F༶U༶C༶K༶ U༶

10

{Vera}

- COMO ASSIM ELE MORREU?! - Emma grita e eu não podia revirar meus olhos mais forte.

- Ele. Não. Morreu. - Tento explicar pela vigésima vez esfregando minhas têmporas.

- Mas você...

- Emma, ele desmaiou por causa da prancha que bateu na cabeça dele, eu o ajudei, levei ele para a praia, o ressuscitei e...

- SE VOCÊ O RESSUSCITOU ENTÃO ELE ESTAVA MORTO! - ela grita no meio do pátio.

Olho para ela como se a criatura não estivesse mais chance de se recompor na sociedade intelectual.

- Desisto. - Digo pegando minha bolsa procurando a minha latinha de baseado.

Ela apenas bufa e não fala mais nada olhando em volta com cara de tédio.

Na minha bolsa tinha tudo! Menos a porcaria do meu baseado. Até que vejo meu celular vibrar na bolsa, com um número desconhecido estampado na tela.

- Alô? - na mesma hora que digo, Emma olha para mim.

- Infelizmente Princesa, não dá pra eu resolver isso sozinha, estou na frente da sua escola em um carro preto, se você não aparecer, vou deixar aquela gangue se dirigir sozinha. Quer ver quanto tempo dura? - Era Bea.

- Porra! - exclamo chamando a atenção de algumas pessoas no pátio no horário do recreio.

- Vera...

- To indo caralho, não me enche! - digo arrumando minha mochila do jeito que dava para arrumar com uma mão só.

Desligo o celular e olho para Emma.

- Vou embora. - digo com um sorriso amarelo.

- Desde que me prometa que vai me contar depois. - ela diz calma porém está de braços cruzados me encarando fixamente.

- N...Não vai dar. - Digo com medo de sua reação.

- Então boa sorte tentando ir embora dessa escola Vera Mason.

Olho para ela meio confusa. Me levanto do chão onde estávamos sentadas; ela percebe o que vou fazer e arregala os olhos, descruza os braços. Mas antes que ela pudesse levantar, eu saio correndo em disparada. Sempre fui mais rápida que ela.

- SUA FILHA DA PUTA VOU COLOCAR VIDRO NA SUA COMIDA! - Emma grita atras de mim me fazendo rir muito.

Saio da escola despistando o zelador e encontrando o carro preto na frente da escola, adentro o mesmo e olho para Bea. Eu estava ofegante.

- Vamos logo. - digo sem mesmo a cumprimentar.

- Você que manda. - ela da uma pequena risada e arranca com o carro potente.

Bea dirigia rápido, mas eu já estava acostumada, eu dirigia assim quando precisava. Éramos treinados para isso.

O prédio da gangue não era longe da escola, mas de fachada, ele era abandonado. Descemos do carro e caminhamos para dentro sem dizer uma palavra. Fazia tempo que eu não vinha aqui, quando eu entrei, logo chamei a atenção dos que trabalhavam para mim. Alguns me cumprimentaram, outros apenas me olharam.

Logo cheguei no escritório e vi Sav sentado em uma cadeira a frente da minha mesa.

- O que você está fazendo aqui, Sav? - pergunto com uma cara de surpresa.

- Vai querer ouvir o que ele tem a dizer. - Bea, como sempre, responde com o seu ar de assassina a sangue frio.

Reviro os olhos e sento na cadeira.