Três

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Deixo minhas malas ao pé da cama antes de sair do dormitório. Seria a última vez no ano que o veria.

Dou tchau a Nefesta, pois só a verei em algumas horas, e sigo para o grande salão.

Algumas semanas passaram desde o rebuliço do casal Weasley-Black criado, ironicamente, por Mcgonagall, e finalmente o feriado chegou. Irei com os meninos e Gina para A toca, como de costume, e tio Sirius disse que me encontraria lá.

— Bom dia, senhora Weasley. — Jorge sorri, assim que chego no banco do pátio.

— Já pode parar com isso, Jorge. — resmungo, carrancuda, sentando ao lado de Fred, que hoje está num banco diferente do de costume.

— Nunca vou me conformar que ela sabe quem sou. — Jorge se lamenta para Cedrico, que finge lhe consolar.

— É bom ver que está de bom humor, Thereza. — o garoto ao meu lado zomba.

— Por que sentou aqui hoje? — sussurro.

— Já vai ver. — meu amigo passa o braço por cima da minha cabeça, apoiando-o no espaço do banco atrás de mim.

— Jorge? — Parvati Patil, uma garota da grifinória, mais nova do que a gente, o chama — Pode vir aqui?

Jorge, como esperado, é atraído pelo sorriso que a morena o lança, e corre até ela. Mas, quando levanta, como estava apenas de uniforme, sem a capa, sua calça fica presa no banco, e a parte de trás fica completamente grudada no mesmo.

Fred e eu nos entreolharmos por míseros segundos antes de desatarmos numa crise de riso.

— Vocês me pagam. — Jorge sai, furioso, tentando cobrir suas roupas íntimas com as mãos, que, embora fossem grandes, não adiantavam de muita coisa.

— Mas eu não tive nada a ver! — protesto, com a barriga dolorida de rir.

— Quem manda ir correndo atrás de qualquer rabo de saia que chama?! — o irmão berra, ainda às gargalhadas.


+


Assim que Gina está pronta, descemos para o jantar. Molly avisou que Sirius talvez só chegasse amanhã, pois tinha alguns problemas para resolver.

Contudo, assim que chego à sala, vejo que não fui a única que aprendeu a pregar pegadinhas com os gêmeos.

— Tio! — corro até meu guardião legal, assim que o avisto na porta — Pensei que não vinha hoje.

— Surpresa! — ele sorri — Mas não sem ajuda, claro. — ele pisca para alguém atrás de mim.

Instintivamente viro de costas. Fred também sorri quando o encaro, e resmungo um "como pôde?" enquanto ele me abraça.

— Então, já que estamos todos aqui, vamos comer. — Arthur nos chama.

Meu tio segue, abraçado comigo e Harry. Sento à sua frente na mesa, entre os gêmeos, como de costume, e ele ao lado do afilhado.

Assuntos diversos rodeiam a mesa, e Fred me cutuca sempre que sorrio. Ele sabe que eu não poderia estar mais feliz.

— Então, Harry, Tessa, novidades no mágico mundo de Hogwarts? — meu tio pergunta, genuinamente interessado.

— Cedrico está cada vez mais cobiçado. — gozo, olhando para o meu amigo — E esquecendo os amigos...

— Ei! — ele protesta — Isso é injusto... eu me esforço, vocês sabem.

A maior pegadinha de todos os tempos || Fred Weasley || Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora