Capítulo IV - Lobos?

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Tessa

― Vamos me conte! ― pressiono o garoto,ainda com as mãos firmemente em seu antebraço mas ele só fica com os olhos fixos aos meus, balança a cabeça e solta uma gargalhada, como se estivesse em um circo, e tendo a mim como a palhaça.

- Sério, que você acha que isso me machuca? ― Arqueia as sobrancelhas, fecha a boca, acabando com o seu divertimento e se solta. ― Vou ser bonzinho com você. ― Coloca as suas mãos na cintura.

- Estou esperando! ― digo, erguendo a cabeça e prestando bastante atenção a qualquer movimento de sua boca.

Deixo claro que a minha curiosidade esta imensa. Na verdade maior que eu mesma.

― Ela acha que existem humanos que são lobos! ― solta de uma vez só, dando um pequeno sorriso juntamente a uma expiração.

― Quem sabe ela não está falando a verdade? O mundo é cheio de mistérios... ― Dou de ombros.

― Espera aí! Você acredita? ― O rapaz questiona, desacreditado.

Pego o copo e saboreio a minha bebida, sem pressa.

― Se eu acredito ou não, não vem ao seu interesse! Certo? ― Jogo um pequeno sorriso, dando três tapinhas em seu peito, deixo o dinheiro do lanche sobre o balcão e saio da cadeira, seguindo em direção a porta.

Sempre fui educada, porém, aquele garoto certamente é um ridiculo, alias isso mesmo a minha consciência pensar sobre ele. Além disso, aquilo, aquelas respostas dadas por algum motivo me satisfazia.

― Eu acho que sua amiga não vai gostar de saber, que você me perguntou sobre ela! ― ao ouvir ele falar, fico com os olhos arregalados, dando uma pausa na caminhada e me conduzo de volta ao lugar que estava.

― Ela não irá saber, se você não contar! ― dirijo a palavra ao garoto, engolindo o seco.

― Isso eu não lhe garanto ― ele pisca um olho ― Tudo tem seu preço! Não tenho culpa de sua curiosidade ser maior! ― Se afasta, seguindo para a porta.

Fico parada pensando as possíveis reações de Melanie. Poxa, mal fiz uma amizades e uma já se foi! penso. Burra, burra, burra! reclamo comigo mesma.

[...]

Após o jantar, meus avós foram para sala, enquanto a mim, dirigo para o quarto. Chegando nele, pego o computador, o coloco na cama e deito. Então, resolvo ligar para as minhas amigas.

As duas atendem.

Amber: Oiiii, que saudades Tessa!! - Ela estava com um grande sorriso estampado no rosto. Amber é negra, os cabelos são cacheados, seus olhos castanhos escuros e tem um sorriso encantador. Lembro-me que quando saiamos, se tinha uma pessoa pra mim segurar vela. Era ela!

Vick: Pensei que tinha nos esquecido! - Ela tem um olho castanho, cabelos loiros e pele parda. E se eu sou um pouco grossa é por causa dela! Diferente de Amber que é um doce.

Eu: Para de besteira Amber! Só não liguei antes, por causa que o wi-fi não estava prestando, o sinal aqui é péssimo!

Vick: Hum...

Amber: Mas, como vai por aí? Tessa, tem muitos meninos bonitos? - fala ansiosa.

Eu: Haha... essa pergunta só poderia vim de você mesmo! Mas tem! Hoje eu conheci um MUITO BONITO!

Vick: Uiiss...Tem alguém interessada em outro alguém? É isso mesmo? - dá uma gargalhada ao falar.

Eu: A não pode ter certeza! Ele é meu amigo!

Amber: Sempre começa assim amiga, depois você mostra a suas garras! - Ela pisca um olho.

Eu: Haha... Ela não está querendo me da aula de como pegar alguém não, né?

Vick: Amiga! Tá na hora de começar namorar!

Eu: História de namorar de novo, Victória!

Amber: Não siga o conselho dela. Você tem mais é que aproveitar a vida. - Imagino o "aproveitar a vida" dela. Simplesmente quer dizer em beijar várias bocas! E é por isso, que os meu avós decidiram se mudar!

Eu: Então, aproveitarei da melhor forma! Lendo o meu livro.

Amber: Ela não mudou nada!

Eu: Pois é...Tchau meninas, amanhã vou pegar a estrada cedo de bicicleta!

Vick: Credo! De bicicleta! - começa a sorrir.

Amber: Resolveu se exercitar um pouco?

Eu: Não, meus avós que decidiram.

Amber: Eles inventam cada uma.

Vick: Então, tchau Tessa. - acena a mão.

Amber: Bye bye.

Fecho o computador, e o deixo sobre a escrevania.

[...]

Pela manhã, já estou pronta para ir a escola DE BICICLETA. Dessa vez, vesti um cropped branco com uma jardineira jeans clara e calcei um tênis rosa bebê.

- Essa é a sua bicicleta, gostou? - pergunta meu avô, olhando para ela. A bicicleta é verde água e em sua frente encontra-se uma cesta.

- Gostei! - Monto nela. Se meu vô soubesse que eu gostei dela, apenas para enfeite.

Ponho a minha mochila dentro da cesta, arrumo o meu cabelo fazendo um coque, em seguida coloco as mãos no guidão e prossigo em direção a estrada.

Um tempo depois, fico observando a paisagem. Até que sinto uma leveza no pedalo. Ligeiramente olho para baixo e vejo que a corrente tinha caído.

- Ah, que ótimo! - Saio da bicicleta puxando o tripé para segura-la. Me agacho em frente ao pedalo e coloco a corrente de volta ao seu devido lugar, o que faz as minhas mãos ficarem sujas. Subo na bicicleta, empurrando o tripé para cima.

Chegando na escola, deixo a bicicleta no bicicletário, avisto Melanie e Jimmy e caminho até eles. Olham para mim e de repente param de falar sobre o assunto.

- Olá, estavam falando sobre o quê? - solto um olhar curioso.

- Bem, é sobre um assunto que logo contarei para você, mas não aqui! - Melanie fala, olhando aos arredores - Tem muitas coisas que acontecem nessa cidade. Porém, poucos vêem.

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OBS: O livro pode conter alguns erros de português.

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A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora