{Vera}
Acordei mais cedo do que o normal ouvindo batidas apressadas na minha porta. Nesse momento não me importa quem esteja batendo, eu quero ver morto.
- Que foi caralho?! - digo abrindo a porta e vendo Bea na minha porta.
- Bom dia Vera. - ela diz séria, ela sempre foi séria.
- O que você veio fazer aqui em casa, sabe que minha mãe está aqui. - digo puxando ela pra dentro do quarto e fechando a porta.
- Temos um problema lá... - ela começa mas eu a interrompo.
- Eu não quero saber, você está responsável de cuidar desses problemas, por isso eu te escolhi. - Digo andando nervosa pelo quarto com a presença dela.
- Você sabe que seu pai não deixou essa responsabilidade para você ficar ausente. Vera, você tem....
- Um legado eu sei. Mas quer saber Bea, eu to pouco me fudendo, meu pai não está mas aqui, então quem manda sou eu; se eu to te dizendo para você dar um jeito, você me obedece. - digo me exaltando.
Ela respira fundo baixando o olhar para as botas de couro preto, então olha para mim de novo e diz.
- Estou... Estamos fazendo tudo que conseguimos, mas não se alheie as SUAS responsabilidades. - ela então abre a porta do meu quarto, e logo ouço a porta de casa sendo aberta e fechada.
porra que saco!
Vou contar a história para vocês entenderem.
Quando eu nasci minha vida era muito diferente. Meu pai presente e minha mãe sóbria sempre. Minha mãe estudava para um curso de economia em uma faculdade pública, mas a história começa com o "emprego" do meu pai. Meu pai era o dono de uma gangue pequena na época, The Mason's. Essa gangue foi criada pelo bisavô do do meu pai, e foi passando para o pai, e depois para o meu pai, eu ja havia nascido quando o meu pai já dirigia a gangue, e quando fiz 6 anos ele começou a me levar todo dia depois ou antes da escola para lá. Eu, com a pureza de criança achava um máximo o bar, as mesas, homens sérios e fortes que davam medo em qualquer um menos em mim, pois todos me tratavam muito bem. Eu brincava na cadeira giratória de meu pai, enquanto observava ele e os parceiros olhando um mapa de Los Angeles. Sempre que eu podia, ia perto do mapa e mudava os lugares que as tachinhas coloridas estavam. Meu pai apenas me olhava com reprovação e depois ria com minha cara de sapeca. Com o passar dos anos eu comecei a crescer, comecei a entender as coisas que meu pai fazia, e mesmo entendendo que era ilegal, o meu orgulho pela frieza que ele tinha para fazer um plano, ou pela consideração que ele tinha por cada vida que estava ali dentro, só aumentava a cada dia.
Meu pai vendia e comprava drogas, mas era tudo exportado portanto de maior qualidade. Ele sempre me dizia que o que ele comprava e vendia era trabalho, apenas, não era para diversão ou para brincadeira. Me dizia para nunca usar a mercadoria, e se um dia a vontade batesse, que eu comprasse com meu dinheiro. Eu levei isso pro resto da minha vida, e nunca, mesmo quando a vontade apertasse, usei a mercadoria.
Quando comecei a ir sozinha para gangue para estudar os mapas e fazer meu pequeno trabalho de secretária que meu pai havia me dado, minha mãe começou a se preocupar, ela tentava me fazer ficar em casa, ou sair com ela para se divertir, mas o que realmente me interessava e alimentava a minha ambição mundana e pequena, era a gangue. Naquele ano, houve um conflito com a policia, no qual meu pai evitava mais do que qualquer outra coisa. Eu estava no meio do conflito, eu estava dentro do carro quando atiraram nos pneus, quando quebraram os vidros, quando o carro pifou no meio da rua. Eu estava no meio de um tiroteio, onde meu pai usava uma arma para me proteger. Nunca o vi com uma arma na mão. Ele e os outros que nos seguiam, trocavam tiros incessantes, eu mal conseguia gritar, no momento em que eu pensava que ia surtar, meu sangue corria tranquilamente, meu coração apenas um pouco acelerado batia em meu peito, e quando comecei a ouvir pneus cantando no asfalto, e meu pai não estar mais do meu lado e sim sendo carregado para o carro ao lado, eu percebi que teria que fazer alguma coisa.
Eu logo ocupei o banco do motorista, e com o mínimo de conhecimento sobre direção, fugi da polícia com pneus furados. Dirigi até a sede, quando entrei no prédio, vi meu pai morto em cima da mesa de bar, eles tinha gases e pano onde havia tiros, e muito, muito sangue. Naquela noite eu me tornei chefe da gangue. Mudei algumas coisas e organizei todos os grupos de trabalho, criei um programa para me ajudar a controlar as compras e vendas, nomeei Bea minha imediata, tudo fora do lugar fazia ela se reportar a mim, tudo que ela não conseguia resolver obviamente. Confiei nela e impus meu poder sobre a gangue. Mas fiz tudo aquilo para conseguir voltar para casa, para dizer a minha mãe que estava viuva, fiz tudo para dizer a ela que agora eu podia correr o mesmo risco que o papai.
Foi assim que ela começou a beber, eu voltei para a escola depois de uma semana terminando a papelada da gangue enquanto minha mãe enchia a cara, quando perdia o emprego, e quando cavava seu próprio precipício.
Bea foi instruída a me recorrer apenas em emergências, e desde então mal falava com ela. Ela entendeu a minha ordem, e talvez quando ela veio aqui a essa hora, mesmo sabendo que minha mãe estava em casa, talvez algo estivesse bem errado.
Mas eu não quero tratar disso, não depois do que aquela gangue me lembra. Não posso reviver meu pai nas memórias, depois de fazer o possível para enterra-lo.
Não conseguia mais dormir, eram cinco e meia da manhã, minha aula só começa as sete. De repente eu tive uma ideia.
Fui até meu armário, peguei um biquini e logo o vesti, pus uma roupa por cima e peguei as chaves do fusca. Dirigi por 3 quilômetros até a praia que eu sempre ia com meu pai. Estacionei o fusca e andei um pouco até finalmente relaxar meus pés na areia. Eu havia trazido para a areia apenas uma toalha, meu celular e minha mochila para a escola ficaram no carro. Tirei minha roupa e coloquei em cima da toalha.
Antes de correr para o mar me permiti fechar os olhos. Respirei fundo, e pensei por alguns segundos apenas em mim. Como eu estava, não me importei com os outros em minha vida.
Logo eu abri os olhos e dei um leve sorriso para o mar, e disparei com todas as minhas forças para lá. Que as pessoas me achassem louca, eu gostava de fazer isso.
Comecei a pisar em areia molhada e segundos depois em água, até não conseguir mais correr e ter que mergulhar.
Debaixo da água estava uma delicia, a água estava uma delícia. Não tinha nada melhor do que aquilo naquele momento.
Subi a superfície e inspirei o ar de novo. Eu nadava muito bem, sempre fui conectada de alguma forma com a água.
Nadei até uma profundidade onde eu não alcançava o pé no chão, então fiquei nadando observando a praia.
Vi que depois de um tempo no mar, um menino alto de camiseta branca e shorts, abraçado a uma prancha de surf, vinha sozinho em direção ao mar. Ele tirou a camisa e correu para a água. E eu lá, só observando. O garoto remava e esperava a "onda certa", mas a série naquele momento estava forte, passei por baixo de um monte de ondas que me quebrariam em dois.
Quando voltei a superfície depois de atravessar uma onda, olhei para onde o garoto estava e não havia ninguém. Olhei para os lados, nas partes mais afastadas, até na praia eu olhei, mas gelei quando vi sua prancha flutuando, e um corpo boiando ao lado.
Nadei o mais rápido que consegui até o garoto. Virei ele de barriga para cima e tombei sua cabeça em meu ombro, enquanto eu tentava acorda-lo. Só quando olhei para o cabelo dele grudado em mim por causa da água, minha ficha caiu.
Vinnie.
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*Risada malígna* AGORA EU QUERO VER VCS ME ABANDONAREM.no próximo capítulo vcs verão o que acontece. Beijo na bunda 😍
𝙰𝚋𝚎𝚗ç𝚘𝚊𝚍𝚎 𝚜𝚎𝚓𝚊 𝚚𝚞𝚎𝚖 𝚌𝚞𝚛𝚝𝚒𝚛 𝚎 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚊𝚛
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F༶U༶C༶K༶ U༶
FanfictionOnde Vinnie e Vera tem um lance meio incerto, de transar uma noite, e na outra estar dando em cima dos amigos, mas quando Vinnie descobre o quão a mais Vera é, será que ele ainda vai querer se relacionar? Quando voltarmos da missão, você pode me com...