Capítulo XLII

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Tessa

Adam fica paralisado na porta sem falar nada, apenas me olhando com os seus olhos verdes cativantes. Ele entorta a cabeça.

— Por que está falando isso? — ele pergunta com calma ao mesmo tempo que estreita os seus olhos.

— Eles querem se mudar, eles querem nos separar, Adam! — digo de uma maneira muito triste.

Fecho os olhos, derramando lágrimas e abraço ele. Sentindo os seus músculos me faz ficar mais calma e respiro profundamente, sentindo o seu cheiro e desfrutando do calor de seu corpo. Adam agia feito uma estátua, ao menos me agarra também, imagino que deve ser a surpresa que ele estar.

— Eu não quero ficar longe de você! — comento, mais calma.

Me afasto de seus braços e fico encarando os seus olhos.

— É melhor você entrar! — diz e não demoro muito pra passar para dentro da casa.

— O que vamos fazer? — pergunto, o olhando por cima dos ombros enquanto ele fecha a porta e balança a cabeça ao mesmo tempo que inclina os ombros para perto das orelhas.

Solto um suspiro insatisfeita, e desvio o olhar para frente, onde a mãe de Adam fica me observando, escorada no canto da porta.

— O que foi Tessa? Parece aflita. — ela pergunta ao se aproximar.

Ponho as mechas de cabelo da frente para trás da orelha e solto um sorriso sem alegria, denunciando o meu desânimo.

— Os meus avós querem voltar para a cidade velha, mas já estou comprometida a essas terras. — Digo ao mesmo instante que afogo as minhas mãos nos bolsos da calça.

— Vocês vão dá um jeito! Acredite nisso. — fala, olhando para Adam e depois para mim.

Ela acaricia a minha cabeça e eu solto as minhas lágrimas no seu ombro. Sinto o Adam mais perto de mim e me afasto da mãe dele ao tempo que ele põem a sua mão no meu ombro.

— Meu amor, soube lá para o meu quarto, que eu mais a minha mãe vamos resolver isso! — Adam me dá um beijo na testa.

Afirmo com a cabeça, olhando para seus lábios e não demoro muito para subir as escadas, seguindo em direção a seu quarto.

Adam

Ao ouvir a porta do quarto sendo fechada pela Tessa, avanço um passo na direção da minha mãe e permaneço numa expressão espantada, fico com aflição em ver a atuação da garota em se passar por vítima, más me questiono bastante o por quê de seus avós quererem sair da cidade.

Descanso as minhas mãos na cintura e alargo os olhos para a minha mãe. Ela se mantém prestativa, encarando o chão.

— Vamos para a cozinha! — ouço a sua voz num tom muito baixo.

Ela sai na direção do cômodo que havia falado e vou atrás dela. Desviando o olhar para as escadas durante a caminhada, o meu coração deu uma pontada, está tão perto de ver o seu corpo gélido e totalmente inerte, mas me alívio um pouco em pensar que o feitiço será desfeito.

Dias depois só irei lembrar de Tessa Myller como a bruxa que tentou me enganar, uma loucura passageira na minha vida e a odiarei assim como odeio aquela que matou o meu pai e me amaldiçoou.

Chegando na cozinha a minha mãe de imediato puxa uma cadeira e se senta, eu faço o mesmo.

— Você está pronto? — ela pergunta, erguendo as sobrancelhas e me olhando com pena.

— Sim. — afirmo com a cabeça várias vezes.

Pressiono os lábios ao mesmo tempo que arregalo os olhos e fecho o meu punho, tentando me conter, mas na verdade não sei se estou de fato pronto para envenena-lá.

A VERDADEIRA DONA DO TRONOOnde histórias criam vida. Descubra agora