Capítulo XLIII

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Melanie

As palavras saíram rápidas da boca da garota, os meus pulmões congelaram e a minha boca se permaneceu entre aberta. Sabia que ele fazeria isso com ela. Os lobos odeiam as bruxas, não  apareceria um fator para ele não mata-la.

Me imaginei sem a Tessa, e nossa seria horrível! Em movimentos rápidos deixei a porta aberta e Edana sozinha. Corri em direção a meu quarto onde peguei um revólver que estava na minha mesinha de cabeceira e chegando na sala agarrei as chaves do carro, seguindo para a garagem.

A garota ficou paralisada, me observando sair com o carro depressa. E é o que estou fazendo agora, me guiando para a casa de Adam, pois se Tessa está correndo perigo, o único lugar que deve estar é lá, com aqueles monstros.

Rezando para que ainda não tenham matado a Tessa e na positividade de traze-la comigo, piso fundo no freio, jogando o carro na frente da casa do Adam.

Observo a calmaria, e nenhuma voz saia de lá. Então, sai do transporte, com o revólver na mão. Chuto a porta com a força da minha raiva e ela se  abre rapidamente, fazendo um barulho extremo.

Analisando a sala de iluminação fraca, vejo apenas a mãe do garoto que estou a procura. Ela me olha com os olhos bastante arregalados, como se estivesse com medo da minha arma.

— Cadê o Adam? — pergunto, fechando mais a minha face, para parecer mais seria e perigosa.

— O que você quer com ele? — Não me responde, apenas tenta encobrir a sua resposta com uma pergunta.

— Isso não importa! Cadê o Adam? — realizo a pergunta novamente, só que com um timbre mais alto. A mulher se encosta mais no sofá.

— Olha, garota, isso é invasão de privacidade e invasao de privacidade é crime! — ela diz se levantando do seu assento ao mesmo tento que gesticula o dedo para a saída.

— E assassinato também é! — comento, puxando um sorriso no rosto enquanto me aproximava dela em passos rápidos.

— Você sabe o que eu sou — tenta me meter medo.

— E você sabe que essa bala lhe mata em segundos — a respondi ligeiramente.

Avancei em sua direção, apontando a arma para a sua testa e ela foi dando passos para trás vagamente. Ela inspira o ar, e o solta devagar, talvez seja para controlar o lobo que mora dentro dela.

— O que você quer com o meu filho? — pergunta alto.

— Isso vai ser dependente do quê ele quer com a Tessa. Adam está com ela, não estar? — questiono, fazendo ela ficar frente à frente comigo, já que está encostada na parede e não tinha pra onde ir.

— Ele não estar com ela! — nega várias vezes com a cabeça, mantendo os seus braços grudados na parede.

— E a onde ela deve tá?

— Talvez em casa, você não foi lá?

Estreito os olhos para a mulher e vejo que estou me precipitando, então puxei o meu celular do bolso da minha calça e a olhando, eu falo:

— Não se mexa — aviso e ela afirma lentamente com a cabeça.

Mantenho a arma apontada para a sua testa ao mesmo instante que digito o número da avó da Tessa.

— Alô, Dona Amélia. — olho para a mulher, que fica muito séria, mas ela não consegue disfarçar o seu desespero. —  A Tessa está em casa? — pergunto num tom mais alto e vidrando os meus olhos de maneira mais intensa nos olhos da loba. — Eu lhe entendo, mas vamos encontra-la. — Desligo, ponho o meu celular de volta ao seu lugar e entorto a cabeça. — Ela disse que não. — Digo baixinho.

Dou um passo à frente, colocando a boca do revolver no pescoço dela. Chegando bem perto de seu rosto, vi seus olhos cheios de lágrimas, porém ela tenta não derramar.

— Do jeito que eu encontrar a Tessa, você vai encontrar o seu filho. Tessa viva, Adam vivo. Tessa morta, Adam morto. E olha... ele só vai ser o primeiro, por quê se não, mato a alcateia inteira. E só mais um aviso, leve esses meus comentários a sério, eu sou uma casier, mato por inteligência e a minha lista de como matar uma alcatéia de uma só vez, é completamente intense e seria muito doloroso realizar. — Digo baixinho no ouvido dela e ao acabar a minha fala, direciono a arma para a parede e atiro nela.

Saio da casa andando de costas e virando a arma por todos os lados, pois eles gostam de atacar pelas costas.

Tessa

Saímos da casa de Adam as pressas e apenas trouxemos uma mochila com as roupas do Adam e  o jantar. Ficou entendido que Carina trazeria comida para nós durante essa temporada que vamos ficar na cabana. Melanie certamente deve estar pirando com os meus avós pelo o meu sumiço, gostaria muito que Melanie ficasse sabendo, mas ela obviamente seria contra. A mãe do Adam ficou em plano de pegar umas roupas na minha casa, nas escondidas de meus avós, espero que ela consiga o mais rápido possível, por quê logo vou precisar tomar um banho.

A cabana não é desagradável, tem tudo o que nós vamos necessitar: Uma cama de casal que se concentra no meio do grande cômodo, uma pequena geladeira a frente e um banheiro ao lado, além de uma lareira elegante.

Observo Adam sair do banheiro, secando os seus cabelos numa toalha pequena de cor branca. O chamo com as mãos, mas ele não vem e segue para a lareira. Passo o meu olhar nos seus músculos bem definidos, que pareciam me chamar.

— Eu não estou tão suja! — digo, dando gargalhadas. — Mas espero que a sua mãe chegue logo, eu quero me banhar! — olho em direção a janela e noto que já havia escurecido. Muitas horas já se passaram e nenhuma notícia de Carina.

Adam joga a toalhinha em cima de uma cadeira e avança na minha direção. Ergui o meu corpo para frente e nos abraçamos.

— Você não está com fome? — Ele pergunta ao se afastar dos meus braços.

— Sim! — disse, soltando um sorriso sem alegria no meu rosto.

— Vou pegar o janta!

Adam se levanta da cama e na busca do nosso jantar, não demora muito para ele voltar com a comida nas mãos.

Me deu um prato com o pedaço da torta e um suco verde, desconhecido por mim.

— Esse suco é de que? — pergunto para Adam, e ele me olha de um modo estranho.

— É uma bebida que costumamos tomar na alcateia. — responde cortando a sua torta e enfiando uma parte pequena dela na sua boca.

— Sabe, ontem eu tive um sonho. Nele havia uma multidão e todos eles me olhavam de modo alegre, e eu os observava com brilhos nos olhos. Só quero lhe dizer que... eu estou pronta para me transformar no que você é e pronta para fazer de tudo pelo o seu povo, que será em breve o nosso povo! — dou uma pausa na fala para respirar. — As vezes eu fico pensando, no início eu não gostava da ideia de vim morar aqui, mas eu percebi que aqui é o meu lugar! Parece que algo me pertence por aqui! Acho que é você... — pego na sua mão e fico com os olhos fixos aos seus. — Em saber que serei a sua mulher, me causa calafrios e borboletas na barriga, e isso é maravilhoso... eu te amo! — começo a sorrir por vergonha mais uma vez e vendo o seu olhar cintilante em mim, agarro o meu copo e delicio da bebida em um grande gole.

— Não... — essa foi a única palavra que consigo ouvir, até as minhas pálpebras pesarem, a minha garganta secar numa forma extrema, os pulmões pararem a sua atividade e me sentir sendo agarrada pela a morte.

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A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora