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Pov•S/n
Quando ele me convidou para fazer uma viagem pelo país não achei que seria literalmente todo o país. Já fazia uma semana desde que partimos de Tokyo, paramos em vilarejos e cidades para fotografar e estudar um pouco da história daquele lugar.
Tobirama era quieto e estava sempre sério, mas era um ótimo fotógrafo. Mantenho meu olhar na paisagem, um campo verde de arroz se estende por quilômetros, parece tudo tão calmo e tranquilo, me viro encarando o Senju ao meu lado, ele está focado na estrada e talvez preso nos seus próprios pensamentos.
– O que foi? – Ele pergunta assim que percebe que eu o observo.
– Não nada, apenas estava te observando. Vamos fazer uma parada logo?– Mal terminei de falar e minha barriga soltou um barulho alto. Senti meu rosto ficar vermelho com a risada que Tobirama soltou.
– Não se preocupe já vamos fazer uma parada, estamos quase chegando no vilarejo que quero fotografar– Ele voltou a focar na estrada e eu na paisagem.
Depois de alguns minutos consegui avistar uma pequena mercearia logo a frente, como esperado fizemos uma pausa. Tobirama foi abastecer o carro enquanto eu buscava algo para nos alimentar. Como logo chegaríamos no hotel, peguei coisas leves para comer.
– Viagem em família? – A moça do caixa me olhou com um sorriso.
– Oh não! Apenas trabalho. – Dei um sorriso sem graça pagando as mercadorias.
Voltei para o carro com o platinado me olhando, entreguei uma garrafa de suco de laranja natural. Ele pegou da minha mão abrindo e bebendo o líquido, seu rosto apesar de sério me trazia calma. Senti uma onda de calor tomar conta de mim, o sangue em meu rosto circular agitado e o mundo ao redor se desfazer, ali era apenas nós dois. Quando me dei conta Tobirama estava muito perto, num sobre salto me afastei batendo a cabeça na porta.
– Merda!– Gritei passando a mão na região atingida.– Porra Tobirama!
– O que eu fiz? – Ele me olhou intrigado com minha reação.
– Não se aproxime subitamente, eu me assustei!– Ele me observou cautelosamente, eu queria poder entender o que se passa na cabeça desse homem.
– Só queria a barrinha de cereal. – Ele colocou a mão na sacola e pegou a barrinha, assim que abriu e comeu voltou a dirigir.
Quebra de tempo
Quando chegamos no hotel observei ao redor, enquanto o Senju foi confirmar a reserva, a decoração era simples porém bonita e cativante, a atmosfera do ambiente era calma e pura, olhei para a moça da recepção que sorria enquanto conversava com o platinado. Confesso que senti ciúmes, um sentimento estranho me atinge em cheio quando os olhos vermelhos se voltam para mim. Tobirama se aproxima me entregando uma chave e me olha meio confuso.
