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O pedido de vcs é uma ordem!! FELIZ 1K!!!!!
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{Vera}

- Vinnie - digo sem conseguir controlar minha voz de choro.

- Ei, o que aconteceu?? - ele pergunta notando meu choro e parece preocupado.

- Vem me buscar por favor.... Estou em casa... não posso ficar aqui por favor... - digo chorando novamente.

- Calma calma, eu estou aí daqui a pouco, o que aconteceu? - ele pergunta e eu ouço um tilintar de chaves no fundo.

- Minha mãe e.... vem por favor... - digo sentando no chão.

- Estou entrando no carro..... Quer que eu fique em ligação com você? - ele pergunta e eu não respondo por um tempo.

- Não precisa, eu tenho que limpar tudo antes de você chegar. - digo com uma voz rouca.

- Quero que você me conte o que aconteceu. - ele fala do outro lado da linha.

- Vou contar. - digo e nos despedimos. - obrigada Vinnie.

Enquanto ele não chega eu tento recolher todos os caco que eu consigo com minha dor na barriga , e tento estancar o sangue do meu nariz com algodão.

Assim que desço para a sala ouço uma buzina e dou graças a Deus. Abro a porta e vou mancando para o carro preto de Vinnie. Ele já ameaça fazer perguntas mas a única coisa que consigo fazer é abraça-lo, e chorar em seu ombro, molhando sua camiseta.

- Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. - eu repetia e logo senti suas mãos em minhas costas.

- Está tudo bem. Vamos para o meu apartamento. - ele diz isso talvez por ter percebido que eu precisava me acalmar, mas não esperaria isso quando chegasse em seu apartamento. Afinal, fui eu quem liguei para ele 22:00 horas da noite chorando e pedindo para ele me buscar.

Como eu sou patética.

No caminho, tenho vontade de chorar de novo. Mas não vou. Sei que o menino está se coçando para me perguntar, então não irei fazer com que ele fique mais preocupado.

A viajem foi silenciosa e eu sinceramente não consegui pensar em nada, parecia que eu estava sob efeito de droga e eu estava em estado de alfa; sem noção do meu corpo ou da realidade. Eu apenas existia.

Estava tão aérea que nem percebi quando entramos na garagem, nem quando Vinnie tirou o cinto, apenas quando ele falou comigo, que eu "acordei".

- Vamos. - sua voz era suave, eu apenas obedeci abrindo a porta do carro e saindo.

Na melhor luz, Vinnie pode me ver por inteira. Sua expressão foi de surpresa, ele andou até mim como um raio e colocou as mãos em meu rosto. Eu só olhei para seus olhos castanhos e tentei não chorar. Seus olhar por sua vez começou a mudar, talvez ele tenha entendido algo, mas ele ficou profundo e escuro, seu maxilar trincou e sua respiração ficou pesada. Mas ele foi gentil ao falar.

- Vamos subir, por favor. - ele suplica. Eu concordo com a cabeça e entramos no elevador.

Chegamos a sua porta, Vinnie logo a destranca e me leva rapidamente para algum quarto.

- Senta. - ele diz indo no banheiro. Faço o que ele diz e sento na cama.

Logo ele volta com uma caixa branca e se ajoelha em minha frente, abre a caixa e pega gaze, anti-séptico, e algodão.

- Vamos te limpar. - ele fala e começa por minha perna. Em todo machucado, ele limpa, cura e cobre. Ele vai subindo para meus braços e depois para meu rosto, onde ele faz um curativo no machucado antigo que abriu. Quando finaliza, ele me olha nos olhos e se aproxima para beijar o curativo. Mas quando volta seu olhar para mim, vejo ódio, o mesmo ódio que eu senti a minutos atrás quando estava com minha mãe.

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