O jantar ia bem. Clarissa comia frango, tentava ao máximo evitar carne vermelha. Já eu não tive piedade e comi um senhor steak acompanhado de batatas assadas. A bebida foi vinho, e já havia algo a mais na mesa... O problema todo era alguém admitir ou ceder.
Logo na sequência, eu pergunto a Clarissa se as coisas estão dos seu agrado, ao que ela responde:
- Está tudo maravilhoso. Nossa, você é um cozinheiro de mão cheia.
- Muito obrigado. Mais vinho ou prefere alguma coisa não-alcoolica?
- É... Eu acho melhor pegar leve no vinho. Tem um suco ou chá gelado?
Me levanto da mesa, com um sorriso no rosto, e me dirijo até na cozinha para pegar uma água gelada para ela. Ao chegar lá, eis que surge a pergunta que iria mudar a noite:
- Posso dormir aqui hoje? - pergunta Clarissa, provavelmente esperando uma resposta negativa. Ela só não contava com...
- Claro que sim. Quer dormir em algum dos cômodos ou prefere a sala, por ser mais ampla.
E o que veio a seguir me pegou desprevenido.
- Que tal no seu quarto, na sua cama?
Engasguei com a água que eu estava bebendo. Não esperava tal resposta. Ainda mais de Clarissa que sempre pareceu tranquila e reservada. A pancada me atingiu e eu precisei me situar com rapidez suficiente para mostrar interesse, mas não soar desrespeitoso.
- Okay. Deixa só o meu sangue voltar a circular normalmente. - e não era só meu rosto que havia corado com aquela resposta.
Logo após o susto por algo inesperado (acredite, eu esperava isso de mim, mas jamais dela), me levanto e vou em direção a ela. Beijo sua nuca, passo os lábios em suas orelhas e minha mão passa pelo decote do vestido. Os seios dela são extremamente firmes e possuem uma certa volúpia que me excitam. Nos beijamos e eu abaixo a parte de cima de seu vestido. Ela se levanta, pega minha mão e me conduz até o quarto onde, aparentemente, vamos passar o resto da noite e parte da manhã.
Ao chegar no quarto, tiramos nossas roupas, deitamos e nos abraçamos em meio a beijos. Minha mão direita, então, passa para o meio de suas coxas, e eu a deslizo até chegar ao clitóris. Eu a masturbo até ela se molhar o suficiente e sentir prazer a ponto de ter um orgasmo.
- Isso... Assim... Beeemm aí.... - diz Clarissa, entre gemidos e espasmos
Eu então vou beijando seu corpo de cima até embaixo - boca, pescoço, seios, barriga, coxas, joelhos, canelas, pés - e de baixo até chegar mais uma vez na vagina... Ali eu simplesmente me permiti sentir o gosto dela até ela gozar em minha língua pela primeira vez. Vê-la se contorcendo de prazer me causa uma excitação extrema e, ao invés de subir para poder penetrar, eu continuo com a cabeça entre as duas coxas volumosas de Clarissa. Eu precisava sentir aquele gosto de novo. Precisava sentir a vulva dela comprimindo minha língua e me causando aquela sensação prazerosa outra vez. Eu então coloco minha cabeça perto da sua, nos beijamos e então, com extrema excitação, coloco a camisinha e a penetro com gentileza... E vou aumentando a pressão conforme ela pede. O tanto que estamos em sintonia, o tanto que nossos corpos se entrelaçam...
Quanto mais as coxas dela apertavam meus quadris, mais fundo eu ia... Sinto aquela pulsação dela novamente... Tiro por um instante e ela simplesmente esguicha na cama e junto, solta um grito de prazer. Aquilo me faz gozar instantaneamente. Estamos muito suados, e olha que nem estava fazendo calor no Rio. E eu simplesmente não tenho outra reação a não ser beijá-la...
- E aí? - pergunta Clarissa
- Estou sem palavras... - rebato
- Mesmo?
- Mesmo. Fato consumado.
- Tá pensando em quê - pergunta Clarissa, dessa vez com um sorriso no rosto
- Pensando em fazer você gozar mais umas 20 vezes se possível... - respondo em meio a risadas minhas e dela.
As risadas param em meio aos nossos beijos... E vamos começar de novo...
..............
Não dormimos. Haviam coisas mais interessantes a serem feitas durante aquela noite/madrugada fresca da Cidade Maravilhosa. Mergulhar no meu prazer enquanto eu dou prazer a outra pessoa é sem dúvidas a melhor sensação que se pode ter. Foi a melhor coisa que poderia acontecer para mim... E espero que tenha sido para ela também.
- Que tal Parque Lage para essa manhã, hein? - pergunto a Clarissa. Seus olhos brilham de imediato
- Eu topo demais! - responde ela, animada.
Acho que vai fazer bem ir ao Parque Lage hoje. A noite foi perfeita, a madrugada foi maravilhosa, logo a manhã precisava ser a altura. E nada melhor do que o nosso lugar favorito. Ênfase no "nosso", porque foi a primeira coisa em comum que descobrimos ter. Nós dois vamos tomar um banho juntos, sempre com um sorriso Colgate no rosto e simplesmente querendo que cada dia seja igual a noite que tivemos anteriormente.
Nos vestimos e saímos de mãos dadas, sempre olhando um para o outro, com um sorriso bobo estampado no rosto. Dou um beijo em sua mão e saímos do elevador, em direção ao carro. No caminho para o Jardim Botânico, toca no rádio "Outro Lugar", do Milton Nascimento. Fomos cantando a música em uníssono. Estacionamos o carro, visitamos o casarão tomamos um café da manhã por lá mesmo. E então resolvemos estender o tempo juntos voltando para o carro e dirigindo até o antigo Hotel Paineiras - hoje um revitalizado Centro de Visitantes. Compramos nossos ingressos para o Trem do Corcovado - porque sim e porque estávamos em dia de promoção para quem mora no Grande Rio.
Chegando lá em cima, meu medo de altura foi destruído pelo meu nervosismo de estar ali com Clarissa. Fomos até a ponta do mirante, que dá de frente com a Baía de Guanabara, com o Pão de Açúcar e a enseada de Botafogo, além da selva de pedra carioca aos nossos pés. Me apoio no parapeito com um sorriso imenso no rosto por viver no Rio. Por, mesmo com toda violência, ainda ver beleza em uma cidade tão incrível. E por estar com ela aqui. Ela me traz uma paz que a muito tempo eu não sentia. Não que ela me complete, ela vai além...
- Clarissa?! - eu a chamo
- Oi, Carlos. O que foi?!
- Posso te fazer uma pergunta? Pergunta séria.
- Claro!
Não sinto esse tipo de nervosismo desde que eu tinha 15 anos, quando eu estava prestes a fazer a mesma pergunta que eu irei fazer agora:
- Quer namorar comigo?
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De todas as pessoas do mundo
RomanceA história de Clarissa, uma estudante de mestrado de 25 anos, frustrada profissionalmente, romântica (não por opção) e distraída. Que se vê um dia dividida entre a fascinação e revolta por seu professor Carlos, um homem metódico (com orgulho), organ...