Capítulo 11 - Consequências (Parte 1)

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Olá! Como estão? Espero que bem. Resolvi adiantar o meu lado e hoje eu estou postando mais um cap pq terei uma agenda cheia nos próximos dias e é provável que eu não escreva nada por estes dias tbm, mas não se preocupem pq essa fic já está quase toda pronta (o final da temporada pelo menos) e eu tô muito ansiosa p mostrar!!😁😁😆. A atriz da foto é de Switched at Birth e é a atriz que eu escolhi para ser o rosto da mãe da Dylan, e que será mais citada a partir de agora. 

Tá, acho que já enrolei demais. Aproveitem o cap!

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Já fazia um mês que sua mãe havia falecido. Seu pai continuava socado no trabalho e ela agradecia por não ter que lidar com ele. Ele nunca foi muito paciente e ver um homem como ele chorar era desconfortável, não só porque ela não sabia o que fazer, como também porque ela o conhecia e era estranho se pensar em tudo que ele fez e disse, e também porque ela chorava pelo mesmo motivo.

Desde que sua mãe morreu, ela não é mais a mesma. Agora, sem alguém para a encorajar, uma amiga para dar conselhos, alguém que lhe ajudasse com as coisas da vida, ela estava perdida. Sua mãe era sua melhor amiga, única. Agora que já não tinha mais a pessoa que mais amava nesse mundo, se sentia vazia e insignificante. Se já era difícil se sentir bem quando tinha os dois presentes, agora era quase impossível ignorar os sentimentos que ela não deveria ter. Como o medo constante, sua falta de vontade cada vez maior de seguir seu rumo, um vazio que a fazia sentir uma solidão que ela nem sabia que era possível. E também tinha as vezes em que ela se sentia observada, seguida, quase uma neura como se alguém sempre a estivesse observando mesmo nos lugares mais vazios.

Havia perdido sua vontade de sorrir, mas ela tentava mesmo assim.

Os únicos momentos em que sentia sua tristeza diminuir era quando sua raiva tomava espaço. Todos os dias ela ouvia as mesmas perguntas, "Você está bem?", "Como você está?", "Tá tudo bem?", era exatamente a mesma pergunta dita em várias formas por diferentes pessoas que nunca sequer lhe dirigiram a palavra quando sua mãe estava viva. Ela ainda respondia "estou bem", mas sua vontade de gritar para calarem a boca e a deixarem em paz era enorme.

Mas então a raiva passava e com isso a dor voltava com força, e ela chorava sem que seu pai visse. Ele nunca a viu chorar, só uma vez, no hospital, mas ela tenta não pensar muito sobre isso. Desde então ele nunca mais a ouviu gritar, rir, cantar, fazer piadas, não a viu mais se divertir, brincar, não a viu ser mais aquela garota que ela levou anos tentando ser. Mesmo quando seus pais brigavam até chamarem a polícia, mesmo quando ela chorava até dormir pensando que sua vida sempre seria assim, mesmo quando ela morria de medo por insistir que alguém a encarava e por isso ela não conseguia sair sozinha. Mesmo assim, ela sempre fez questão de sorrir, de fazer os outros sorrirem e fazer de tudo para ver o lado bom, mesmo que fosse impossível. Porque Dylan era dona de uma sinceridade corajosa, divertida com seu humor ácido e tons sarcásticos, uma boa garota de uma aparência fofa demais para seus pensamentos.

Mas agora com o vazio em seu peito, ela já não conseguia insistir mais. Nunca seria feliz de verdade, apenas uma vida monótona de peito vazio e respirações constantes, e, com sorte, sem mais mortes.

(...)

- Então, com as proteções mais fortes nada mais vai passar, estou certo? - Robert cortou o silêncio entre os três, já desconfortável com aquela situação.

- Até minha magia tem limites. - O feiticeiro respondeu enquanto terminava seu trabalho.

Magnus estava com pressa, mas acabou aceitando a tarefa de ajudar a Lightwood do meio com o cadáver do Esquecido que estava no necrotério. Mas antes disso, ele estava preso aos homens Lightwoods que ele já não queria mais proximidade. Ele também não se surpreendeu demais quando o seu ex-sogro tentou iniciar uma conversa e foi gentil. Robert sempre foi mais compreensivo que sua esposa, mas ainda era difícil para o homem manter uma conversa longa e positiva com seu filho mesmo que o amasse muito, e a razão disso estava de costas para eles enquanto terminava de lançar a última nuvem azul.

O Quanto Vale Uma Mundana? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora