- 21 -

1K 151 206
                                    

Quando despertei novamente, eu estava sozinho na cama. Yuna havia saído e Sakura já havia levantado. E, com fome, fui comer algo, mas como ambos mal se alimentavam, não haviam muitos alimentos alí. Foi então que eu tive a ideia de cozinhar algo para que nós pudéssemos comer e o garoto de cabelos rosas propôs me ajudar. Mas eu já estava começando a me arrepender de ter aceitado isso...

Agora me dê o pote amarelo com sal. — Auxiliei enquanto mexia o caldo do lámen que eu estava fazendo.

— Este? — Estendeu-me o pote branco.

Não.

— Então é este! — Apanhou o pote azul.

Amarelo. — Repeti.

— Okay. Aqui está. — Ele me mostrou o vermelho.

A.MA.RE.LO. — Soletrei, já sem paciência.

— O-okay, é este aqui? — Pegou o branco novamente.

...você só pode estar de brincadeira.

— ISSO SERIA MAIS FÁCIL SE EU ENXERGASSE CORES! EU SOU DALTÔNICO, PORRA!

Por que você não disse antes?!!!

— Vocês dois são muito barulhentos. — Yuna diz ao se aproximar, apanhando o pequeno pote amarelo que eu tanto precisava e o entregando para mim.

— Quem foi o fodido que teve a ideia de separar os alimentos por potes coloridos? — Sakura indagou em um murmúrio rancoroso enquanto guardava os ingredientes que eu não usaria mais em minha receita.

— Foi você, Sakura. — Yuna respondeu.

— Ah é, verdade...

Me pus a analisar a roupa de Yuna e fiquei feliz em ver que a mesma não estava suja de sangue, então supus que ela não tinha matado ninguém.

— Enfim, Mestre! Onde esteve?

— Procurando Kaito, é claro. — Ela responde a pergunta de Sakura. — Eletrecutei até a morte alguns vilões que não me deram informações. Gostei deste método, já que isso não suja minha roupa, não é?!

Ah...

Fiquei feliz cedo demais...

— Oh, realmente! Suas roupas estão limpas!! — Sakura se pronuncia, parecendo maravilhado pelo fato.

— Hmm, o cheiro está delicioso!! — A mulher se aproxima e se inclina sobre a panela. — O que é isso?

É o caldo para o lámen. Era a única coisa que dava pra fazer com os ingredientes que temos aqui. — Falei.

— Deixe-me provar! — Ela rouba a colher da minha mão e coloca a mesma na boca. — DELICIOSO! ISTO ESTÁ DELICIOSO!

Você está louca?!! Isso está borbulhando! Você vai se queimar!! — Eu me apresso para pegar um pano, molhá-lo e pressionar o mesmo sobre seus lábios. — Deixe-me ver! Você está bem?

Ela fica um pouco confusa com a minha ação, em seguida, percebi o pequeno rubor crescer em suas bochechas enquanto ria timidamente.

— O que é isso? Por que está preocupado? Essa temperatura não me machuca. Não é nada comparado às minhas sessões de tortura. Uma vez, me afogaram em um tanque de água fervente até que meu corpo se acostumasse com as queimaduras.

Eu me senti incomodado diante sua frase, já que não entendia como ela podia falar tão naturalmente de sua tortura, pois aquilo era realmente horrível de se falar e ouvir.

Polisipo -  [Aizawa] | BNHOnde histórias criam vida. Descubra agora