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{Vera}

Acordo as 18 da tarde como planejado, na noite anterior eu havia tomado um remédio para dormir e acabei dormindo por 22 horas para conseguir ficar acordada por mais ou menos dois dias se precisasse. Visto minha roupa que consistia em uma legging grossa, um cinto para a arma e munição, uma espécie de cinto na coxa para amarrar uma faca de reserva, um top de ginástica e uma blusa preta compacta que não atrapalhasse meus movimentos. Amarro no cinto um par de luvas pretas para evitar deixar impressões digitais desnecessárias e pego minha balaclava rosa. Saio do meu escritório e encontro o galpão a todo o vapor, estações de carregamento e checagem de munição, preparação dos carros, rotas de fugas, computadores ligados e vigiando cada câmera civil, soldados se aquecendo e treinando  e etc. Tudo estava nos trilhos, eu precisava me acalmar.... Eu precisava de um cigarro.

Quando vou para o lado de fora do galpão encontro Vinnie e Emma dividindo o cigarro.

- Desde quando a senhora fuma? - indago surpreendendo os dois.

- Desde que eu vou participar de uma operação criminosa que vai colocar a vida da minha melhor amiga em risco. - Emma fala dando um trago e fazendo careta para o cigarro. Eu apenas dou risada e me viro pra Vinnie, que faz uma expressão indicando que não estava entendendo nada.

Eu mesma pego o meu cigarro e acendo enquanto observava o dia que já ia escurecendo. Não podia negar que estava mais nervosa que o normal, agora eu tinha razões para não poder perder, dessa vez eu tinha algo em jogo. Eu tinha eles. Ficamos em silencio por quase 10 minutos até que Bea aparece na porta do galpão e exige meu aval em algo sobre alguma coisa que sinceramente eu não tinha interesse em descobrir até que fosse extremamente necessário, ou seja, daqui a 30 segundos.

Duas horas depois eu anda estava resolvendo problemas. Eu pensava que eu tinha sido clara. Estava tão estressada que até o Wi-Fi caiu só para me tirar do sério. Iríamos sair daqui a pouco, no momento eram quase 10 horas, a festa começaria as onze de noite e iria se estender pela madrugada inteira. Bom, e tudo corresse como eu havia planejado, aresta ia começar e acabar num instante.

Quando tudo que eu podia fazer estava feito e só faltou dar a hora de sairmos, fui falar com Emma, chegar se estava tudo bem e se ela precisava de alguma coisa, e também para me certificar de que ela ainda se lembrava da promessa no dia anterior. Quando estava virando o corredor percebi uma conversa em cochichos e me fiz em silencio para ouvir, mas logo percebi que a voz era conhecida e pertencia a Emma:

- Só quero que tome cuidado, ok? - ela falava para alguém. - Eu sei que sabe fazer essas missões com o pé nas costas mas ainda assim quero que tome cuidado.

Com quem da gangue, Emma tem tanta intimidade para falar no tom preocupada dela? Vinnie estava se trocando e eu, bom, eu estou escutando a conversa.

- Emma por favor, eu estou acostumada a esse tipo de trabalho e nada vai dar errado, confia em mim. - aquela voz, eu também conhecia, conhecia muito bem. Bea.

Calma... o tom de preocupação de Emma não é o tom de preocupação dela comigo, elas não são amigas, elas mal se conhecem, não, elas se conhecem até demais.... Calma.... Jura?!?! Meu Deus a fofoca, depois de hoje eu e Emma temos muito o que conversar. Tratei de sair de sair correndo para não atrapalhar o momento e cheguei no meu escritório com um sorriso sapeca no rosto.

- Que sorriso é esse? O que você fez, Mason. - Vinnie me encontra na entrada da minha sala e eu dou risada.

- Descobri umas coisinhas e depois de hoje no bar eu te conto. - falo

- Vamos para um bar depois do assalto? - pergunta ele entrando comigo e sentando no sofá da sala.

- Claro, sempre tem bar depois de missões, é como todo mundo lida com o trabalho, você acha que essas pessoas são sóbrias? - pergunto e dou risada por que era verdade, meu pai bebia muito e eu bebo um pouco além do normal.

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