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Passei a semana me sentindo à deriva, sentia falta do Carlos, nem na universidade ele estava aparecendo, estávamos tendo aulas com um substituto, e não era a mesma coisa, sentia falta daquele olhar desafiador, daquele sorriso de canto de boca, daq...

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Passei a semana me sentindo à deriva, sentia falta do Carlos, nem na universidade ele estava aparecendo, estávamos tendo aulas com um substituto, e não era a mesma coisa, sentia falta daquele olhar desafiador, daquele sorriso de canto de boca, daqueles braços, daquele corpo, enfim, sentia falta dele.

Na quarta-feira, já faziam quatro dias em que eu não tinha notícias dele, estava angustiada, e até com raiva, não havia motivos para sumir daquele jeito, então, resolvi mandar uma mensagem fofa, embora a minha vontade fosse mandar ele se danar, quando cheguei em casa, depois de um banho relaxante, peguei meu celular, e escrevi :

[22:30] Clarissa Soares: Ei, ainda estamos namorando? Você sumiu...

Enviei, orgulhosa do meu auto controle e fui dormir, não me ajudaria em nada ficar sentada esperando uma resposta. No dia seguinte, acordei com o ícone do Whatsapp brilhando na tela de bloqueio do meu celular, quando abri com a esperança de ser uma mensagem do meu namorado, vi a foto da minha chefe, perguntando se eu poderia chegar mais cedo e sair mais tarde para ajudar a montar a festa junina dos alunos, fiquei tão frustrada que nem consegui responder, joguei o celular na cama e fui tomar banho.
Quando voltei para me arrumar, chegou outra mensagem, respirei fundo e peguei o celular, para minha surpresa, era uma mensagem do Carlos:

[07:25] Oi amor. Desculpa não dar notícias, eu estava um pouco enrolado e de mãos extremamente atadas, mas claro que estamos namorando, não te largo por nada.

Devo admitir que fiquei bem mais feliz, tão feliz que mandei mensagem para minha chefe aceitando as horas extras e me botando a disposição para qualquer outra coisa em que ela venha a precisar.

Na sexta feira, eu e a Tati resolvemos que seria um desperdício ficarmos sentadas esperando o Carlos e o Fernando darem sinal de vida, até porque a Tati não estava tão inclinada a ser compreensiva como eu, já tinha enviado mensagens com ameaças de morte e áudios aos gritos.

Fomos até o mercado da esquina, nos abastecemos de vinho, ingredientes para um pavê de brigadeiro e mandamos o Diego em uma missão atrás da nossa pizza favorita, afinal, ele também precisava se redimir, pois havia assumido uma postura bem escorregadia e evasiva quando perguntávamos a ele sobre o sumiço dos nossos namorados.

Chegando em casa, colocamos nossos celulares no silencioso e firmamos um pacto de só pegarmos os aparelhos novamente na manhã seguinte, se estivermos com vontade.

Foi uma noite perfeita, conversamos, comemos e bebemos muito, maratonamos filmes de terror, até porque filmes de romance poderia nos afastar do nosso plano de dar gelo naqueles que nos congelaram a semana inteira.

Quando os raios de sol começaram a clarear o dia de sábado, resolvemos curar nossa ressaca na praia depois de cochilar, combinamos que dormiríamos apenas três horas, e depois nos encontraríamos na sala, iriamos tomar um banho de mar e depois almoçariamos no nosso quiosque favorito, que faz o melhor peixe empanado com purê de batatas e arroz com brócolis do mundo.

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