Capítulo II - Primeiro dia de aula

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Tessa

- Que ótimo! Um idiota igual a cidade. - murmuro, o encarando.

- O que você disse? - pergunta o garoto que está a minha frente.

- Eu disse que não tenho culpa de você não saber dirigir! - Cruzo os meus braços.

- Nunca lhe falaram que RUA é para AUTOMÓVEIS, não? - ele pergunta, colocando a mão sobre o capô do carro.

- E nunca lhe falaram que os OLHOS servem para VER, não? - Dou um passo em sua frente. - Ah! Faça-me o favor. - completo.

Prossigo a caminho da escola, enquanto ele entra no carro, conduzindo-se ao estacionamento.

O que aconteceu com esse dia? Parece que tudo está contra mim. Primeiramente, veio o fato de acordar atrasada, segundo, sou quase atropelada e ainda saio como culpada.

Passando pelo corredor, fico com a atenção voltada a um papel, que continha o número da minha sala, e para as portas que haviam ali ao mesmo tempo.

Acho a porta com o número indicado, abrindo ela, fico parada em sua entrada fazendo uma leve observação, o garoto de mais cedo já se encontrava no fundo da sala. Como ele chegou primeiro? É simples, eu demorei muito para encontrar a sala.

Ainda tinha bastante cadeira vazia, o que era bom e ruim, pois poderia escolher um lugar confortável da sala. Porém, se fosse cercada de pessoas chatas, me culparia pelo resto do ano. Diante disso, resolvo optar pela terceira carteira da fila do meio.
Me sento, tiro a mochila e à coloco sob a mesa.

Mais um tempo ali, a professora entra na sala.

- Bom dia! - Caminha até o seu lugar, onde põe a bolsa sobre a mesa. - Vejamos que temos uma aluna nova esse ano. Seja bem-vinda! - Ela olha em minha direção.

- Obrigada! - agradeço, um pouco cabisbaixa, com a classe inteira olhando para mim.

- Bem... Meu nome é Louise sua professora de... - O barulho da porta se abrindo à interrompe.

Rapidamente, levanto a minha cabeça para visualizar quem era.

É uma garota de pele parda, olhos castanhos escuros, o cabelo cor de mel, que no momento se encontra preso em um rabo de cavalo. Está vestida numa calça branca, uma blusa social marrom. E no seu rosto acha-se um óculos.

Eu não entendo muito de moda, mas era visível que ela também não. Diferente de outras garotas e semelhante a mim, sua bunda e os seios são médios.

- Desculpa professora! Posso entrar? - ela diz, meio tímida.

- Claro, mas da próxima vez tente chegar um pouco mais cedo, está bem?

Caminha para uma carteira vazia que está ao meu lado. Senta-se nela e tira os livros da mochila.

- Ela não estava em um manicômio? - ouço um garoto no fundo da sala perguntar.

- Deixa ela, cara. Quem liga? - responde o outro.

Olho para eles, sem entender nada. Mas a professora puxa a minha atenção de volta para ela.

- Como eu dizia, sou a professora de química - fala unindo as mãos. - Iniciaremos o ano falando sobre estequiometria - logo escreve o assunto no quadro.

[...]

No intervalo, vou para a cantina, onde pego um prato com salada de frutas, no balcão, e coloco na bandeja.

Após, me viro em rumo as mesas, dou alguns passos para o meio do refeitório, caçando alguma mesa vazia para mim sentar. Localizo uma e vou até ela.

Chegando nela, me sento e começo a saborear a salada, sozinha. Até que a menina de mais cedo, acompanhada por um garoto dos olhos azuis, pele clara e cabelos loiros, não que precise disso para ser bonito, mas ele realmente é, chegam perto de mim.

- Oi, desculpa! Mas é que estamos acostumado a sentar aqui.- diz o garoto.

Eles se sentam nas cadeiras em frente a minha.

- Ah! Eu que peço desculpa, mas é que eu vi vazia e sentei. - Olho para ele. - Se vocês quiserem que eu saia...

- Não, tudo bem, pode ficar a vontade. - a garota diz.

Ainda bem que não, pois não sairia dali. Eu cheguei primeiro, portanto...

- Bem você é a Tessa, certo? - a garota me dirige a pergunta.

- Sim, como você sabe? - Lanço um olhar de dúvida.

- Eu ouvi a professora lhe chamar. - responde.

- Mas, a professora não me chamou nenhuma vez! - Fico mais confusa.

- Haha...Chamou sim. Na chamada meu anjo. - o garoto responde. Olho prontamente em seus olhos e começo a sorrir.

- Nossa, nem prestei muita atenção. - Viro o rosto, dando atenção a menina.

- Bem, então no caso eu me chamo Melanie Davis. - Ela solta um sorriso.

- E eu Jimmy Brown! - Volta a comer.

Após terminar a refeição, fomos deixar as bandejas no balcão. E seguimos para um banco, localizado fora da escola, onde tem vista para alguns garotos jogando bola.

- Bem, o que vocês fazem para se divertir aqui? - pergunto, virando o rosto de um lado para o outro, pois estava entre eles.

- Aqui rola bastante festa. Porém, não vou a muitas. - Jimmy me responde.

- Por quê? Você não gosta? - pergunto.

- É que a Melanie não gosta muito de festas e ela era a minha única amiga, até agora! - Ele sorri para mim, e eu retribuo.

- Mas eu não lhe impeço. Logo você tem amigos. Muito amigos. - Ela olha para ele meio enfurecida. - Aliás por que você não conta a verdade? Por que você não fala para ela? Fala para ela o que pensa de mim. Vamos!

- Calma! Você sabe que não tenho esse pensamento sobre você.

Fico ali entre eles paralisada. Esperando por algo ser dito. Se o que estava acontecendo nesse momento tem alguma relação com o que ouvi hoje mais cedo na sala. Melanie é louca e acabou de sair do manicômio?

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Será se Melanie é realmente louca?
O que deve ter acontecido com ela?

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OBS: O livro pode conter alguns erros de português.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora