12° capítulo

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Y E O S A N G

quase que agradeci por ter desmaiado. podia não ter acordado mais. pelo menos enquanto estava desacordado, não sentia a dor de todos os chutes que levei por todo o meu corpo. acordei no hospital e não levou muito tempo para começar a sentir todo o corpo dorido.

— oh, já acordou menino yeosang. - vi a enfermeira entrar no quarto, espreitando primeiro para ver se eu estavas acordado. - como se sente? chegou ontem ao hospital com alguns hematomas pelo corpo e com duas costelas partidas.

olhei para o meu peito e toquei, sentindo uma leve dor com o ato. quem me bateu fez questão de deixar marcas. tinha algo envolvendo o meu peito, como uma espécie de curativo. só me passava pela cabeça "porquê eu?".

— eu sinto-me dorido. o meu corpo inteiro dói. - falo baixando a cabeça. não gosto de vir ao hospital e falar com médicos ou enfermeiros, sinto-me desconfortável. - desculpe, pode me dizer quem me trouxe para aqui?

— ahm, chamaram a ambulância, eu não estava lá, peço perdão. mas com certeza que a pessoa que te socorreu virá te visitar. - ela sorriu para mim, provavelmente querendo me passar uma sensação de conforto. - aliás, o menino conhece ou consegue identificar quem lhe bateu? se conseguir, pode apresentar queixa.

baixei ligeiramente a cabeça e suspirei. eu não me conseguia lembrar de quem o tinha feito, era de noite e, da forma violenta com que fui abordado, nem deu tempo para olhar como deve de ser para o agressor. mas de uma coisa eu tinha a certeza: eu conhecia a pessoa que me bateu.

— lamento, eu de facto não me consigo lembrar. - falo com sinceridade. - mas ontem de noite eu vinha acompanhado de... de um amigo. se ele não estiver na mesma situação que eu, talvez ele saiba quem me deixou neste estado.

— oh, e posso saber quem é o seu amigo? se me disser, eu posso lhe dizer se ele deu entrada no hospital. - a enfermeira parecia realmente muito cuidadosa e preocupada. assim até me sentia mais confortável para responder às suas perguntas.

— Park Seonghwa. - respondo e ela, olhando para uma folha que tinha mas mãos, fez que não com a cabeça. - oh... fico feliz por ele estar melhor que eu então.

— tenho a certeza que ele virá visitá-lo mais tarde então! - ela sorriu, o que fez surgir um pequeno sorriso no meu rosto também. - bom, tenho de ir menino kang, se precisar de alguma coisa, é só carregar no botão que eu ou um dos meus colegas virá ajudá-lo.

abanei a, cabeça de forma afirmativa e em seguida ela se retirou do quarto me deixando sozinho.

não queria pensar muito naquela situação, estava dorido da cabeça aos pés e era desagradável demais, por isso decidi deitar-me novamente e tentar dormir. pelo menos enquanto dormia, não sentia a dor e a ansiedade para saber se o seonghwa vinha me visitar.

{...}

acordei umas horas depois. a soneca realmente me fez bem, mas acordei ao sentir a presença de alguém no quarto. virei o meu corpo, tendo a visão do outro lado do quarto e, consequentemente, do seonghwa sentado no cadeirão que ali havia.

— hwa... vieste. - falo com uma voz sonolenta e me sentindo feliz por ele ter vindo me visitar.

— yeosang, finalmente acordaste! - ele sorriu para e se levantou do cadeirão. - como te sentes? muitas dores?

levantei o meu tronco e me ajeitei na cama para que pudesse ficar sentado e depois tornei a olhar para ele.

— ainda tenho algumas dores, mas estou melhor do que estava há umas horas atrás. - respondo, começando a brincar com o lençol pois me sentia nervoso. sabia que ele ia começar a fazer perguntas. mesmo que fossem perguntas simples, ficava sempre incomodado com elas.

— lamento imenso yeo... eu queria ter te protegido, mas não consegui, sinto me horrível por isso... - ele, baixou a cabeça e confesso que senti uma certa pena dele.

— hey, hwa. - ele tornou a olhar para mim e então continuei. - não vale a pena se culpar por isso tá? não foi culpa tua. tenho a certeza que estaria pior se não fosses tu.

um pequeno sorriso surgiu no seu rosto, oque me deixou feliz. eu realmente não queria que ele se culpas se, tenho a certeza que ele fez os possíveis. eram dois agressores, então não seria assim tão fácil me proteger. foi muito de repente, nenhum de nós estava preparado para se defender. mas agora tinha de fazer a pergunta que já queria fazer desde que a enfermeira saiu do quarto.

— seonghwa, tu conseguiste perceber quem eram as pessoas que nos abordaram? a pessoa que me deixou neste estado? - perguntei, esperançoso de que ele soubesse.

ele ficou calado. parecia nervoso? não sei, mas hesitou  a dar a sua resposta. pareceu-me um pouco "suspeito", mas preferi não entrar nas minhas paranoias naquele momento.

— não... não consegui identificar nenhum deles. estava escuro, lembra? - finalmente ele me respondeu, apresentando uma voz mais baixa do que o costume. eu não conheço assim tão bem o seonghwa, mas qualquer idiota desconfiaria da resposta, certo? - mas isso agora não é importante, pois não? o importante é que já estás melhor, provavelmente tens alta ainda hoje.

apenas soltei um pequeno "hm", já que continuava desconfiado devido à sua resposta não tão credível. entretanto, a enfermeira bateu na porta  entrou, dando pela presença do seonghwa e sorrindo.

— já vi que sempre teve uma visita menino yeosang, eu disse que alguém viria. - ela falou no tom amigável, o mesmo de quando me tinha vindo ver de manhã, mas desta vez um pouco mais cansado. deve ter sido um dia duro para ela. ainda assim ela sorria. - vim avisar que foi lhe dada alta. como já vi que tem um acompanhante que o pode levar, basta passar pela receção para assinar um papel e passarem alguns medicamentos, tudo bem?

ambos fizemos que sim com a cabeça e ela tornou a sair do quarto, deixando-nos novamente sozinhos.

— anda. - ele estendeu a sua mão para me ajudar a levantar. - vamos sair daqui. passamos por uma farmácia e vamos para minha casa, pode ser?

— não seria melhor ir para casa dos meus pais? eles devem estar preocupados. - perguntei receoso de ir para casa do seonghwa. 

— não quero parecer mau ou algo do tipo, mas a verdade é que se eles estivessem assim tão preocupados, teriam vindo te ver, não achas? eu estou aqui há  horas e eles nunca apareceram. 

ao ouvir aquela resposta senti-me um pouco triste. principalmente porque sabia que ele tinha razão. já não era a primeira vez que vinha parar ao hospital e eles não apareceram para me ver.

lembrando-me dessa situação, decidi aceitar o convite do seonghwa, pelo menos por agora. se os mais pais não me vieram visitar, nem se preocuparam se eu estava vivo ou morto. pelo menos o seonghwa preocupou-se e disponibilizou-se para cuidar de mim. então senti que ele seria a pessoa mais indicada para tomar os devidos cuidados comigo, agora que não estava a 100%.

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voltei meus amores yeyyy! mais um capítulo para vocês acabadinho de sair.

estou feliz porque agora posso atualizar esta fic com mais frequência, já que terminei a outra, gostaro?

HMMMMMM yeosang está desconfiado como sempre. ele e o seonghwa estão cada vez mais próximos iti :( eles são muito pitiquinhos.

enfim, é isso, até à próximaaaa.

you can call me angel;; seongsangOnde histórias criam vida. Descubra agora