Capítulo VIII

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Tessa Narrando:

– Ela si importava. - Melanie abaixa a cabeça. - Vem! Eu vou te mostrar uma coisa. – Nos levantamos.

– Vamos, a onde? - Pergunto.

– Você saberá, quando chegarmos. - Descermos as escadas. Passamos pelo corredor e entramos em uma despensa. Melanie começa a empurrar um armário, enquanto eu fico apenas observando.

– Me ajuda! - Ela fala, olhando para mim. Vou até ela e começo ajudá-la. O armário se afasta, o que faz, aparecer uma porta. – Normalmente passo horas tentando tirar isso daqui. - Bate as suas mãos.

– É um porão? - Olho para Melanie espantada. Ela realmente é cheia de surpresas.

– Para mim é mais que um simples porão. É o coração da casa! - Ela abre a porta, sorrindo.

Descemos as escadas. Chegando no porão, Melanie acende as luzes. Olho para todos os lados. As paredes dele eram pintadas todas em tons escuros. Na parede que estar a minha frente há uma grande instante cheia de livros, já na parede ao lado há uns quadros grandes e outros bem pequenos. Vou para o meio do cômodo para pegar uma visão melhor, e vejo uma mesa toda bagunçada, com bastante papéis em cima. Sigo em sua direção, pego nos papéis e os aprecio, umas folhas são desenhos de lobos e espadas. Em outras, são escritas.

– Sua avó que fez? - Olho para Melanie, que ainda estava encostada nas escadas apenas me olhando.

– Sim, o que você achou? - Ela vem em minha direção.

– Achei, lindo! - Falo. Realmente, os desenhos e a caligrafia da  avó de Melanie, era incrível.

– Eu quero ser igual a ela! Sabe? A minha avó, não era apenas uma humana qualquer. - Ela olha ao redor.

– Você fala isso por que a ama ou tem outro motivo? - Me aproximo.

– Por outro motivo. Ela, não era igual aos outros. - Melanie sorri.

– E ela era o que? - Me encosto na mesa.

– Era uma Casier! - Ela me olha, sorrindo.

– E o que é isso? - Pergunto.

– Um nome dado a pessoa que mata seres sobrenaturais. EU QUERO SER UMA.

– Então, você acha que é uma? - Pergunto. Melanie pega um livro e o entrega em minha mão.

– Não, presta atenção. Uma Casier pode ser qualquer pessoa. Significa aquele que sabe os seus pontos fracos, principalmente de seres sobrenaturais. Porém, não é toda pessoa que consegue ser uma Casier, precisa de treino e muita sabedoria. - Ela respira. - Bem, neste livro, a minha avó, explica tudo direitinho. Como ela conseguiu matar alguns vampiros e lobos.

– Hum... - Falo, abrindo o livro. – Mas este livro é em outra língua!

– Sim! Por sorte, eu encontrei um dicionário e o traduzi todo. Tenho apenas um monte de papéis guardados. - Ela fala pondo as mãos sobre sua cintura.

– Nossa. Você teve muito trabalho. - Falo, pondo o livro na mesa.

– No início, sim! Mas, depois eu aprendi a língua e comecei a  traduzir sozinha.

– Melanie. Desculpa a pergunta. De que a sua avó morreu?

– Suicídio. - Ela abaixa a cabeça. – A minha avó, passou por muitas coisas ruins, todos diziam que ela tinha alucinações, que era louca... Igual a mim.

– Aah. - Passo a mão no meu cabelo.
Tenho medo de Melanie passar por tudo isso sozinha. De ela ter o mesmo destino da vó... Mesmo não nos conhecimentos, sinto que ela confia em mim. Por conta, de me mostrar isso tudo. Então, vou está ao seu lado nas sua loucuras, alucinações e etc. – Isso tudo é muito admirável. Mas já está quase na hora de eu ir.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora