CHRISTOPHER
Desde o dia que eu peguei Dulce na sala dela o desejo que eu sentia só aumentou, tentei sair com outras mulheres, confesso que transei com tantas que perdi as contas, mas eu só conseguia pensar nela, de como se entregou a mim, suas expressões e gemidos enquanto eu a tocava com a minha língua. Eu estava investindo pesado nas provocações, eu a deixei pensar que voltei para a América Latina, afinal, ela não sabe o país em que a nova filial está sendo inaugurada, pois é um sigilo necessário para que as negociações deem certo. Eu não queria correr o risco de alguém fazer uma oferta melhor e conseguir as ações da empresa.
Mandei a última mensagem para Dulce a uns 30 minutos e ela não me respondeu, me peguei rindo sozinho, isso significa que estou atingindo meu objetivo. Consigo imaginar ela lendo as mensagens e ficando vermelha daquele jeito que só ela sabe. Não aguentando de ansiedade eu liguei para ela, eu não conseguia entender essa urgência que eu tinha dessa mulher.
O telefone chamou duas vezes antes que ela atendesse irritada: - Oi Senhor Uckermann, o que deseja?
Eu ri baixinho, ela bufou e eu disse: Tem certeza que você quer saber? Eu posso te mostrar agora mesmo indo a sua sala
Dulce: Você sabe que não foi isso que eu quis dizer, algum assunto de trabalho ou eu posso desligar?
Christopher: Estou te avisando Dulce, se desligar na minha cara eu vou aparecer aí e vai ser pior para você
Ela suspirou e falou em tom de súplica: O que você quer de mim?
Christopher: Eu já te disse, eu quero uma noite com você e te deixo em paz
Dulce: E eu já te disse que não quero ser mais uma na sua cama- exclamou entre dentes. Se não há nada mais para discutir, posso desligar chefe? Disse a última palavra em tom de deboche
Christopher: Tchau Dulce. Ela nem respondeu e desligou. Essa mulher não entende que quando ela aje desse jeito me deixa mais excitado e interessado nela. Pode até ser a adrenalina do jogo, da caçada, já que eu nunca tenho que convecer ninguém a ficar comigo
Eu resolvi trabalhar em um escritório improvisado no meu quarto de hotel. Eu estou surpreso com a minha determinação em Dulce, eu canso facilmente das mulheres, não me envolvo e nem me preocupo com os sentimentos delas. Eu sempre deixo bastante claro que desde o início a única coisa que eu quero é sexo sem compromisso
Até mesmo as minhas submissas sabem que mesmo que eu tenha responsabilidades com elas, esse limite não ultrapassa a linha de sentimentos, pois são questões discutidas anteriormente. E pouco tempo depois eu as deixo com uma boa quantia em dinheiro e procuro uma nova aventura, mas nunca me senti satisfeito com mulher nenhuma, é como se faltasse algo mais
No fundo, bem lá no fundo, eu tenho que admitir que já me peguei pensando em Dulce em situações comuns do cotidiano como preparar o café da manhã na cozinha da minha casa depois de uma noite alucinante de sexo
Sinceramente não sei como isso funcionaria já que nunca estive em um relacionamento normal com alguém. Tento afastar esses pensamentos pois eu não sou assim, repito para mim mesmo que assim que passar a noite com ela isso tudo terá fim e eu vou voltar para a minha vida normal
Os dias se passam lentamente, eu estou extremamente impaciente, fazem 10 dias que eu estou em NY e ainda não consegui fazer Dulce ir para a cama comigo. Estou ficando frustrado, nunca precisei ir atrás de uma mulher e essa é difícil, sei que ela me quer mas resiste a cada investida que eu dou. Apesar do cansaço eu nunca estive mais determinado a conseguir o que eu quero. Murmuro para mim mesmo: - Me aguarde Dulce...
Passei o dia todo tentando trabalhar, mas perdi as contas de quantas vezes me peguei imaginando ela na minha cama, em todas as posições que se possa pensar. Olho para a cabeceira e imediatamente penso em como seria bom poder amarrar os seus pulsos e fazer o que eu quisesse enquanto ela gritaria meu nome
Olhei no relógio e eram 16:00, tomei um banho, escovei os dentes, coloquei um terno preto elegante e uma gravata vermelha. Passei perfume na quantidade adequada, peguei minhas chaves e me dirigi para o escritório. Quando estacionei na frente da empresa eram 17:00 e o expediente tinha acabado, pude ver várias pessoas deixando o prédio e torci para que ela não estivesse indo embora, quando eu vi o senhor Lyle e sua secretária saindo do prédio dei um sorriso malicioso e saí andando a procura do elevador de serviço, assim eu diminuía a possibilidade de ser visto
O elevador se abriu e eu sai andando em passos largos até chegar a porta de Dulce, pensei em bater mas acabei entrando sem permissão. Ela nem me olhou, estava tão absorta analisando documentos que nem viu quando entrei. Ela levantou os olhos e deu um pulo da cadeira com a mão no coração e acabou de bunda no chão. Olhou para mim irritada e exclamou: Está tentando me matar senhor Uckermann?
Eu ofereci a minha mão e ela aceitou, imediatamente eu a puxei colando nossos corpos e susurrei no seu ouvido: Quero te matar, mas só se for de prazer Dulce. Ela se arrepiou inteira e eu percebi o quanto estava afetada por mim. Antes que ela pudesse se afastar eu a beijei de forma calma e exploratória e eu diria surpreendentemente apaixonada. Eu tenho que admitir que sinto algo diferente quando estou com ela, é como se nunca fosse cansar de beijá-la
Nos separamos sem fôlego, ela encosta a sua testa na minha e fecha os olhos como se tratasse uma batalha interna. Então eu sussurrei: Vamos Dulce, apenas uma noite, por favor. Ela se afastou e me olhou nos olhos, pude ver o quanto ela me queria.
Mas ela não disse nada, então eu a beijei de novo, de novo e de novo até nós dois ficarmos sem fôlego. Eu não estava me reconhecendo, a essa altura eu já teria transado 2 vezes nesse tempo, mas com ela beijar no momento estava sendo mais que suficiente, e ela também não parecia com pressa para me largar
Eu toquei seu rosto para que ela olhasse para mim, comecei a implorar para que ela me desse o que eu estava pedindo. Após uns segundos de silêncio, como se pudesse ver a súplica nos meus olhos ela finalmente disse: Uma noite?
Eu susurrei em seu ouvido: Uma noite
Ela engoliu seco e exclamou: Tudo bem, mas não aqui e não hoje
Christopher: Quando?
Dulce: Sexta à noite- Eu assenti com a cabeça
Meu peito se encheu de algo que eu não soube explicar mas eu me sentia feliz
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Tus ojos
FanfictionDulce Maria Saviñon era apenas uma jovem de 23 anos que acabara de se formar em uma faculdade de administração, com sua mãe falecida em decorrência de um grave acidente de carro ela ficou seu pai nos Estados Unidos. Porém, a vida torna-se um pesadel...