Como tudo começa

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Autora Pov's

A garota ruiva correu desesperada, seu coração e adrenalina estavam disparados, só conseguiu realmente respirar quando chegou em sua casa. Sua mente não parava de pensar, trêmula. Ela realmente tinha presenciado um assassinato?! Não! Era demais só em pensar nessa hipótese! E o que houve com o corpo? Ele se desintegrou?! Foi só ela que viu? Por que ninguém fez nada? Por que não tiveram reações além da sua?!

Foi só então que ela notou a presença de sua mãe, ela estava dormindo na poltrona, deve ter esperado a filha voltar e acabou adormecendo. Ela pensou em acordar sua mãe e mandá-la ir dormir, mas resolveu apenas cobri-la e ir pro seu quarto. Ela ainda tremia, foi só quando ouviu seu celular tocar em sua bolsa que ela se lembrou: havia deixado a amiga na boate! Dylan iria matá-la! Não, nem pense em mortes agora!

- Alô

- Alô, Clary, o que aconteceu? Por que você saiu daquele jeito?

Clary sentiu uma forte vontade de gritar, ela estava enlouquecendo, primeiro são os desenhos que ela faz, o tempo todo, símbolos, monstros horríveis que ela sente arrepio só em vê-los e ela nem se lembra de tê-los desenhado, coisas que só ela vê...

- Clary!

- O quê?! - Se arrependeu de ter gritado logo em seguida - Desculpe, olha, eu não tô bem, amanhã a gente se fala, ok?

Ela não esperou uma resposta pra desligar.

(...)

Acordou por volta das 9 da manhã no dia seguinte, demorando alguns segundos para perceber que não estava em sua cama, e sim sentada no chão apoiada na mesma. E mais alguns segundos para perceber o quão suja estava, sua blusa, calça, mãos, rosto, tudo estava sujo de resquícios de lápis e tinta. Olhou ao redor e seu coração voltou a acelerar, todo o seu quarto estava cheio de papéis, nas paredes, no chão, sua cama, até as janelas, símbolos desenhados em cada um desses papéis, o mesmo símbolo. O mesmo que ela vem obcecada, o mesmo que ela viu na boate Pandemonium, o mesmo símbolo que parece está em todo lugar. Ela pegou o máximo de papéis que sua paciência permitiu, tomou um banho rápido, vestiu qualquer roupa e saiu do quarto. Sua mãe já estava acordada e olhava sua filha com um olhar sério no rosto, como se faltasse apenas dois segundos para repreender Clary.

Um 'bom dia' seco foi tudo que sua filha disse, Jocelyn analisou a garota de cima a baixo, facilmente notando o nervosismo da garota.

- Chegou tarde ontem. - Se Clary não estivesse de costas teria visto o quão tensa sua mãe estava, um olhar quase desesperado transparecia seus olhos.

- Eu tô em casa agora, não tô? - Clary não se importou em ser grossa com sua mãe, ela só queria ir encontrar Dylan e desabafar tudo, não tinha tempo pra sua mãe e sua obsessão em proteger a filha de absolutamente nada.

Porque sim, Jocelyn era obcecada em proteger Clary, algo que só vinha irritando a garota a cada dia porque não havia nada a ameaçando. Então pra quê tudo isso?!

A ruiva mais nova estava prestes a abrir a porta quando Jocelyn a impediu.

- Mãe!

- Eu preciso conversar com você

- Isso é sério?! Eu tô sem tempo agora - Tentou abrir novamente, mas sua mãe a impediu. - Eu tenho que ir!

- Não, não pode, não agora.

- Isso é ridículo, eu só vou me encontrar com a Dylan! - E como se tivesse sido invocada, a garota começou a bater na porta, chamando por Clary.

O Quanto Vale Uma Mundana? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora