- 22 -

1K 142 224
                                    

Minha mão agarrou sua cintura com mais força e, diante a minha perplexidade, levantei seu corpo facilmente, tirando ela de cima de mim.

Não! Ninguém toca no meu cabelo.

— É engraçado o fato de você achar que tem escolha. — Ela diz rindo um pouco.

Não, nem tente fazer algo! Tem que ter outra maneira!

— Sim, na verdade têm. — Ela diz. — Mas esse seu cabelo cheio de caspa e essa barba que parece pelo de saco está me incomodando.

Não me importo, não vou cortar! — Afirmei.

— Okay, então vamos resolver isso de uma forma civilizada...

O que... O que você tem em mente? — Perguntei com receio do que estava por vir, já que, pelo pouco que a conheço, Yuna não era o tipo de pessoa que sabia resolver as coisas de forma civilizada.

— Vamos lutar até a morte! — Ela diz com um enorme sorriso no rosto.

Eu estou falando sério!

— Fique tranquilo, estou apenas brincando, não precisa ser até a morte. Será divertido!

Após o dito, ela anda até uma bancada com vários itens de laboratório, apanhando alguns objetos logo em seguida. Observei atentamente a mulher tranferir o líquido de um pequeno frasco para uma seringa e sobressaltei quando Yuna fincou a agulha do mesmo em seu próprio pescoço, liberando a dose em suas veias.

O que você está fazendo? — Questionei.

— Este soro irá apagar minha individualidade por 2 horas. Quer dizer, isso têm que ser uma luta justa, não é? — Ela diz ao retirar a seringa de seu pescoço, descartá-la no lixo e começar a andar até mim.

Eu não quero lutar com você.

— Por que? Está com medo?

Nós acabamos de comer...

— Vamos! Será rápido! Pense nisso como um treino, já que iremos entrar na Sede de Organização de Heróis de mãos vazias.

Okay, mas... E quanto a sua força?

— Oh, eu já lutei com humanos normais, então fique tranquilo, eu sei controlar a minha força. — A mulher diz antes de correr em minha direção.

Instintivamente, adotei uma postura defensiva e preparei meu corpo para receber qualquer ataque seu. Mas fui surpreendido ao me defender tranquilamente do punho alheio, que acertou minha palma na força de um ser humano normal.

Dei alguns passos para trás, entendendo que ela realmente estava falando sério sobre essa luta que, aparentemente, não tinha mais como foco principal apenas o destino de minha barba e cabelo.

Tomando consciência disso, me preparei para lutar, surpreendendo a mulher quando avancei e tentei acertar alguns golpes, tais quais ela desviou sem problema algum. E, a medida que a luta corporal se desenvolvia, eu sentia minhas habilidades evoluindo, já que eu observava seus movimentos e tentava aprender o máximo que podia com a mulher, que me auxiliava a cada erro meu.

Eu sabia que essa já era uma luta perdida, já que suas habilidades estão infinitivamente à frente das minhas, porém, assim como ela, eu estava me divertindo com essa luta.

E, quando Yuna percebeu que eu estava começando a ficar cansado, ela tomou a iniciativa de encerrar a luta. Seu corpo se moveu para o lado ao desviar de meu soco e, aproveitando tal postura, ela moveu sua perna e acertou um chute um pouco mais forte em meu estômago.

Polisipo -  [Aizawa] | BNHOnde histórias criam vida. Descubra agora