Capítulo XXII

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Tessa

Adam tira o meu blazer, enquanto nossas bocas não desgrudam, logo após, o garoto passa a sua mão em minhas costas, levando-a para cima, na tentativa de abrir o zíper.

Só que a minha consciência chama, mesmo o meu corpo querendo recusar o que ela dizia.

Antes de Adam abrir o zíper, saio de cima dele e fico sentada ao lado.

— Você... — Ele entendi que sou virgem.

— Não — respondo em um tom seco e meio assustada.

— Desculpa, eu pensei que... — diz ao se levantar, para ficar apenas sentado.

— É... eu entendo. — passo as mãos em minha testa, retirando uma pequena sudorese que havia.

— Foi mau mesmo — Fala.

— Ah! Não foi nada — digo meio envergonhada. Pego o meu blazer jogado no chão e o coloco. Desvio o olhar para o relogio do meu pulso. — Já está tarde, vamos? — direciono-me ao caminho em que vinhemos.

— Espera! — ele me puxa pela minha mão, fazendo devolver-lhe a atenção.— Eu queria falar uma coisa com você. Hoje eu prometi para mim mesmo que tudo iria ocorrer bem e também...

— Também...— repito.

— Iria voltar em um relacionamento. — desemboca, evitando olhar em meus olhos.

— Haha... espera aí! Está me pedindo em namoro? Por que se for, esse é um ótimo jeito — falo sarcástica.

— Eu nunca fiz isso antes — começa a sorrir meio sem jeito.

— E a Sheila? — questiono, balançando a cabeça em sinal de dúvida.

— Por que todos acham isso? Eu nunca namorei com a Sheila, apenas dormíamos juntos algumas vezes. 

— Hum... dormiam juntos? — Arqueio a sobrancelhas, cruzando os braços. — Sabe é aí que não vamos dá certo!

— Por quê ? — pergunta imediatamente.

— Quem me garante que você não irá querer dormir com alguém, quando eu recusar, igual hoje?

— Por que eu não vou, eu prometo.

— Eu não sei. — Balanço a cabeça em sinal de negação.

— Quando prometo, eu cumpro! — pega em meu braço com força e fica me segurando — Sinto algo forte por  você e sei que você também senti, então espera e não fuja. Na minha cabeça é como se só existisse você, não sei o por que desse sentimento. Antes lhe achava uma garota idiota da cidade grande que não passava de uma merda, e de repente quando lhe beijo, você se torna... se torna...  — Faz uma breve pausa e respira fundo. — Se não nutre nenhum sentimento por mim ou não quer falar, tudo bem! Lhe deixo em casa, nunca mais tocamos nesse assunto e esquecemos tudo o que aconteceu, os nossos beijos e esse passeio, por que se não vamos ficar juntos, é isso que quero fazer,  ESQUECER, pois creio que vai doer lembrar. — O interrompo com um beijo. — Isso é um sim? — questiona, enquanto dávamos uma pausa no beijo, ficando apenas com as nossas testa encostada uma na outra, suas mãos em minha cintura e as minhas em seus ombros.

— Eu vou pensar — digo baixinho É de imediato voltamos ao beijo.

— Pensar é? — fala dando outra pausa no beijo.

— Sim, é isso que a garota idiota da cidade grande faz — digo e o garoto começa a sorrir.

***

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora