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As semanas foram passando e o dia do nosso primeiro estágio em conjunto finalmente havia chegado. Todos estavam nervosos. Não sabíamos a situação no campo de batalha, já que estávamos alí apenas para o resgate.

— Eles já disseram algo? É a nossa vez de agir? O que está acontecendo lá? — Haru perguntava para o representante de classe, chamado Edamura. — Diga alguma coisa!!

— EU NÃO SEI! EU NÃO SEI! — Edamura explode de nervosismo. — Eles não disseram nada após entrarem na base dos vilões. Eu não tenho notícias! Eu não tenho nada!

— Fiquem calmos, tudo vai acabar bem. — Yamada tentou acalmá-lo.

— Não... — Miyazaki disse com um semblante de preocupação estampado em seu rosto. — A situação acabou de ficar pior...

O silêncio tomou conta do lugar. Me preparei para questioná-la sobre o que estava prestes a acontecer, mas o rádio do representante soou de imediato numa transmissão falha.

— "A equipe de resgat-... precisamos de vocês! A situação mudo-... Precisamos de uma equipe para ajudar os heróis profissi-..."

— A SITUAÇÃO MUDOU! PRECISAM DE NÓS NO CAMPO DE BATALHA! SE APRESSEM! — Edamura anunciou

A mensagem foi repassada para os demais colegas, e enfim, começamos a correr em direção ao campo de batalha.

— Eu vou na frente para receber as primeiras instruções! — Haru anunciou antes de usar sua individualidade para correr em alta velocidade.

Eu olho para Miyazaki, seus nervos estavam visivelmente a flor da pele. Talvez porquê ela não para de ver as coisas ruins que possam acontecer no futuro ou porquê este era seu primeiro estágio como herói.

Sem pensar muito, eu segurei sua mão por um breve momento, ela olha para mim e me senti melhor ao perceber sua expressão suavizar um pouco.

Paramos de correr assim que chegamos a área aberta e destruída. A luz do sol nos cegou por alguns segundos e todos os alunos levaram certo tempo para se acostumarem.

— Eles estão mais a frente! — Haru voltou e começou a dar as instruções. — Esses prédios eram bases para vilões, houve uma luta e alguns acabaram fugindo.

— Certo! Haru, nos mostre o caminho! — Edamura pediu.

— Esperem! — Narita pronunciou. A garota estava ajoelhada, com as mãos no chão, usando sua habilidade sensorial. — Ainda há pessoas naqueles prédios!

— Não podemos ficar aqui, precisam de nós! — Haru insiste.

— Eu vou ficar! — Miyazaki diz com austeridade.

Eu também vou! — Pronunciei inconscientemente, influenciado pela fala da garota.

— Eu também! — Yamada falou com convicção.

— Vou usar minha individualidade para localizar as pessoas. — Narita disse.

— Eu sou o representante! Não posso deixar que vocês fiquem aqui sozinhos e com nenhuma orientação!

A missão não estará completa se não salvarmos todo mundo! — Me apressei em dizer. — Olhe a situação daqueles prédios, vão demolir a qualquer momento! Precisamos tirar todos de lá!

— Não devemos ignorar nenhum civil e não há tempo de chamar algum herói profissional agora! — Miyazaki alega.

— Certo! Fiquem com isso! Fiz com minha individualidade e com a ajuda do departamento de apoio. — O representante nos dá diversas pequenas placas circulares. — Coloquem sobre algo e regulem a intensidade, isso impulsionará o objeto sobre o que nele for colocado.

Polisipo -  [Aizawa] | BNHOnde histórias criam vida. Descubra agora