Capítulo XLIX

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Adam

Encaro o rosto pálido da minha mãe e me lembro da Tessa, aquele seu corpo sem vida em cima da cama. Não aguento ver tanta dor, ver as duas pessoas que mais amo praticamente mortas me faz perder o ar. Desculpa mãe!

Meu lobo chama a todo momento mas eu tento resistir. Porém, invadido por sentimentos ruins, subo as escadas e me tranco no quarto, onde comecei a quebrar tudo.

Sarah

As árvores parecem estar falando comigo. Os animais se amedrontam e vão para os seus esconderijos. Me sentia viva novamente, a minha magia aparenta estar mais forte a cada passo que dou.

Caminho depressa pela a mata, a busca de um cheiro completamente viciante e que me rouba de mim mesma, a todo instante.

Capto vultos ao meu redor e a adrenalina começa a percorrer rapidamente por todo o meu corpo. Não posso ficar aqui! Lobos são maus, lobos são muito maus!

Viro o meu rosto para um lado e não vejo pelos, não vejo garras enormes, apenas uma pele pálida e caninos saindo dos lábios.

- Vampiros - sussurro para mim mesma, enquanto mordo o meu lábio inferior.

Me sobressalto, puxando o meu capuz para cobrir o meu rosto mais ainda e de imediato saio correndo, o mais rápido que posso.

Nao quero voltar para aquela prisão, não posso voltar para aquele maldito castelo, se é que eu voltaria como uma prisioneira... ou como uma morta.

Os movimentos rápidos param e tento me recolocar, respirando um pouco, sei que correr não vai adiantar, eles têm velocidade, fugir não me trazeria vantagem.

De longe observo uma cabana e sem ao menos pensar duas vezes sigo na sua direção.

Logo pego na maçaneta e tento abrir a porta várias vezes, mas falho em todas elas. Então, realizo um feitiço que faz a tranca quebrar.

Invado a residência rapidamente, olhando para os lados e me encostando na porta, com a minha respiração ofegante. Não tinha ninguém e se tivesse iria se ferrar junto comigo.

Percemendo a calmaria avanço para perto de uma enorme cama de cobertas brancas e noto as louças jogadas em cima dela.

Analiso elas um pouco e vejo uma jarra preenchida por um líquido esverdeado.

"Não beba! "Ouço a voz de minha mãe e de imediato arregalo os olhos, sem saber para onde realmente olhar.

- Mãe? - questiono baixinho em um modo de surpresa.

A sua voz doce me acalma e me faz abrir um grande sorriso no rosto.
"Sarah, veja a energia que esse lugar transmite, uma bruxa esteve aqui!"

Balanço a cabeça em positividade várias vezes. Respiro fundo, desfrutando da magia que vaga no ar.
A bruxa seria aquela garota? Me perguntei, porém diante dos vários vultos que começam a arrodear a casa, tiro isso dos pensamentos e pego numa faca.

"Aproveite a magia, aproveite! para a lareira que você conseguirá derrota-los. Lembra o que a mamãe te falou filha!"

- Droga! Por que eu não fiquei na merda daquele vilarejo! - resmungo enquanto ergo as mãos para a lareira e tento me concentrar.

Não dava certo e de imediato me apavoro, pois os vultos só aumentam cada vez mais. Quanto deles devem estar fora?

"Não tenho mais tempo com você Sarah, siga os seus instintos, minha garota"

- Mãe? - pergunto baixinho, mas ninguém responde.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora