Fifty Seven

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Billie

Ariana se sentou no banco e eu fechei a porta, fazendo o mesmo.

— Obrigada por ter convencido meus pais, eles estão na minha cola.

— Estavam apenas preocupados com você. Eles só queriam que eu desse confiança e foi o que eu fiz, igual a antes.

Eu sempre protegia e amenizava o lado dela, quando nossos pais descobriam alguma travessura nossa. Ela sempre pareceu ter mais maturidade, mas eu sempre fui meio lerda.

Passei na casa de Dinah, que ficou feliz em ver Ariana ao meu lado, e fomos conversando no caminho. Dinah estava deslumbrante, sempre está.

O caminho até a casa do Rick demora uma eternidade. Dirijo mais devagar quando chego ao trecho de terra, em parte para evitar buracos e em parte porque não estou nada contente de ser arrastada para esta fogueira. Sei que Dinah tem alguma coisa em mente. Ela não ia me obrigar a vir aqui para nada.

Dinah podia ter ido com Normani de caminhonete ou pegado o carro que divide com a mãe. Mas ela quis que eu viesse junto. E, por saber que talvez haja uma gravidez no futuro próximo, cheguei à conclusão de que essa fogueira à beira do lago é um lugar importante para ficar de olho nela.

Tive uma visão ontem a noite, eu vi Ariana e Hailee indo para a fogueira Juntas, os pais dela faziam questionamentos sobre um futuro relacionamento.

Não sei se era uma visão ou um distúrbio, primeiro com Keana, agora com elas?

— Ontem eu estava elétrica!– Diz Dinah no banco de trás. — Cheguei em casa, tomei um banho e agora estou me sentindo totalmente renovada.

Nós nos aproximamos de um terreno de cascalho cheio de carros estacionados.

— Só uma hora, certo? — pergunto.

— Uma hora — responde Dinah. — Damos um oi, sentamos um pouco perto da fogueira e, se você ainda estiver odiando, podemos voltar para sua casa e assistir a um filme.

— Eu também não quero demorar muito...– Ariana sussurrou e Dinah a encarou.— Não estou no clima.

— Mas você vai se divertir pequena, pode deixar.

Paro atrás de um monte de carros. Alguns garotos estão rondando a cerveja, mas a maior parte das pessoas caminha na direção de uma trilha de terra que atravessa os pinheiros.

Dinah aponta para um espaço vazio à direita.

— Estacione ali.

Ao mesmo tempo, percebemos que isso vai nos deixar a duas vagas de distância do conversível de Hailee. Quando os pneus de uma caminhonete rodam no cascalho atrás de nós, Ariana e eu olhamos no espelhinho do lado dela.

— A caminhonete de Normani! — Diz Ariana. — Vamos parar do lado dela em vez daqui.

Faço a manobra e paro ao lado de Normani. Tem um aluno do último ano no banco do passageiro e outro na caçamba, ajeitando uma pilha de lenha.

— DJ! — diz Normani, pulando para fora da cabine. — Oi, meninas!

Ariana e Dinah descem do carro, eu faço o mesmo.

— Ei! Nós já temos nomes — diz. — Com duas sílabas.

Os alunos do último ano dão tapas nas costas de Normani; então, cada um pega uma braçada de lenha e sai na direção dos pinheiros.

Normani vai até a traseira da caminhonete e junta uma pilha de lenha.

— Querem ajudar? A caminhada até as fogueiras é curta.

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