W O O Y O U N G
não estava a acreditar que eu, logo eu, tinha de ir à terra e olhar para a cara podre do seonghwa. podia ter sido qualquer outro, mas Deus tem dedo certeiro e escolheu logo eu.
quando seonghwa finalmente chegou a casa, quase dei graças a Deus. já estava ali há imenso tempo, ele de facto deve achar que tenho a vida dele para me fazer esperar este tempo todo só para lhe dizer que ele é um completo irresponsável por usar os seus poderes, ainda por cima num sitio onde humanos podiam ver.
— és um inconsciente sabes? oque tinhas na cabeça para usar os teus poderes assim? - perguntei de forma grosseira, querendo dar um tapa na cara dele. - nem era suposto conseguires utilizá-los, de facto saíste com algum tipo de defeito, não?
— wooyoung, veio para me insultar ou foi com outro objetivo? - seonghwa revirou os olhos, provavelmente já farto de tudo oque eu dizia. - eu também não sei oque aconteceu, talvez tenha sido com a pressão do momento, se não tivesse ativado os meus poderes, mesmo que involuntariamente, eles podiam ter colocado yeosang num quadro pior.
— não importa. agora não és um anjo, muito menos um super-herói. és somente um humano, então age como um. - cruzei os braços, continuando com as palavras duras de sempre.
— tu não tens coração pois não wooyoung? - ele refutou as minhas falas, deixando-me um pouco indignado. como ele tinha a ousadia de me dizer uma coisa dessas? - achas que ia deixar que eles lhe batessem até não aguentar mais? eu não podia deixar de forma nenhuma que isso acontecesse. para além de yeosang ser uma pessoa incrível e que eu adoro, mas acima de tudo uma pessoa, eu preciso dele para cumprir a minha missão. eu não usaria os meus poderes sem motivo aparente wooyoung, eu não sou assim tão inconsciente quanto tu pensas. talvez tu precises de abrir os olhos antes de apontares o dedo assim.
senti aquelas palavras como uma espécie de lança no meu peito. como ele ousava? nunca ninguém me tinha dito algo assim, como eu permitia que um simples anjo inútil o fizesse? não consegui conter as palavras duras que ficaram na minha garganta.
— olha aqui Park seonghwa. - encostei ele na parede com força, apontando o dedo na cara do mesmo. - é bom que nunca mais me voltes a dirigir a palavra assim. não tens estatuto nem para olhar nos meus olhos. és inútil e inferior, portanto coloca-te quietinho no teu lugar. eu poderia pisar em ti se quisesse, fazer-te desaparecer ou até mesmo fazer-te ser banido do céu e deixar-te queimar no fogo do inferno. pensa bem antes de falares comigo seonghwa, isto foi apenas um aviso.
respirei fundo e soltei ele lentamente, recompondo-me de novo. dirigi-me até à porta silenciosamente e, antes de sair, soltei uma frase para reforçar o que tinha dito anteriormente.
— espero que tenhas entendido o recado. - dizendo isto, saí da casa.
fui andando pelo bairro, passando por todas as casas e indo em direção à pequena floresta, onde poderia ser transferido de volta para o céu. ou pelo menos eu achava que nada me atrapalharia na minha viagem de volta.
— ora ora, vejam quem eu encontrei por aqui... - ouvi um sussurro soprado, levando um susto. me virei para trás e vi ele.
— o que tu queres choi san? me matar de susto? - falo ironicamente. - afasta-te, tenho mais que fazer do que ficar aqui falando contigo. é melhor ires embora e recuperar dos ferimentos que seonghwa te causou.
ele riu, o que me fez arquear a sobrancelha. eu tinha dito algo engraçado para ele rir? depois, san começou a aproximar-se, estendendo as suas mãos à minha cintura que forma ousada.
— o que pensas que estás a fazer? afasta-te por favor. - tentei tirar as mãos dele de mim. não é como se nunca tivesse feito nada com o San, mas neste momento não podia dar nas vistas, Deus está de olho em mim e não posso perder o meu estatuto.
— vais mesmo agir como se não quisesses? não te faças de anjinho wooyoung, todos sabemos que não era no céu que devias estar. - ele sorriu de ladinho. era incrível como ele não tinha um pingo de vergonha na cara.
ele encostou a sua testa na minha e comecei a sentir-me nervoso. eu sabia muito bem da natureza do San. demônio da luxúria, da sedução... da manipulação. eu sabia que não devia aceitar de novo, mas o olhar dele, os toques dele, o cheiro dele... talvez valesse a pena experimentar tudo de novo. só mais um vez nos braços do meu demónio favorito.
encostei os nossos lábios de forma leve, indo de um selinho inicial para um beijo mais intenso, preenchido pela luxúria que perfomava o local. era tão bom sentir San, ele sabia tão bem o que fazia, podia deixar ele percorrer todo o meu corpo com as suas mãos e ficar em pecado, nada importa quando o San me toca, nem mesmo o meu lugar garantido no paraíso.
San me empurrou contra uma árvore, continuando o nosso beijo, mas agora com o seu corpo ainda mais próximo do meu, causando-me sensações que só ele sabe como me proporcionar.
— San... - falo um pouco sem fôlego, separando os nosso lábios por breves segundos. - faz com que eu me sinta só teu.
ele deu uma risada nasal, respondendo com as palavras "com todo o gosto", continuando assim o nosso beijo mas de forma mais ousada, tal como eu queria. san era o pecado mais tentador de todos e eu não conseguia resistir às suas tentações.
{...}
depois de termos terminado o ato, todos os toques, falas e posições, até mesmo o local, ficaram gravados na minha mente. era tão bom fugir às regras com san. ambos sabemos que um anjo e um demônio não deviam ter o mínimo contacto, mas eu e San somos diferentes. é como se um íman nos juntasse, e quando nos juntava, era simplesmente a melhor experiência de sempre.
— hey, woo. - ouvi o san chamar enquanto eu vestia a minha camisa. - sabes que isto não muda nada no facto de eu também ter uma missão para cumprir certo?
— acredito que fales no seonghwa... - digo, soltando uma risada ligeiramente alta depois. era a minha oportunidade de me livrar do seonghwa, finalmente. - eu sei que não muda nada, e ainda bem. certifica-te de que ele não volta para o paraíso. certifica-te de que ele desaparece.
san começou a rir e soltou um "tu nunca vais mudar", desaparecendo na floresta escura de seguida. ele tinha razão, eu não ia mudar. não suportava o seonghwa e não o queria ver nunca mais. ele ameaça o meu estatuto no céu e isso é simplesmente insuportável. mas eu já consegui me livrar de quem não me agradava uma vez, não ia ser difícil fazer isso uma segunda vez.
eu, jung wooyoung, vou me certificar de que park seonghwa nunca mais volte para o céu e tenha o mesmo destino que kim hongjoong: o reino ardente do inferno.
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oi anjos! voltei com uma atualização com muitas revelações gostaro? ihih
aiai esse wooyoung. um anjinho um pouco diferente do habitual, talvez o oposto do que é ser um anjo. interessante neah HAHAHAHA
enfim, é isso amorzinhos, Obrigado por lerem e até um dia 🕵️♀️
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you can call me angel;; seongsang
Fiksi Penggemar[TERMINADA] onde seonghwa, um anjo de luz divino, é enviado numa missão que consiste em mostrar ao pequeno yeosang oque é o amor verdadeiro. > plot by nari;; @blurizz. > capa perfeita por @neosayu ♡︎