Capítulo LXI

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Tessa

A noite se torna mais fria. Na companhia de Sarah, fui a procura de Jimmy pela a floresta. Chamo o seu nome alto, porém, não obtenho resposta. E se algo ruim acontecer com ele? Ou ele ter feito algo errado? O medo me consome por inteira. O coração acelerado e a respiração pesada denunciam o nervosismo que me encolhe dos pés a cabeça.

— Jimmy! — grito mais uma vez.

— Se acalme Tessa. Jimmy deve estar se alimentando, ouvi dizer que após ser mordido dá uma forme intensa.

— De sangue humano? — arregalo os olhos enquanto viro o rosto na sua direção rapidamente.

— Bem, eu não sei — da de obros.

— E você fala isso com tranquilidade? — pergunto, impressionada com a reação de Sarah. — Ele pode ter matado alguém, sabia?

— Pela magia poderosa. Jimmy vai ficar bem! Isso que importa!

— Esqueceu que Jimmy era humano? Ele é um ser bom. Quando der conta que matou alguém, não vai aguentar!

— Desculpa. Talvez eu não tenho esse sentimento coletivo. Minha vida foi numa mera casa com a minha mãe. Nunca nos socializamos com as outras pessoas. Até mesmo, por que não tinha como. — joga os braços no ar, soltando um suspiro.

— Tudo bem, Sarah. — Puxo um sorriso sem alegria. — Você ouviu isso? — questiono, alertando mais os ouvidos.

Paramos e ficamos observando o barulho de pisadas nas folhas secas. Encaramos o rumo de onde vinha o som, e logo vimos Jimmy sair de entre as arvores.

Com a ajuda do luar, consegui captar o rosto do garoto perfeitamente, e também a sua boca e os seus dedos transbordando sangue.

— Tessa... o que? — respirou profundamente, derramando lágrimas dos olhos a medida que olha as suas digitais. — O que eu sou, Tessa? O que fizeram comigo? — a sua expressão desacreditada se encontra com a minha. Em movimentos rápidos eu lhe envolvo nos meus braços e as suas lagrimas molham o meu ombro.

— Vai ficar tudo bem, Jimmy! — digo e o garoto soluça.

— Do que você se alimentou? — Sarah se aproxima e direciona a pergunta para ele.

— De algum animal por ai. Eu não sei bem o que era — balança a cabeça. — Mas tenho certeza que não foi um humano. Ou pelo menos eu espero que não! — soluça mas uma vez, e eu o aperto mais forte.

***

Chego na vila agarrando a corda do cavalo cada vez mais leve. Avisto a luz da fogueira e minha avó a frente da casa de Artemus me observando preocupada.

Espero que ela não me der sermão, o caminho foi longe demais e a minha cabeça está muito ocupada com o Jimmy.

Tivemos que deixar o carro do garoto abandonado e enfeitiçado, perto da ponte. Agora, eu o levo. Jimmy ainda esta muito fraco para abusar dos poderes.

Prosseguindo mais adiante olho para John com ajuda da luz do grande fogo ao meio do conjunto de casas. A sua pele reluz e sua aparencia demonstra o cansaço. Paro o cavalo e Jimmy desce, e em pouco minutos os meus pés se encontram firmes no chão.

Sarah veio de encontro com nós e seguimos para a localização dos outros. Durante os passos lerdos, agarrei a mão de Jimmy e sorri para ele.

— Fico feliz de você não estar morta! Quanta falta você fez garota! — diz baixinho, virando o rosto para perto do meu enquanto apoio a cabeça no seu ombro.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora