xxx. sem horário pra voltar.

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Sim, ele iria fazer e eu não estava preparada pra isso.

Eu sentia a sua respiração por cima do tecido do short. Os meus batimentos cardíacos estavam desregulados e minha respiração pela boca entregava isso. Eu abria e fechava a mesma tentando sugar um pouco de ar pra me acalmar.

Respirar ajuda a acalmar.

Mas não nesse caso em específico onde o seu namorado está com a cabeça entre suas pernas em uma posição ameaçadora. Era uma situação na qual eu nunca tinha me envolvido e muito menos imaginado que algum dia poderia acontecer comigo.

Mas agora ele estava lá e a única coisa que eu conseguia fazer agora era apertar a barra da minha camisola de forma nervosa enquanto eu sentia a sua pele se chocar contra a região das minhas coxas nuas.

Ele as afastou um pouco mais e com o cotovelo apoiado no sofá, ele deitou delicadamente a sua mão embaixo do meu abdômen - na região da virilha - enquanto seu polegar fazia leves movimentos de sobe e desce, demorou um pouco para que eu me acostumasse com a sensação. Keigo pressionou seus dedos contra a minha região, proporcionando uma sensação gostosa e delirante.

Arqueei as minhas costas enquanto escondia meu rosto timidamente com as mãos ao sentir seus lábios se fecharem contra o meu clitóris coberto.

O ar faltou em meus pulmões e eu queria gritar.

A sua mão livre ameaçava puxar o short porque senti seus dedos na barra do mesmo, mas ele simplesmente não o fazia. Abafei alguns gemidos ao receber massagens de movimentos circulares sobre o meu clitóris de surpresa.

Eu estava apenas sentindo tudo, não tive coragem o suficiente de olhar ele nos olhos. Era constrangimento demais pra uma pessoa só. Se visto em outro ângulo, poderia soar como uma cena extremamente ridícula, mas no momento eu pouco me importava com isso, a vergonha ainda era maior e eu queria ter menos coisas pra me preocupar depois que isso tudo acabasse.

Os movimentos circulares não pararam e foram ficando cada vez mais constantes. Até que eu sinto ele afundar seus dedos de uma vez na barra do short e, pra ajudá-lo a tirar, levantei o quadril para que a roupa saísse livremente e escorresse entre minhas pernas. Meus joelhos estavam levantados e minha região íntima estava sendo recebida apenas com o vento que circulava no local, me deixando ainda mais trêmula.

O que estava acontecendo? Ele parou de repente...

Lentamente fui tirando as mãos do rosto e percebi que Keigo estava com os joelhos na colcha do sofá enquanto com uma mão só ele segurava o livro que - supostamente - era pra estar dentro da minha mochila.

Oh, não...

- Esses trabalhos de faculdade estão cada dia mais estranhos... Não que eu saiba como funcionam, mas acho que você entendeu. - Seus olhos rolavam sorrateiramente em cada linha daquele maldito livro. Eu senti meu coração acelerar e a minha barriga arder. - Como vocês pretendem fazer algo a respeito? Quer dizer, não acho que isto seja um clássico da literatura japonesa pra se fazer um trabalho. - Ele soltou um riso baixo.

Fiquei sem palavras naquele momento. Eu só queria enterrar a minha cara em qualquer canto e fingir que eu não existo.

Quando eu tentei explicar, eu senti a ponta do seu dedo indicador encostar lentamente no meu sexo, ao invés de palavras acabei arfando.

Ele ainda se mantinha muito concentrado na leitura.

- Esse é-é o livro errado - Falei tentando nos esquivar daquele momento constrangedor enquanto me contorcia a cada toque. - E-eu trouxe d-dois...

Mas eu podia jurar que tinha enfiado ele dentro da bolsa.

- Tendo dois ou não, eu achei este aqui bem... Interessante. - Ele apertou os lábios de um jeito curioso e com a maior paciência do mundo arrastou o fundo da minha calcinha para o lado. Agora eu estava mais exposta do que nunca.

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