Capítulo XL

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Adam

Após a minha fala, eles ficaram boquiabertos e com uma expressão alegre que pareciam tirar um peso das suas costas.

Sheila se levanta, passando as mãos sobre a sua perna levemente.

— Então, é melhor você se sentar! — ela diz ao apontar para o sofá que se localiza a sua frente.

Não demoro muito para realizar o que a Sheila havia falado, fecho a porta e sigo para perto deles. Sentado no sofá com o corpo ainda em aflição e o coração destruído, fico encarando a Sheila que se senta e abre a boca para falar:

— Enquanto você estava sei lá a onde, nos estávamos vendo os pontos que podemos mata-la.

Sua voz saiu calma, mas ao ponto que ela chegou no mata-la, eu recebi uma pontada no meu coração.

— A sua mãe tem mais experiências com bruxas.

— Eu não quero matar ela! Não consigo. — balanço a cabeça, virando o olhar na mesinha de centro. — Só de pensar nas minhas garras nela, ou eu fazendo alguma maldade com ela, não me convence. Eu nunca matei ninguém. — nego com a cabeça novamente. — Nem sei como é ter as mãos sujas de sangue! — olho para ele ao mesmo tempo que mostrava as palmas da minha mão.

— Adam... meu amor! — minha mãe fala, se sentando perto de mim e pondo as suas maos em cima dos meus ombros. — Eu sei como você deve estar se sentindo. Nunca havia amado, mas isso não é amor, meu filho! É apenas um feitiço e quando ela morrer, tudo vai se desmancha e você estará livre para amar outra pessoa novamente.

Permaneci calado, avistando e  tornando o queixo rígido. Ajunto as mãos e as impressionando. A partir de ver a Tessa morta irá tudo se destruir, mas isso, o amor, ou melhor o feitiço, parece algo tão bom de sentir que me pergunto se poderia ficar enfeitiçado por o resto da vida, apenas para desfrutar dele.

— Você é o alfa, tem que fazer sacrifício pelo o seu povo.

As suas palavras me concientizam do que eu realmente tenho que fazer, me manter no meu lugar, ser o que o meu pai foi, um dos grandes e maiores Alfas.

— Se isso lhe consolar. Não será preciso matar ela de forma bruta, não irá derramar sangue! — minha mãe inclina a sua cabeça para mais perto, na tentativa de chamar a minha atenção.

Desvio o olhar para ela e sua face parece triste, minha mãe estava animada com o meu casamento e muito feliz por eu ter me "apaixonado", ver o seu filho nessa situação, sofrendo, deve ser doloroso também.

— Como eu farei isso? Lobos e vampiros matam pelas mãos, não há outro jeito. — franzo a testa e entorto a cabeça.

— É uma história longa... — minha mãe relaxa no sofá. — Não é a primeira vez que entra uma bruxa se passando por boazinha na nossa alcateia. Há uns tempos atrás entrou uma, o nome dela era Cristia, ela era a minha melhor amiga, contava tudo para ela, até que descobrir que ela era uma bruxa e estava armando algo contra a nossa alcateia. Isso foi muito doloroso e mais ainda quando eu matei ela, mesmo sem coragem.

— Como você conseguiu? — me aproximo mais dela, com as sobrancelhas arqueadas.

Estou muito interessado na resposta de minha mãe, desde que possa existir uma brecha para matar a Tessa sem que possa me sentir muito mal ou fraquejar na hora.

— Eu matei ela por dentro, fazendo -a provar do mesmo veneno. — Da uma pausa na sua fala para respirar fundo e arrumar o cabelo — Quando peguei ela praticando magia na sua casa, fui correndo para a sua avó, a mãe do seu  pai e ela disse para pegar a única planta que poderia capturar toda a magia de Cristia e mata-la por dentro, então eu passei dias viajando em rumo a uma alcatéia no outro continente, para pegar a tal planta. Quando voltei, não demorei muito e fiz uma bebida, coloquei o veneno da planta e em seguida eu a servi na sua casa, vi ela morrer aos poucos, na verdade foi uma morte rápida. Ela bebeu e poucos minutos eu tinha apenas um cadáver a minha frente.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora