Tus ojos

18

CHRISTOPHER

Se eu tinha alguma dúvida que Dulce me desejava, ela acabou naquela chamada no skype. Depois que ela se despiu e se tocou pra mim, ficou claro como ela sentia desejo assim como eu.

Tinha passado a semana toda fantasiando o que tinha por baixo daquele robe, Dulce parecia empenhada em me provocar, todas as reuniões aparecia com aquela maldita peça de seda, mas nunca tirava devido a Alfonso está presente nas reuniões, até que um dia eu não aguentei e o dispensei só para ver o que ela faria e ela me surpreendeu.

Pensei que ia morrer quando ela tirou a camisola vermelha para mim e revelou um belo par de seios, eram grandes, mas sem exagero e aqueles mamilos rosados? Imaginei um milhão de vezes como eles ficariam duros na minha boca. E quando ela se tocou cheguei em um limite excitação que achei que não era possível, eu queria uma noite com aquela mulher e eu iria conseguir.

Apesar de ter se soltado, ela ficou envergonhada do que fez e desligou de forma abrupta a ligação do Skype. Decidi não fazer mais videoconferência essa semana, a fim de não assusta-la, então apenas penas mandei dúvidas ocasionais por e-mail.

Poncho: Christopher? Christopher? - Falou estalando os dedos na minha frente

Christopher: Sim?

Cristian: Você não ouviu nada do que a gente falou não é? - Meu amigo, essa mulher virou mesmo a sua cabeça, só vive distraído...

Christopher: Não fala besteira Cristian, tudo que eu quero daquela mulher é apenas uma noite para acabar com esse maldito desejo

Cristian: Se você diz... - levantou as as mãos em sinal de rendição

Poncho: Bom, vamos ao que interessa. Porque nos chamou aqui Uckermann?

Chistopher: Estou voltando a Nova York amanhã, há uns papeis que precisam ser assinados o quanto antes

Cristian: Esses papeis, quem vai te dar para assinar é Dulce? - falou com um sorriso deochado

Vi Poncho segurando riso, bufei e disse: Vocês não vão me deixar em paz mesmo com essa história não é?

Cristian: com certeza não, nunca te vimos tão fascinado por uma mulher Christopher, é algo inédito...

Chistopher: Vamos acabar com essa história, eu não estou apaixonado por ela - Já vou indo, preciso arrumar as maladas para viajar.

Me despedi de Poncho e Cristian, eles eram meus únicos amigos, pois sabiam quem eu verdadeiramente era e tudo sobre meu passado, mas ás vezes eles enchiam a minha paciência. Sei que o que sinto por Dulce é diferente, não sei explicar, mas dizer que eu estou apaixonado é demais, isso é coisa de adolescente...

Fiz a minha mala e me dirigi ao aeroporto, eu iria surprendê-la de forma que não fosse possível ela fugir de mim. Eu já tinha em mente o que fazer, só de pensar fiquei com uma semi-ereção, droga. Que merda de efeito é esse que essa mulher tem em mim? Já fiquei com tantas nesses últimos 7 anos e nunca senti nada parecido, nem com aquelas que mantive algo mais duradouro.

Se eu não conseguir o que eu quero amanhã, eu vou trazê-la ao Brasil. Eu sou sócio marjoritário e posso exigir que ela venha, pois sendo funcionária não terá opção de recusar. Eu nunca misturei trabalho e prazer, não dessa forma, mas com ela eu não consigo evitar todas as armas que estão ao meu favor, algo me diz que Dulce vale muito a pena

Enquanto estava no táxi, fiquei admirando a vista da janela e tudo que eu consegui imaginar foi Dulce, com um biquini deitada na aréa bem branquinha dessas dunas e meu corpo em cima do dela... Eu preciso conseguir o que eu quero logo ou vou enlouquecer com certeza

Finalmente, depois de horas de voo eu cheguei a Nova York, fui direto para o hotel, pois acordaria cedo para colocar meu plano em ação. Tomei banho, fiz uma refeição rápida e adormeci. Despertei ás 5:00 da manhã, perfeito, eu iria me infiltrar na sala de Dulce antes de começar o expediente, trancaria a porta e ela não teria como escapar

Optei por um terno preto com uma gravata verde que combinava com os meus olhos, eu só conseguia pensar o quanto eu queria amarrar Dulce com ela e fazer tudo que me desse vontade com aquele corpo, será que ela aceitaria? Com a abordagem certa, eu acho que sim.

Tomei meu café da manhã com calma e as 7:00 eu já estava dentro da sala dela. Quero ver a coragem dela quando me ver aqui, vai querer fugir com certeza, mas dessa vez eu não vou deixar.

Ás 7:30 ela entrou na sala e deu um pulo quando me viu sentado em sua cadeira. Ficou com a mão no coração respirando de forma ofegante, quando se acalmou conseguiu dizer: Algum problema senhor Uckermann? - ela era boa em fingir indiferença. Até então, eu não havia percebido que a assistente do senhor Lyle estava com Dulce, ela esboçou um sorriso timido e me cumprimentou: Bom dia, senhor Uckermann. - Bom dia Katie, poderia me deixar a sós com a senhorita Espinosa? Temos uns documentos sigilosos para discutir, só interrompa se for muito urgente. Vi quando Dulce lhe lançou um olhar de súplica e Katie lhe deu um sorriso de "ele é o chefe o que posso fazer?"

Katie: Claro senhor Uckermann, com licença- saiu e fechou a porta

Dulce ficou me olhando espantada, com certeza não esperava me ver aqui hoje. Afinal, ainda faltavam 15 dias para eu retornar. Antes que ela pudesse sair correndo, eu disse apontando a cadeira a minha frente: - Sente-se, senhorita Espinosa.

Ela engoliu seco e disse: Não precisa, estou bem aqui. Acredito que o senhor não vai demorar, pois eu tenho muitos relatórios para revisar hoje. - Você ainda não entendeu que eu sou o chefe não é? Eu disse e ela me olhou assustada

Mas eu vou te lembrar, hoje você não irá fazer isso, porque o que eu quero fazer com você requer bastante tempo...

Dulce arregalou os olhos e eu quase ri, mas me segurei. Acrescentei: O que foi? Achou que eu simplesmente ia deixar passar a provocação que me fez na videoconferência, ou não me diga que só é corajosa em frente as câmeras só porque estávamos a muitos Km de distância?

Ela finalmente resolveu se sentar, então eu levantei tranquei a porta e fechei as persianas das janelas. Ela perguntou com um ar de iritação - O que está fazendo?

Christopher: nos dando privacidade...

Dulce: Para quê senhor Uckermann? Isso não é nada profissional, é assédio...

Christopher: Bom Dulce, primeiro vamos acabar com as formalidades, me chame de Christopher e depois eu acredito que o que você fez na nossa pequena reunião também não foi profissional, certo? Ela ficou muito vermelha e confessou: eu fiz aquilo porque achei que se fosse fácil como as outras mulheres, o senhor me deixaria em paz... Ela me olhou e vendo que eu não ia desistir, levantou-se e disse: se você não sai, vou eu.

Consegui chegar na porta antes dela e fui chegando mais perto, cada vez que eu dava um passo para a frente ela dava outro para trás, até que esbarrou na mesa e não teve mais saída. Eu a suspendi e a sentei na mesa e ela deu um gritinho de surpresa, me coloquei entre suas pernas, mas sem encostar e sussurrei no seu ouvido: terceiro Dulce não é assédio se as duas pesssoas querem, não se preocupe que não para mim significa não... jamais te forçaria a nada