💌Death has come💌

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"24 de dezembro de 2023..."

Então chegou o mês mais esperado por diversas pessoas, onde vive o espírito natalino preso em nossos corações. Não só isso como reuni a família para uma ceia ou qualquer momento marcante em pura alegria espalhada, pelo fato de ter muito carinho em meio aos enfeites espalhados pela cidade encantadora.

Aquilo seria perfeito para um certo país, se o mesmo não estivesse em uma situação tão delicada como agora.

O horário no relógio corre rápido, pois o natal de verdade está prestes a acontecer, apesar de nosso querido protagonista observa triste sua vida esgotando do cansaço que chega aos poucos lhe torturando. Ele queria viver, mas pelo visto isso será impossível nessa grande perda de firmeza corporal e emocinal.

Sorrindo de lado, Brasil levantou com cuidado seu braço dolorido para tocar o vidro fresco, estava nevando e quis sentir a última vez um pingo de emoção vendo os flocos caindo lentamente enquanto se maravilha com a própria temporada de inverno.

- Que lindo...- diz com sua voz fraca, porque a garganta já estava no limite para sair tais palavras sobre qualquer coisa. -Neste exato momento eu aposto que todos os meus amados países estejam bem em suas moradias aproveitando a véspera de natal.

Ele fica vibrado, a atenção se volta na cidade que realça a alegria alheia percorrida nas ruas, além disso, tem o céu estrelado como outra fonte de luz na paisagem agradável.

Os dedos finos do brasileiro acariciam aquele vidro gelado, era uma imaginação que deu motivação para se distrair. A pureza envolta da sua mente tem haver com a falta de esperança, Brasil sabe que seu fim está muito próximo, e reconhece que a visita de algo importante lhe aguarda, por isso apenas espera ela.

Parecia que tudo ficaria assim, até o instinto alerta uma companhia extra no cômodo. O paciente respirou fundo enquanto se virava para olhar aquela presencia poderosa.

Tirando a mão do local gélido, a nação revelou atitudes serenas, e as máquinas de respiração ajudam manter rigidez, porém pouquíssima, que lhe deixa literalmente em uma corda bamba onde seu destino já está trançado.

- Você chegou, Dona Morte...- fala o máximo que consegui com os aparelhos do hospital sobre si mesmo todo destruído. É lamentável vê-lo tão cansado de viver, o rosto animado se transformou em dor e agonia, porque é doloroso sentir a doença lhe corrompendo, mas hoje isso irá mudar, podem ter certeza.

- Olá pequenino, eu enfim estou aqui por você. - disse a entidade se aproximando com a roupa escura igual o universo. Ela esperou por muito tempo para olhar uma nação tão positiva ganhar um final trágico como este.

Ouvindo sua voz doce, Brasil já não temia morrer, pois via que naquela divindade encontrou fé em sair desse mundo cruel.

-Senhora Morte...eu poderia fazer uma pergunta?- para essa entidade é comum fazerem algumas perguntas antes de arrastar suas almas para outro lugar, aonde terá um julgamento severo os esperando.

Arrumando a postura, sinalizou que sim batendo de vagar a foice no chão. Então o sinal foi posto pro latino questionar.

-E-Eu fui um bom país para o meu povo...?- aquelas palavras encherem seus olhos rapidamente de lágrimas, ele se segura apertando os lençóis para não chorar em frente da visita. - Fiz algo bom durante minha existência? - dói ver alguém choroso, mesmo que nos esforçamos para melhorar o humor do próximo o abalo permanece aqui, dentro de si que sofre.

༻Anônimo Romântico༺Onde histórias criam vida. Descubra agora