Treze

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— Não acham que é para Tessa, acham? — Jorge encara a embalagem em cima da cama.

— Não sei. — Lino dá de ombros — Pode ser para qualquer um de nós.

— Vocês não estão falando sério, não é? — bufo, atraindo os três olhares para mim — Sabemos para quem foi, e sabemos quem mandou também.

— Você está obcecada, cunhadinha. — o garoto ruivo brinca — Nós só teremos a certeza quando Mcgonagall chegar.

Eu tenho certeza. — sento na cama, de braços cruzados.

— Você fica uma graça bravinha. — sinto a cama afundar ao meu lado.

— Não enche, Frederick. — reviro os olhos — Você sabe que estou certa.

Antes que meu melhor amigo tente me acalmar novamente, professora Mcgonagall entra no quarto, acompanhada de Slughorn e Dumbledore. Ela pega o pacote da cama e entrega para Horácio, que abre cuidadosamente. Ele tira de lá, como suspeitamos ao espiar, uma poção do amor. Além do frasco, um pequeno envelope pendia nas mãos do senhor.

— Com licença, Horácio. — o diretor pede, e pega os dois objetos — É uma poção bem forte, posso dizer.

— Certamente. — resmungo baixo, e meu amigo bate o ombro no meu, para que eu fique quieta.

— O que disse, senhorita Black? — Minerva, que agora tem sua atenção voltada para mim, pergunta.

— Que certamente é forte.

— Sabe algo sobre este pacote, Theresa? — Dumbledore se aproxima de mim — Porque se sabe, peço que me conte.

— Nada concreto, professor. Apenas suspeito de quem seja o remetente. — respondo.

— Bom, assim imaginei. — ele dá uma risada fraca, e senta na cadeira em frente a mim.

— O senhor pode... — aponto para o envelope em suas mãos — Pode abrir?

— Sim, claro. Talvez possamos descobrir quem enviou. — o diretor faz o que eu peço, tirando apenas um pedaço de papel de dentro.

— "Abra a porta, Fred"? — Mcgonagall lê, tão confusa quanto o resto das pessoas presentes.

Minha frustração é completamente perceptível. Além do visível incômodo que senti, ao ser anunciado o destinatário. Eu estava totalmente irada com a situação, e ainda mais por saber quem foi e não ter como provar.

— Nós podemos olhar quem teve acesso ao meu depósito nos últimos dias. — Slughorn sugere — Talvez possamos ter uma ideia de quem fez.

— Acho uma ótima ideia, Horácio. — Dumbledor aprova — Creio que a senhorita Black ficaria feliz em ajudar.

— Certamente! — digo, rapidamente — Eu adoraria ajudar.

Professor Slughorn vem em minha direção, para combinarmos nossa tarefa, e afirma ter um horário vago pela manhã no outro dia, assim como eu. Concordamos de nos encontrar em sua sala para procurarmos o culpado. Ou a culpada.

— Vamos juntos para Hogsmead, não é? — Fred pergunta, enquanto ainda estamos sentados em sua cama.

— Sim. — sorrio — Só preciso tomar um banho.

— Tudo bem. — ele aperta meu nariz — Vem pra cá?

— Venho. — balanço afirmativamente a cabeça, enquanto me dirijo à porta.

No caminho até o quarto, tudo que consigo pensar é no quanto odeio Elena. Eu realmente não entendo como ela pode ser tão obcecada por alguém como Fred.

A maior pegadinha de todos os tempos || Fred Weasley || Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora