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(1/2).

{Vera}

Minha casa estava uma zona, cerca de dez homens tirando corpos do carpete da sala, minha mãe numa maca com soro intravenoso, Vinnie cuidando de alguns curativos na mão com a ajuda de Bork, Bea fazendo ligações e a equipe de limpeza a todo o vapor limpando qualquer rastro de sangue e digitais com amônia. O cheiro me deixava tonta e quase caí do banco onde estava sendo suturada várias vezes. Fora que eu fui atirada contra uma cadeira e sufocada até quase morrer.

- Já está terminando? - pergunto para a menina que suturava meu ombro. Ela parecia ter no máximo 20 anos, e mesmo assim já tinha habilidade com suturas rápidas e situações de estresse. Devia ter começado nova.

- Um ponto e já pode levantar, senhora. - ela diz me entregando um suco doce para ajudar na tontura.

Observo Vinnie se afastar de Bork e se sentar na poltrona do sofá, com o olhar distante. Trauma. Logo ouço o barulho da tesoura cortar a linha do último ponto, e nem deixo a menina me liberar quando levanto e vou em direção ao menino, mas ouço alguém tossindo.

Minha mãe acorda desnorteada e tenta se levantar da maca. Corro até ela.

- Vera!! - ela começa a gritar confusa. - Vera cadê você? - grita novamente se atrapalhando com os fios.

- Mãe! Estou aqui fique calma. - digo tranquilizando-a.

- Eles me tiraram da cama, filha... - ela fala pesadamente me chamando de filha. - Injetaram... acho que foi Valium.... Eu apaguei no mesmo momento, eu estava cansada do último turno na lanchonete.... Me desculpa.... - quanto mais ela falava, mais eu via que ela estava totalmente perdida.

- Não foi culpa sua, foi minha, você estará segura na sede, mãe. - falo fazendo ela deitar novamente e chamando um enfermeiro.

- Irei para a sede? De seu pai? Mas... - ela começa.

- É temporário enquanto eu resolvo esse problema.

- Desculpe, Vera, desculpe querida, não consegui te ajudar. - ela dizia embolada e agitada, negando com a cabeça. - estava tentando parar, fiquei uma semana limpa, eu tentei.... Eu tentei eu juro.

Ao ouvir aquelas palavras sinto uma lágrima ameaçar descer, mas o instinto protetor veio antes, e logo meu ódio formava planos para acabar com a porra da raça daqueles filhos da puta.

Não consigo responder antes do paramédico injetar um calmante e minha mãe ficar grogue de novo.

Saio andando o mais rápido possível até Bea, que desliga a ligação em seu celular e me olha tensa. Ela sabia oque minha expressão indicava.

- Quero tirar essa porcaria daqui. Minha mãe vai morar nos alojamento até segunda ordem. Mande a equipe terminar tudo e ir para a sede, essa gangue vai estar fora do mapa terça-feira.

Eu tinha três dias. Tempo o suficiente para aniquilar aquele lugar.

Vou para onde Vinnie está sentado e tento mudar minha postura, para não causar mais tensão.

- Hacker... - ele tem o olhar perdido quando olha pra mim. - Nós vamos para a sede. Lá você ficará seguro. Tem alguma família sua aqui na cidade que pode correr algum risco? - pergunto vendo ele tentar pensar, e logo apenas negar com a cabeça.

A quanto tempo ele está sozinho?

Afasto o pensamento quando ouço barulhos de motores. Lá vamos nós. Minha mãe foi levada em um carro preto discreto que conseguia carregar sua maca e eu e Vinnie subimos para meu quarto.

- Vou trocar de roupa e pegar uma coisa que preciso, eu tenho roupas masculinas naquela gaveta se precisar. - falo apontando e ele apenas se dirige até o armário.

Pego a chave da gaveta da minha escrivaninha e destranco-a vendo a pistola automática. Pego e checo as balas.

- Vai usa-la? - Vinnie pergunta com uma troca de roupas na mão. Não adianta disfarçar agora. - Vou, no meu mundo, quando isso acontece é preciso...

- Me deixe ajudar. - ele fala sério.

Por um minuto não sei oque responder.

- Vinnie eu não...

- Vera.... - ele começa. - eu vou ajudar.

Penso. Mas não tenho muito tempo. Prós e contras... Vamos Vera.... Ele me salvou, eu ja salvei ele, ele me perdoou... ele sabe, ele quer.... Porra Vincent.

- Tá, mas você não sairá de perto de mim. - pontuo. - Eu sou outra pessoa quando estou trabalhando, Hacker, espero que entenda que eu não vou mudar isso enquanto estiver lá. Naquele lugar eu sou a chefe, e estou comprando uma guerra perigosa, mas eu sei dos meus valores. Não vão foder com as pessoas que eu amo. - falo séria e ele assente mais sério ainda... ótimo. Lá vamos nós.

Antes de sair do quarto ouço movimentações e gritos. Depois ouço passos apressados nas escadas.

- Atrás da porta. - ordeno para Hacker que me obedece rápido e em silêncio.

Fico em posição mirando minha arma para a porta entreaberta. Respiro fundo soltando o ar pela boca lentamente. Meu dedo no gatilho. Os passos ficam mais claros e vejo a porta sendo aberta de supetão e minha pressão cai.

- MASON QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

fodeu.

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Oi xus

Eu vou soltar o segundo daqui a pouco, resolvi fazer uma mini maratona. Bjs lindes.

Batemos 10k eu to surtandoo obrigada meus amores!!!

Quem vcs acham q é?

Votem e comentem, adoro ver q as pessoas estão gostando.

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