Capítulo I - Cidade nova

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Tessa

Acordo com o toque despertador em meus ouvidos. Ainda sonolenta, me inclino para ver o horário. Ao conseguir visualizar a marcação, esfrego os meus olhos e olho novamente para o despertador.

- Que droga! - digo, me levantando depressa indo em direção ao banheiro.

Sinceramente, se tem algo que odeio em mim é sempre estar atrasada. E logo agora? justo no primeiro dia de aula na escola nova, numa cidade nova.

[...]

Saindo do banho, vou diretamente ao meu guarda-roupa a procura do traje que havia escolhido. Não o encontrando, passo as mãos na testa, com os olhos direcionados a um relógio.

- Merda! O que faço agora? - falo sozinha, colocando as mãos sobre a cintura, batendo o pé rapidamente no chão.

Olhando ao redor do quarto, vejo umas caixas, que se encontravam em um canto. Me encaminho até elas, e começo a procurar a roupa que desejo ir, o que causa uma enorme bagunça.

Achando a roupa, que no caso é uma calça de cor escura, uma blusa de mangas curtas na cor rosa. Então, jogo a toalha num gancho que há na porta e me visto.

logo após, calço uma bota cano curto, que estava perto da minha cama. E ligeiramente, me direciono a penteadeira.

Perante o espelho, penteio o meu cabelo. Resolvo deixa-lo solto, apenas com duas presilhas ao lado. O meu cabelo é ondulado e de cor castanho claro. Em seguida passo um gloss, e uma sombra num tom bem leve de marrom, no côncavo, por não gostar de cores escura, principalmente em meus olhos que são verdes, creio que não é toda cor que se combina.

Ao levantar-me da cadeira, sinto que estou esquecendo de algo. Então, devolvo a visão para a penteadeira. Pego numa caixinha de joias e retiro dela o meu colar, no qual eu nao saio para lugar nenhum sem ele, pois é uma lembrança de minha mãe. Vou com ele para " todo o canto'' com ele, como dizia as minhas amigas Amber e Vick.

Como tenho saudades delas e do resto da minha ex-cidade. Ainda não entendo a decisão de meus avós maternos, Amália e Hoper de se mudarem para cá. bem, eles dizem que é para passar a velhice no lugar em sua cidade natal. Mas julgo, que seja o fato de ir frequentemente a festas, o que é bem normal para uma jovem de 17 anos.

[...]

Desço as escadas, e no último degrau o cheiro das deliciosas panquecas da minha avó penetram no meu nariz, o que faz eu respirar mais fundo.

Vou direto para a cozinha, onde se encontra o meu avô sentado na mesa lendo um jornal e bebendo uma xícara de café, enquanto a minha avó prepara as panquecas. Me aproximo deles. No mesmo instante, minha avó se vira o que faz prestar atenção na fúria em seus olhos. Ela limpa a mão no avental, permanece olhando para mim e fala:

- Mais que demora, Tessa! Vai chegar atrasada no primeiro dia de aula - diz minha avó colocando a panqueca no prato.

- Hora, Amália, como se você não conhecesse a neta que tem - fala o meu avô com um sorriso estampado no rosto. - Vou deixar ela, não se preocupe - completou.

- Tudo bem. Hoje você à deixa, mas amanhã ela terá que acordar mais cedo para ir de bicicleta - reclama, olhando prontamente em meus olhos, enquanto põe um prato na mesa.

- Mas como assim de bicicleta? Ninguém me falou nada sobre isso. - me sento na cadeira, um pouco irritada.

- Querida, sua avó e eu decidimos que você iria de bicicleta. - Ele se inclina para perto de mim, e fica me olhando. Seus olhos são castanhos, o cabelo é preto, mas já está meio branco e sua pele é clara.

- Tinha que ser justo de bicicleta? - resmungo.

- Tessa Myller, convenhamos que você está muito sedentária. - Minha avó afronta, com os seus olhos em minha direção. Ela tem uma pele clara, seus olhos são verdes e os cabelos são castanhos escuros, que sempre se encontram presos em um coque.

[...]

No carro, fico com os olhos vidrados na janela, na qual, observo apenas árvores. Onde fomos parar? Em uma cidade ou em uma floresta? Que ideia maluca é essa de bicicleta? Se eles querem que eu não fique sedentária por que não me colocam em uma academia? Será que meus avós não percebem que o tempo passa e as coisas mudam? Como eles podem ser tão conservadores?

Alguns minutos depois, o meu avô para o carro.

- Tessa, lhe apresento a sua nova escola. - Diz meu avô enquanto saímos do carro.

A escola não é grande e nem pequena, não é bonita, mas não chega a ser horrível.

- Deseje-me sorte, não sei se irei sobreviver sem minhas amigas. - Faço drama olhando para ele. Que retribui com um sorriso.

- Sendo assim, boa sorte! - Ele coloca as suas mãos no meu pescoço e me dá um beijo na testa.

Fico parada na rua, vendo o meu avô entrar no carro e ir para casa. Em seguida desvio meu olhar para a escola, vejo que alguns alunos chegavam de bicicletas e outros de carro. Isso me alivia, por minha avó ter deixado bem claro que viria de bicicleta.

Respiro fundo, decidida para entrar na escola, assim que dou um passo a caminho da calçada, quase sou atropelada. Fico horrorizada e com os olhos fixos a de um garoto que quase me atropelou.

- OH! GAROTA SAI DA FRENTE! - Ele sai do carro e vem em minha direção.

Seus olhos são verdes, seu cabelo é preto, sua pele é clara. Se encontra vestido em uma calça jeans escura, uma camisa preta e um tênis da mesma cor.

HÁ, MAS ESSE GAROTO VAI VER, eu que quase sou atropelada e eu que sou a errada. Sério a onde eu vim me meter? Se os garotos daqui forem tão grossos como esse, vou ficar encalhada pelo resto da vida. MUITO OBRIGADA! QUERIDOS AVÓS!

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OBS: O livro pode conter alguns erros de português.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora