DULCE

Eu estava ofegante e sem acreditar no que acabara de acontecer. O senhor Uckermann me enlouquece, tira toda a minha sanidade, é só ele chegar perto e eu perco o controle sobre mim. Mais uma vez quase transamos no escritório, nunca passou pela minha cabeça fazer algo assim no ambiente de trabalho, mas confesso ter ficado excitada com a possibilidade.

O senhor Uckermann me pediu apenas uma noite, mas não e se devo. Tenho sentimentos desconhecidos por ele, cada dia mais me pego pensando nele, o que só piorou depois que ele me fez gozar na sua boca. Só de lembrar a língua dele na minha boceta eu já fico molhada, foi a primeira vez que um homem me deu um orgasmo e nossa...não sabia que seria tão bom desse jeito.

Eu queria mais, a vontade que eu tenho é de dizer sim para ele. Mas e depois disso? Como vamos trabalhar juntos? O desejo vai diminuir? São muitas perguntas sem respostas, mas eu sei que ficaria arrasada caso uma noite fosse o suficiente para ele. Começo a pensar de novo em viajar para o Brasil e conhecer minha tia e prima, mas por outro lado eu não posso largar as coisas aqui. Me lembrei que nunca mais tinha entrado em contato com o detetive Wesley para saber sobre o andamento da investigação do assassinato do meu pai e resolvi falar com ele.

Wesley: Alô?

Dulce: Oi detetive Wesley, é a Dulce

Wesley: Oi senhorita Espinosa, em que posso lhe ajudar?

Dulce: Liguei para saber o andamento da investigação

Wesley: Eu não sei nem como te falar isso- disse nervoso

Senti meu coração bater descompensadamente e perguntei com cautela: O que houve detetive Wesley?

Wesley: O caso do seu pai foi arquivado

Dulce: O QUÊ? Não pode ser que esse assassino sairá impune- falei irritada

Wesley: Olha, deve ter sido alguém muito poderoso que interviu no caso, pois meus superiores disseram que para minha segurança era melhor eu ficar calado. Eu sinto muito Dulce, eu não pude fazer nada para impedir - disse com um tom triste

Dou um suspiro cansado e digo: Tudo bem, eu sei que você fez o melhor que pode. Até mais detetive Wesley e obrigada por tudo

Wesley: Por nada. Dulce?

Dulce: Sim

Wesley: Escute meu conselho fique fora disso, sei que era seu pai, mas não vale a pena correr o risco. Me desculpe se estou intervindo mas se é alguém com muito poder ele não vai exitar em te destruir

Dulce: Eu vou pensar... Tchau

Após a ligação eu fiquei apreensiva, quem será esse alguém tão poderoso que está interessado em encerrar a investigação? Eu não sabia a resposta e apesar de querer descobrir eu precisava fugir de tudo isso aqui por um tempo para pensar com mais clareza e tomar uma decisão racional.

Eu me lembro que o Senhor Lyle estava abrindo uma filial no Brasil, talvez os meus serviços sejam úteis nessa empresa e eu não fique afastada totalmente do trabalho. Respirei fundo e resolvi ir ao seu encontro, tomei coragem e bati na porta.

Toc toc toc

Lyle: Entra

Eu adentrei em seu escritório e ele estava absorto analisando uma papelada, subiu os olhos que se iluminaram ao me perceber em sua sala

Lyle: Oi Dulce- disse sorrindo- ao que devo o prazer da visita?

Dulce: Er...er...é que ... eu... Ele riu

Lyle: Calma Dulce, não precisa ficar nervosa- falou de um jeito brincalhão

Dulce: É que fico meio sem jeito de pedir para me ausentar da empresa em tão pouco tempo- eu corei- descobri que tenho família no Brasil, eu gostaria muito de conhecê-la. O senhor sabe que eu só tinha meu pai, dei um suspiro triste. Acrescentei: - Mas não será férias, não deixarei de trabalhar, inclusive eu posso dar expediente na empresa do Brasil

O senhor Lyle me encarou com uma expressão pensativa e exclamou com um sorriso: - Excelente ideia Dulce, eu ia mandar você na viagem daqui a mais ou menos quatro meses, mas fico feliz que tenha se adiantado, pois isso irá acelerar o processo de instalação da filial no Brasil

Dei um suspiro de alívio e falei: Que bom que gostou da ideia senhor Lyle. Quando posso ir?

Lyle: Eu acredito que duas semanas é suficiente para organizar as coisas aqui na empresa e no Brasil para receber você, afinal ficará em uma acomodação da corporação Lyle. Mas tenho que te avisar Dulce, será uma viagem com um longo tempo de ausência de Nova York, você está preparada para isso?

Suspirei e disse: - Sim, eu não tenho nada mais que me prenda aqui a não ser essa empresa que se tornou minha segunda casa- dei um sorriso tímido

O senhor Lyle sorriu para mim e exclamou: Ótimo, então se prepare para uma temporada no Brasil.

Eu sorri e me dirigi até a porta, entrei na minha sala e encarei a tela do computador me perguntando se eu tinha feito a melhor escolha para a minha vida naquele momento, mas eu precisava de respostas que talvez a minha tia e prima tivessem

Acordei sobressaltada com uma mensagem no meu celular

Christopher: E aí Dulce, já tem a resposta para a minha proposta?

Só de ver o nome dele na tela o meu coração começou a bater descompassado. A verdade é que eu já tinha pensado nisso dezenas de vezes, eu queria dizer sim mas não podia fazer isso comigo. Pela primeira vez eu sei que eu sofreria quando ele fosse embora da minha vida. Antes que eu pudesse responder chegou outra mensagem no meu celular

Christopher: Se você não me responder eu vou aparecer no escritório - colocou um emoji do diabinho

Eu arregalei os olhos e peguei o celular para responder antes que ele aparecesse e complicasse ainda mais as coisas

Dulce: Eu já pensei e a resposta é não- tentando me convencer que era o certo a se fazer

Ele digitou uma mensagem em resposta: - Eu quero ver você manter a determinação quando eu aparecer na sua sala

Só de ler isso a minha mente viajou para o momento em que ele estava com a cara entre minhas pernas e eu corei. Senti o calor subir pelo meu corpo e aquecer meu coração. Naquele momento eu percebi que eu queria muito mais do que só apenas sexo com o senhor Uckermann, era isso eu tinha me metido na pior situação possível, estava apaixonada pelo meu chefe que troca de mulher como troca de roupa.

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