Capítulo XXIV

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Tessa

Com a professora já na sala de aula, dou uma pequena olhada para trás, vejo todos os alunos que sentam por lá, somente a carteira de Adam que está vazia. Pisco os meus olhos varias vezes e volto a copiar o que a professora tinha escrito no quadro.

— Adam não está — sussurra Melanie se inclinando sua cabeça ao meu rumo. — Pensei que ele iria querer a sua resposta hoje — completa.

Não a respondo, apenas olho para ela e volto com a minha atenção para frente.

Adam

Saio do banheiro, com o cabelo todo molhado, somente com a parte de baixo e uma toalhinha sobre o meu pescoço. Sem demora, começo a me arrumar, pego em uma calça comprima juntamente a uma camisa, e os visto.

— Adam! — minha mãe chama, enquanto bate na porta.

— Oi, mãe, pode entrar. — a permito.

— Estava assustada. E ai ocorreu tudo bem? — questiona dando passos apressados em minha direção.

— Sim, quando eu cheguei lá não tinha ninguém, mas tive que ficar por perto — falo, arrumando a minha camisa.

— Ficar por perto... Você encontrou o vampiro? — pergunta, passando as suas mãos sobre as pernas ao se sentar na minha cama.

— Infelizmente, não! Mas vamos fazer buscas. Ele não pode ficar por aqui. Por enquanto, eu quero que se cuide, não fique aqui em casa sozinha. — falo, ajeitando os meus materiais dentro da mochila.

— E a garota? — franze a sua testa ao perguntar.

— Dela eu posso cuidar.

— Adam, você sabe que não vai poder ficar vinte quatro horas observando ela!

— Se for preciso eu vou, ou quando realmente não poder, mando alguém.

— Vou lhe ajudar. Espera ai... você ainda vai para a escola? — olha para o relógio na parede e fala: — Já esta tarde.

— Não tem nada, ainda posso pegar a segunda aula. Tenho uma coisa importante para resolver — digo saindo do quarto e logo desço as escadas rapidamente.

— Adam! — chama a minha — já é a segunda vez que você faz isso comigo! — ouço o seu grito de longe.

Pego a chave do carro num gancho perto da porta e sigo para fora de casa, dirigindo-me a garagem, chegando lá, entro no carro, jogando a mochila para o outro banco. Dou uma ré e me conduzo para a estrada.


***


No intervalo, prossigo para o refeitório, na tentativa de logo falar com a Tessa, porém, ao entrar, Luke segue em minha direção.

— É aí, cara! — cumprimenta oferecendo sua mão, que de imediato à bato.

— Desaparecido. Como foi com a sua companheira? — questiono.

— Ah, foi ótimo. Ela é linda e sabe mais o quê? É uma loba. — Fala num tom baixo e começa a dá várias gargalhadas.

— Eu não entendi essa parte. Poderia me explicar? — falo com a expressão fechada.

— Você está cometendo um erro — Aponta com a cabeça para a Tessa.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora