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Tava inspirada!!! Votem!
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{Vera}

Acordei com um peso em minha cintura e percebi que Vinnie dormia abraçado comigo. Não consegui virar para vê-lo mas estava tão sonolento que parecia quase morto de tão lenta que sua respiração estava. Nem reparou quando saí da cama discretamente e fui no banheiro escovar os dentes.

Volto pra cama com os dentes limpos e fico encarando o teto até o sono vir de novo e eu estar dormindo no ombro do garoto. Porém, depois de um tempo, ouvi a voz de minha mãe.

- Vera! - ela gritava meu nome varias vezes. - Acabou a porra da geleia de novo! Desce aqui!

Ah não. Era a única coisa que eu não queria. Olhei para Vinnie e ele estava tranquilo, sereno e..... Anda logo Vera!

- Vinnie, Vinnie, Vinnie, Vinnie - eu falava sussurrando tentando acordar o garoto que despertava lentamente. Muito lentamente.

- Vinnie, minha mãe! - falo um pouco mais alto e ele desperta.

- Deu merda? - ele pergunta desnorteado sentando na cama.

- Se você sair agora pode não dar. - digo apressando ele, pegando suas roupas em cima da poltrona e jogando pra ele. - Depois você devolve as minhas; vai pela janela! - aponto para a janela enquanto coloco meu shorts em pequenos pulinhos para não perder o equilíbrio.

- Ei. - ele fala antes de passar o corpo inteiro pela janela. - Você vai ficar bem?

Por alguns segundos eu demoro para responder. Eu não sabia, não sabia mesmo, mas não podia arriscar falar para Vinnie e fazer ele se preocupar com uma coisa que pode não acontecer.

- Claro, vai antes que ela perceba. - digo tentando o empurrar para fora mas ele me puxa pela cintura num movimento rápido e beija meus lábios num movimento rápido e.... curto.

Pouco. Muito pouco, não é justo não poder beijar a sua boca mais vezes, por mais tempo, sem tabu nem explicação. Só beijar aqueles lábios que deveriam ser considerados drogas viciantes e perigosas. Como seria senti-los no meu corpo, quais seriam as marcas, onde eles procurariam beijar? Que esses lábios me levem até o inferno mas deles eu não abrirei mão. Que esses lábios me falem as mais incríveis mentiras, que me traguem para um lugar preso numa órbita prazerosa e utópica de nada. Apenas seus lábios. Estenderia para cada parte do corpo de Vinnie, cada parte pecaminosa desenhada pelo diabo, e feita a propósito de vida própria, que esse resultado de todos os sete, oito, mil pecados viva livre em sociedade. Alguém o tire daqui.

E foi aí que...... Bom..... Fudeu!

- Tchau. - foi a única coisa que consegui dizer quando ele saiu do meu quarto pulando até o chão e desaparecendo pela rua.

Me recomponho do pensamento anterior e desço as escadas rapidamente.

- Tente comer com outra coisa mãe. - falo já sabendo da explosão.

- Não quero, cacete. - ela diz mexendo nos armários. - Por que não comprou? Mandei você comprar.

- Eu comprei! Não é culpa minha se você praticamente bebe geleia. - falo olhando para qualquer coisa menos a cara de possessa de minha mãe.

Regina não fala nada, apenas caminha até mim com uma raiva contida que eu nunca vi antes e com um movimento rápido sua mão está em meu pescoço, muito apertada, apertada o suficiente para que meus instintos de fuga me fizessem olhar para algo que eu pudesse usar para me safar. Nada ao meu alcance, então a minha mão encontra a sua na tentativa de tira-la dali.

- Para.... - é o que consigo dizer já sentindo a perda de ar.

Eu havia ensinado a tirar o ar de alguém em pouco tempo, caso ela precisasse. Use o indicador e o polegar para apertar as vias respiratórias logo abaixo do maxilar, e o resto dos dedos são usados para segurar a pessoa. Ela estava usando minhas lições contra mim mesma.

- Levante a voz de novo! Eu desafio! Diga sua puta!! - ela gritava e eu só consegui fechar os olhos.

Pense. Pense. Pense. Pense.

A falta de ar em meu cérebro me desfocava. Era natural que com a impossibilidade de circulação de ar, poucas coisas uteis surgiam na mente, principalmente em situação de desespero.

Minha visão ficou turva e meus tapas ficaram mais inúteis ainda. Era ali. Meu graciosíssimo fim. Menina morta asfixiada pela mãe na manhã de hoje, logo quando descobre estar apaixonada.

E de repente tudo ficou escuro. E eu caí no chão.

Depois disso não lembro de mais nada.

{Vinnie}

Estava andando de volta a minha casa, imaginando tudo o que havia acontecido nas ultimas horas. O sexo, a invasão na escola. Dou risada sozinho. Depois quando eu dormi em sua cama e acordei as cinco da manhã com um susto de algo que eu estava sonhando, mas logo vi Mason do meu lado, suspirando num sono lento, e logo voltei a dormir.

Estava lá pensando na vida e nessas coisas superficiais, bom eu estava me divertindo ao lembrar, mas eu estava distraído. Não percebi aquele carro preto atrás de mim, e depois as várias voltas que ele deu até eu passar por um lugar mais deserto, um capuz tampar a minha visão e alguém me puxar para dentro do veículo.

- Consegui! Acelera agora! - algum homem dizia.

Me debati e consegui socar a costela do que havia me pegado. Tentei tirar o capuz de minha cabeça quando ele me soltou, mas logo recebi um soco em meu nariz depois em meu estômago.

- Filho da puta! - o cara atrás de mim grita.

Ele mesmo partiu para cima de mim com mais raiva, minhas mãos estavam amarradas, tanto que só consegui o agredir com o cotovelo. Ele me derrubou no chão do que parecia ser uma combi, e começou a deferir socos em todo meu corpo. Pouco doía,
acho que era a adrenalina do momento me impedindo de sentir dor, mas eu sabia que estava machucado, e que estaria quase morto se conseguisse sair dali vivo. Depois de um tempo não consegui mais aguentar e apaguei no chão daquele lugar que fedia a jornal e tacos mexicanos.

{Vera}

Acordo em um lugar que eu não conheço. Não, espera.... Eu conheço sim. Estou no quartinho de descanso da minha gangue. O que?....

Levanto correndo e saio do quarto atrás de respostas, e quando saio do corredor, vejo olhares sobre mim, e alguns me perguntando como me sentia, mas eu os ignorei, precisa de Bea agora.

- Bea! - gritei furiosa. Nem sabia direito porquê estava brava, mas algo me dizia que se ela me resgatou, algo de bom não era.

- Acordou. Que bom, como está? - a serenidade em sua voz me irritava.

- O que tinha ido fazer em minha casa de manhã? - cortei o papo furado.

- Já entendi, quer respostas. Muito bem, fomos eu e mais dois homens atrás de você lhe informar um sequestro. - ela diz como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Quem foi sequestrado e quem foi a porra do sequestrador?! - esbravejei.

- The Crackers.... - ela fala a primeira parte e olha para mim como se analisasse se eu aguentaria a continuação.

- Desembucha, cacete! - me aproximo com os dentes trincados.

- Vinnie Hacker, senhora.

Puta
que
Pariu.

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TADAAAAAAAAA

amo vcs viu! vou tentar atualizar mais rapido depois disso viu. Beijão!

votem POOOOOOR FAVOOOOOR ❤️

clara

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