Twenty Five

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Billie

Não tem ninguém em casa. Mesmo assim, tranco a porta do quarto antes de tirar as duas folhas de papel da mochila. Eu as abro em cima da mesa e passo o dedo pelas dobras.

Depois de digitar o número de ativação na parte de trás do cartão de telefone, começo ligando para B.J. Simpson. Uma secretária eletrônica atende e diz que é a casa de Bobby e Janice. Desligo rápido e risco Simpson, B.J. com um lápis.

O número seguinte é de uma senhora que fica convencida de que sou a neta dela. Demora cinco minutos até ela me deixar desligar. Eu devia ter comprado o cartão de dez dólares.

Em seguida vem Simpson, B.W. Sigo os passos do cartão e disco o número.

Uma mulher com a voz cantarolada atende.

- Alô?

- Oi - digo. - Posso falar com Bradley?

- Junior ou Sênior? - pergunta ela.

Aperto o fone contra o ombro, enxugo as mãos suadas no short e limpo a garganta.

- Junior, por favor.

- Meu sobrinho está morando com a mãe agora.

Pense rápido, Billie.

- É, eu sei - respondo. - Não consegui encontrar o telefone dele, e achei que podia ser este.

Silêncio na outra ponta da linha.

- Como é mesmo o seu nome? - pergunta a mulher.

Penso na possibilidade de inventar um nome, mas já estou nervosa demais na situação atual.

- Meu nome é Billie. Somos amigos da escola.

- Brad realmente tem muitas amigas. Você pode anotar?

Ela dita o número, e vou anotando na margem da cópia da lista. Nós nos despedimos, eu desligo e fico olhando para o telefone do meu futuro marido.

Algumas pessoas esperariam. Ariana, por exemplo, iria avaliar a situação com muito cuidado. Pesaria todas as opções e então ligaria para David, para pedir a opinião do irmão. Eu, por outro lado, só viro o cartão telefônico e começo a discar.

- Alô? - É uma voz de homem.

- Bradley?

- Não, é Mike. Espere um pouquinho.

O fone é largado. Tem uma televisão ligada no fundo e também alguma outra coisa que pode ser um liquidificador. Mike que, acredito, deve ser meu futuro cunhado, grita para chamar Bradley e depois diz:

- Como é que eu ia saber?

O liquidificador para de funcionar. Passos se aproximam do telefone, e então uma voz de homem diz:

- E aí?

- É Bradley quem está falando? - pergunto.

- Quem é?

- É Billie - digo, abrindo um sorriso enorme. - Nós nos conhecemos em uma festa... há pouco tempo.

Seguro a respiração e torço para que Bradley tenha ido a uma festa em algum momento dos últimos trinta dias.

- Na festa de Jenny Fulton? - pergunta ele.

Solto a respiração.

- É. Na casa de Jenny.

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