel de bambuzal, o único som que ouvíamos é o dos pássaros. Abri a janela deixando a brisa amena penetrar para dentro do carro e involuntariamente um sorriso nasce em meu rosto.

─ Nitidamente você é uma garota do campo. ─ A voz ao fundo do Peter me faz olhar para ele.

─ Sim muito eu amo tudo isso.
─ Gentilmente ele segura minha mão e a leva até seus lábios macios, eu e o Peter estamos casados a cinco meses mas parece que tem muito mais, depois de passar tanto tempo ocupado com o trabalho finalmente ele arrumou um tempo só para nós dois e eu estou amando é claro.

Paramos em frente ao muro de pedras claras e o portão de ferro grade preto, ao fundo já  conseguia visualizar a mansão, pego o alarme do portão na minha mochila rosa e o abro. O Peter estacione em frente as roseiras e saímos do carro, em seguida seguimos até a entrada da casa aonde o Fred e a Julieta já nos esperava.

─ Senhorita Isabelle que surpresa. ─ O Fred suspende um pouco seu chapéu de cowboy cinza.

─ Bom dia Fred esse é o o Peter meu marido.

─ Senhor Peter seja bem vindo. ─ Eles apertam as mãos.

─ Obrigado prazer em te conhecer também.

─ Ju tudo bem ?  ─ A abraço apertado.

─ Tudo ótimo, o Trovão parece que sentiu que você ia vir, ele está tão agitado. O Trovão foi um presente do meu avô e estou com tanta saudades, a última vez que montei nele eu tinha uns quatorze anos, depois que meus avôs morreram meu pai vendeu a Fazenda para dar início aos negócios, e vendeu o Trovão para a Julieta, e depois o comprou de volta.

─ Eu acho que ele nem lembra mais de mim ?
─ Lamentei.

─ Impossível você cuidou dele quando ele ainda era apenas um potro.

─ Amor o Fred te mostra a casa você se importa se eu for.

─ Claro que não.

─ Então nos vemos mais tarde.

─ Uhum vai lá ver o seu cavalo. ─ Dou um selinho rápido nele e ando depressa pela relva, cada passo que dava em direção ao estábulo meu coração batia mais depressa, só quem sente um amor assim pode me entender agora. Com a respiração ofegante parei em frente ao portão de madeira e o abri, procurei pelo Trovão entre as baias de alvenaria, ele estava na terceira à esquerda, seus olhos profundos e negros continuavam exatamente iguais.

─ Senhora Isabelle que surpresa.

─ Oi Nate. O Nate é um dos tratadores dos animais que eu mesma contratei, eu sou bem chata enquanto a isso ainda mais no meu caso que fico mais tempo na cidade do que por aqui.

─ Veio ver o Trovão ?
─ Ele diz e tira seu chapéu deixando seus fios loiros visíveis.

─ Sim quando meu pai disse que tinha o comprado de novo eu não me aguentei de saudades, eu não o vejo há tanto tempo, a Julieta começou a trabalhar aqui como caseira mas não imaginei que meu pai tinha feito isso. Me aproximei com cautela do Trovão.

─ Oi Trovão. Passei a mão suavemente sobre sua pelagem preta, ele relinchou como se tivesse me entendido.

─ Quer montar nele ?
─ Eu olhei assustada para o Nate, já faz tanto tempo que não monto em um cavalo.

─ Ele é dócil. ─ Ele rebate como se tivesse entendido meu medo.

─ Ahãm.

─ Você lembra como se sela um cavalo e põe o cabresto ou quer que faça ?

Simplesmente Acontece {Obra concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora